Francisco Vieira, pintor português (Porto, 13 de Maio de 1765 - Funchal, 2 de Maio de 1805, 39 anos).
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Bacante. Gravura: ponteado e água forte, sépia, 1799. Desenho de Vieira Portuense, gravado por Francesco Bartolozzi, Londres - Biblioteca Nacional de Portugal |
Francisco Vieira, que escolheu o nome artístico de Vieira Portuense (Porto, 13 de Maio de 1765 - Funchal, 2 de Maio de 1805, vitimado por uma tuberculose) foi um pintor português, um dos introdutores do neoclassicismo na pintura portuguesa. Foi dos mais importantes pintores da segunda metade do século XVIII, juntamente com Domingos Sequeira. Iniciou a sua formação artística com o pai, Domingos Francisco Vieira pintor amador e decorador, estudando seguidamente com os artistas Glama Stroberle e Jean Pillement. Em 1787 iniciou a aprendizagem no ensino oficial, quando se inscreveu como aluno extraordinário na recém-criada Aula Régia de Desenho, em Lisboa.
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The Spanish. Dollars makes the english sailors merry. Gravura: buril com traços e água forte, sépia, 1799. Desenho de Vieira Portuense, gravado por Francesco Bartolozzi, Londres - Biblioteca Nacional de Portugal |
Na sua formação foi fundamental a atribuição de uma bolsa que lhe permitiu o desenvolvimento de estudos em Roma, para onde viaja em 1789. Nesta cidade, teve como mestre o pintor Domenico Corvi e, dois anos mais tarde, diante do sucesso obtido, estabelece uma oficina particular. Recebe em 1791 um prémio num concurso da Academia de São Lucas, da qual se torna mais tarde sócio.
Em 1793 principia uma larga viagem pela Europa, percorrendo alguns dos mais importantes centros culturais que cunharam irreversivelmente a sua produção artística. Durante a sua estadia em Parma, onde estuda a obra de Correggio, desenvolve uma actividade que é publicamente reconhecida pela nomeação como académico da Régia Academia Parmense. Em 1798, fixa residência em Londres, onde conheceu os pintores Reynolds e Bartolozzi, que influenciaram as suas pinturas de paisagem.
Quando regressa a Portugal, é nomeado "primeiro-pintor da câmara da corte" em 1802, dedicando-se à direcção das obras de pintura do Palácio da Ajuda. Contraiu tuberculose e mudou-se para a Madeira, onde morreu com apenas 39 anos. Da sua obra pictórica destacam-se temas religiosos, retratos, cenas mitológicas e históricas, as paisagens com figuras, significativamente representadas pelos quadros, Fuga de Margarida de Anjou, Latona e os camponeses da Lícia, A Pintura, Leda e o Cisne, Cena Campestre, entre outras. Está representado no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa e Museu Nacional de Soares dos Reis no Porto. Em 1906, no primeiro centenário da sua morte, a Sala de Concertos do Teatro S. João foi palco da exposição de obras de Vieira Portuense, promovida pela Sociedade de Belas Artes e por personalidades do Porto. Em 2001, no ano da capital Europeia da Cultura, foi de novo homenageado.
Fontes: http://www.infopedia.pt/$vieira-portuense
http://sigarra.up.pt/up/web_base.gera_pagina?p_pagina=1006572
Georges Braque
Georges Braque (13 de Maio de 1882 - 31 de Agosto de 1963) foi um pintor francês, considerado um dos mais importantes e revolucionários artistas plásticos do século XX. Em conjunto com Pablo Picasso, desenvolveu o cubismo entre 1907 e 1910. A sua obra consiste sobretudo em naturezas mortas, nas quais Braque, empregou algumas técnicas inovadoras tanto no que diz respeito aos métodos de composição visual como aos materiais utilizados.
Georges Braque era filho e neto de pintores. Cresceu em Le Havre onde estudou à noite na Escola de Belas Artes, entre 1897 e 1899.
Mudou-se para Paris, foi aluno da Academie Humbert de 1902 a 1904 e fez amizade com Marie Laurencin e Francis Picabia. Ao conhecer as obras realizadas pelo grupo Fauves em 1905, fica impressionado com a qualidade pictórica, as cores fortes, e passa a adoptar o estilo fauvista. Em 1907, depois de alguns meses em Antuérpia, apresenta as suas obras de estilo Fauve no Salão dos Independentes em Paris.
As pinturas de Braque no período entre 1908-1913, reflectem o seu novo interesse por a geometria e simultânea perspectiva. Em 1909 começa a trabalhar em estreita colaboração com Picasso no desenvolvimento do cubismo. Ambos produziram pinturas com padrões de formas multifacetadas e cor monocromática, designado por Cubismo Analítico. No ano de 1911, casa com Marcelle Lapré.
Durante a estada nos Pirinéus franceses Braque e Picasso pintaram lado a lado, as suas pinturas eram bastante semelhantes, mesmo impossíveis de distinguir. A incorporação da técnica de colagem nas pinturas dos dois artistas deu-se por volta de 1912.
Com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, Braque parte para a frente de combate, onde em Maio de 1915 é ferido com gravidade na cabeça, sofrendo de cegueira temporária. Durante a sua recuperação tornou-se amigo do pintor Juan Gris. Moderou a abstracção dura do cubismo - evidente na sua obra de 1943 Guitarra Azul - desenvolveu um estilo mais pessoal, com cores brilhantes, voltando à representação da figura humana. Expôs no Salão de Outono (Paris) em 1922, o que lhe trouxe fama.
A partir de 1930, passou a morar grande parte do tempo em Varengeville, na Normandia - onde tinha adquirido uma casa de campo - usando o seu ateliê de pintura e escultura. Em 1931, elaborou as primeiras gravuras e começou a utilizar motivos mitológicos. A sua pintura tornou-se então mais lírica.
O ano de 1933, foi
marcado pela realização da sua primeira retrospectiva de peso, num
museu da Basileia (Suíça). Quatro anos depois, ganhou o primeiro prémio
na mostra Carnegie International, em Pittsburgh (EUA).
Durante a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945, recolheu-se a Varengeville e trabalhou com litografia, gravura em metal e escultura.
Braque desenhou os vitrais da igreja em Varengeville-sur-Mer em 1954. Quatro anos mais tarde, participou na Bienal de Veneza, que lhe dedicou uma sala especial. Nos últimos anos de vida, Georges Braque continuou activo, dedicando-se à pintura, à litografia e à joalharia.
Morreu em 31 de Agosto de
1963, em Paris. Está enterrado no cemitério da Igreja de St. Valery em
Varengeville-sur-Mer, Normandia, cujos vitrais das janelas ele
desenhara. A obra desenvolvida por Braque, encontra-se nos principais
museus do mundo.
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Les Fils d'Eos, lápis-lazúli polido, ouro e diamantes texturizados, platina, 1963 - Museu Vitória e Alberto |
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/georges-braque.jhtm
http://en.wikipedia.org/wiki/Georges_Braque
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