sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Flor Estrela-de-Natal | Desenhos
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Motivos de Natal | Ponto Cruz
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Caixas de rapé, ourivesaria - ||
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| Caixa de rapé. Autor: Jean Ducrollay (1757-1758). Material: Ouro e esmalte. Representação de penas de pavão. Local de fabrico: Paris. Dimensões: 3,2 X 7,6 X 5,8 cm. - The Wallace Collections . |
As caixas realizadas em diversos materiais, suportes e técnicas, satisfaziam o gosto e a exigência dos clientes. As classes ricas e abastadas preferiam as de materiais nobres como o ouro, a prata e ouro cravejados com diamantes.
As caixas de rapé francesas de ouro com jóias, estavam na moda entre os nobres alemães, no início do século XVIII. Frederico, O Grande (1712-1786), quando subiu ao trono como rei da Prússia, em 1740, restringiu a importação para incentivar o fabrico local. Apreciador de rapé, possuía uma grande colecção de caixas e bengalas que combinava com as suas roupas. Quando faleceu tinha uma colecção de 700 caixas em ouro. Frederico teria encomendado um conjunto de 125 peças de design conhecidas por "caixas de Potsdam", da qual faziam parte caixas de rapé com jóias, ornamentadas com motivos florais.
Francisco Gomes de Amorim (1827-1891), nas memórias biográficas de Almeida Garrett (1799-1854), dá-nos uma visão sobre os "critérios" de utilização da caixa de rapé, por Garrett.
GARRETT
Memórias Biográficas
(…)« No dia seguinte apareceu o visconde de Almeida Garrett: casaca verde bronze, com botões de metal amarelo, recortado sobre o veludo verde; colete branco, de grandes bandas: colete deslumbrante; calça côr de flor de alecrim; camisa finíssima, a tira e os punhos encanudados; gravata de côres lubricas; luvas côr de palha.
« José Estevão não o perdia de vista.
« Garrett pediu a palavra, e levantou-se com a solenidade de um semi-deus, - ah! caso assombroso! – em contraste com o raro e apurado no trajo, sacou da algibeira uma monstruosa caixa de rapé!
« José Estevão, agitando a cabeça leonina, disse para os que lhe ficavam em volta:
- « Tremei , ó povos de Israel; o divino trouxe a caixa das execuções!»
(...)
É certo que usava caixa, de ouro ou prata dourada; mas só se servia d’ella em ocasiões solenes, quando fazia algum discurso memorável, dos de deitar tudo a terra; ou n’outras circunstâncias graves.(…) A pitada a proposito era um recurso oratório, uma pausa terrível, em que a ironia pungente e o sarcasmo fulminante preparavam o auditório para assistir ao sacrifício da vitima, enquanto o executor dava o último fio no cutelo... com rapé meio grosso! (...) - os amigos da Garrett chamavam à sua caixa de rapé, a caixa das execuções.
(...)
GARRETT memórias biográficas – volume 3 – Francisco Gomes de Amorim – 1884 (pág. 340 e 563)
Editora: Imprensa Nacional
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| Design para tampa de caixa de rapé. Autor: Mongenor Material: Caneta, tinta e aguarela. Local de fabrico: França, séc. XVIII. - Victoria and Albert Museum . |
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Caixa de rapé. Autor: Jean Ducrollay; Louis Roucel. Paris,
França. Data: ca 1755-56. Material: Ouro, prata, diamantes e esmeraldas,
cinzelado, esmalte. Dimensões: 4,8 X 9,6 X 7,6 cm. - Palácio Nacional da Ajuda,
Portugal (MatrizPix) |
As caixas criadas para armazenar rapé, eram sinónimo de riqueza e bom gosto, exibidas como acessórios de moda por homens e mulheres. Algumas caixas tinham outras funções como a de guardar cosméticos. O uso do rapé generalizou-se como substância de uso medicinal, pela crença de que ajudava na prevenção de doenças. A arte de inalar e oferecer rapé, obedecia a códigos sociais de etiqueta.
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Caixa de rapé. Autor: Joseph Etienne Blerzy (francês activo entre 1750-1806) Material: Ouro, esmalte e pérolas. Alegoria
de geografia. Local de Fabrico: França, 1777-1778. Dimensões: 3,7 X 8,3 X 6,2
cm. - The Metropolitan Museum of
Art. |
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Caixa de rapé,
com relógio. Autores: Alexander James Strachan (criador), Anthony Mesure (relojoeiro) Material:
Ouro, esmalte e pérolas. Local de fabrico: Londres, em 1800. Dimensões: 8,4 X
5,8 X 3,2. - Victoria and Albert Museum .
Caixa de rapé. Material:
Ouro, prata, diamante e turquesa. Local de fabrico: São Petersburgo, em 1820.
Dimensões: 6,6 X 3,3 X 2,4 cm. - Victoria and Albert Museum . |
Fontes:
https://www.wallacecollection.org/
https://www.metmuseum.org/art/collection/sech/200378
https://collections.vam.ac.uk/item/O112980/box-ducrollay-jean/
https://collections.vam.ac.uk/item/O307018/snuff-box-pierre-fromery/
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/460516
https://collections.vam.ac.uk/item/O158199/snuffbox-kr%C3%BCger-jean-guillaume/
https://collections.vam.ac.uk/item/O733977/snuff-box-design-mongenor/
http://www.matrizpix.dgpc.pt/MatrizPix/Fotografias/FotografiasConsultar.aspx?TIPOPESQ=2&NUMPAG=0®PAG=50&CRITERIO=+rap%C3%A9&IDFOTO=12926
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/460517
https://collections.vam.ac.uk/item/O156462/snuffbox-strachan-alexander-james/
https://collections.vam.ac.uk/item/O156570/snuffbox-unknown
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Rua Heróis de Quionga | Azulejos em Lisboa
| Foto "comjeitoearte" |
O edifício na Rua Heróis de Quionga n´49, tem a fachada revestido por azulejos. Está organizado em 4 pisos e mansarda. Pertence à Freguesia da Penha de França.
| Foto "comjeitoarte" |
| Foto "comjeitoearte" |
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Caixas de rapé, porcelana - I
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| Caixa de rapé, em porcelana e ouro de Luis XVI, em forma de ovo. Fabrico: Fábrica de Porcelana de Sèvres. Paris. Data: ca 1764-65. Material: Porcelana de pasta macia, ouro cinzelado, esmalte. Dimensões: 4 X 5,8 cm. - Victoria and Albert Museum |
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| Caixa de rapé. Fabrico: Viena. Data: ca 1730. Material: Porcelana de pasta dura, ouro. Dimensões: 3,5 X 7,5 cm. - The Metropolitan Museum of Art |
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(...)
Quando Macário lhe disse, uma manhã, ao almoço, abruptamente, sem transições emolientes: «Peço-lhe licença para casar», o tio Francisco, que deitava o açúcar no seu café, ficou calado, remexendo com a colher, devagar, majestoso e terrível; e quando acabou de sorver pelo pires, com grande ruído, tirou do pescoço o guardanapo, dobrou-o, aguçou com a faca o seu palito, meteu-o na boca e saiu; mas à porta de sala parou, e voltando-se para Macário, que estava de pé, junto da mesa, disse secamente:
-Não.
-Perdão, tio Francisco!
-Não.
- Mas ouça, tio Francisco…
-Não.
Macário sentiu uma grande cólera.
(…)
Macário voltou-se com uma esperança.
- Dê-me daí a caixa do rapé – disse o tio Francisco.
Tinha-lhe esquecido a caixa! Portanto estava perturbado.
(…)
Eça de Queiróz – Contos – 16ª Edição. Edição «Livros do Brasil» Lisboa
Pág. 23. (escrito entre 1874 e 1897)
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| Caixa de rapé, pintada com figuras em paisagens com vista para o parque, a cidade-castelo e o porto, incluindo figuras elegantes observando uma fábrica ribeirinha. Fabrico: Fábrica de Porcelana de Meissen. Pintor: Herold, Christian Friedrich. Data: ca 1750-60. Material: Porcelana de pasta dura, dourado, esmalte. Dimensão: Altura: 4X8,3X6,4 cm - Victoria and Albert Museum |
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A Ilustre Casa de Ramires
(…)
O Pereira tirou da algibeira do colete a caixa de tartaruga, sorveu detidamente uma pitada, com o carão pendido para a esteira. Pois maior pena, mesmo para o Fidalgo. Enfim! Depois de palavra trocada… Mas era pena, porque ele gostava da propriedade; já pelo S. João pensara em abeirar o Fidalgo; e apesar de os tempos correrem escassos, não andaria longe de oferecer um conto e cinquenta!
(…)
- Isso é sério, ó Pereira!
O velho lavrador pousou a caixa de rapé sobre a toalha, com decisão:
- Meu Fidalgo, eu não era homem que entrasse na Torre para caçoar com Vossa Excelência! Proposta a valer, escritura a fazer… Mas se o arrendamento está tratado…
(…)
Eça de Queiróz – A Ilustre Casa de Ramires – Livros do Brasil Pág. 71
ISBN 978-711-031-029-8 (A primeira edição em 1900)
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| Caixa de rapé com miniaturas de cenas portuárias. Fabrico: Fabrica de Porcelana de Meissen. Data: ca 1735. Material: Porcelana de pasta dura, esmaltes, montagem em ouro. Dimensão: 4,1 X7,6 X 6cm cm - Victoria and Albert Museum |
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| Caixa de rapé. Fabrico: Manufactura de Sèvres. França. Data: ca 1765-1770. Material: Porcelana de pasta macia, prata. Dimensões: Diâmetro 7,1 cm. - The Metropolitan Museum of Art |
Fontes:
https://www.metmuseum.org/
https://www.vam.ac.uk/
https://collections.vam.ac.uk/item/O157814/snuffbox-sevres-porcelain-factory/
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/203200
https://collections.vam.ac.uk/item/O307045/snuff-box-meissen-porcelain-factory/
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/207219
https://collections.vam.ac.uk/item/O734096/snuff-box-design-gabriel-jacques-de/
domingo, 29 de junho de 2025
Calçada Agostinho de Carvalho / Rua das Olarias | Azulejos em Lisboa
| Imóvel na Rua das Olarias, faz gaveto com a Calçada Agostinho de Carvalho (foto "comjeitoearte"). O edifício situado na Rua das Olarias nº 13, faz gaveto com a Calçada Agostinho de Carvalho nº 2. Está organizado em quatro registos. No primeiro piso sobressaem duas varandas de sacada com ferro forjado. No segundo, a varanda de ferro forjado abrange quatro janelas de sacada. No terceiro, a varanda de ferro forjado ocupa todo o espaço das mansardas. A fachada é revestida com azulejo de padrão, que se repete alternadamente em dois tons de azul. Friso de azulejos estampados com desenho Arte-Nova, sob a varanda das mansardas. |
| Azulejos em tons de azul (foto "comjeitoearte") |
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| Google 2025 |
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