Alexander Calder (Lawton, Pensilvânia, 22 de Julho de 1898 - Nova Iorque, 11 de Novembro de 1976), é conhecido pelos seus móbiles, figuras em arame e esculturas de grande porte.
Calder nasceu numa família de artistas bem sucedidos. O seu pai e o seu avô - ambos chamado Alexander Calder - foram escultores reconhecidos e a sua mãe era pintora de retratos. Tinha o seu próprio atelier e construía os seus próprios brinquedos. Estudou engenharia mecânica, no Stevens Institute of Technology, Hoboken, em Nova Jersey. Em 1923 matriculou-se na Art Students League, em Nova Iorque, onde estudou pintura com John Sloan e George Luks, entre outros, concluindo o curso em 1926. Enquanto
trabalhava como ilustrador, Calder descobriu a paixão pelo circo e a facilidade para desenhar animais. Estes temas acompanharam-no ao longo da vida.
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Nu de Mulher, fio de arame sobre base de ferro, 1929 - Centro Pompidou |
Em 1927, Calder viajou para Paris, onde expôs no Salão dos Humoristas o seu "Cirque Calder", uma miniatura de circo com bonecos animados, balanceamento de acrobatas e um leão que rugia. A popularidade do "Circo de Calder" levou-o ao contacto com outros artistas inovadores. Fez a sua primeira mostra individual na Weythe Gallery. Na
década de 1930, inspirado na cor e composição do trabalho de Piet
Mondrian, Calder criou as primeiras esculturas abstractas. Inicialmente
estas esculturas foram motorizadas; numa fase posterior,
Calder modificou o seu trabalho de forma a permitir o movimento livre
no espaço, alimentado apenas por correntes de ar. Estas obras
incentivaram o interesse de Calder pela física, astronomia e cinética. Calder foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a criar uma nova forma – o mobile.
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O Circo, tinta e caneta preta sobre papel, 1932 - Galeria Nacional de Arte |
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Circo Calder, fio, madeira, metal, pano, papel, papelão, couro, tubos de borracha, rolhas, botões, strass, limpadores de cachimbo e tampas de garrafa, 1926-1931 - Whitney Museu de Arte Americano |
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Vaca, arame e madeira, 1926 - MOMA, Museu de Arte Moderna |
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Vaca, fio de aço, 1929 - MOMA |
Numa de suas viagens, Calder conheceu Louisa James, sobrinha-neta do escritor Henry James, com quem se casou em 1931; tiveram duas filhas, a primeira Sandra, nasceu em 1935 e a segunda, Mary, em 1939. Em 1933, deixaram França e mudaram-se para uma fazenda nos Estados Unidos, onde Calder construiu o seu atelier, onde continuou a produzir
obras inovadoras em grande e pequena escala. A sua
escultura abstracta-orgânica, móvel e estacionária, atraiu consideráveis
atenções e elogios.
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Espiral Branca, tinta da China e aguarela sobe papel, 1933 - Centro Pompidou |
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Baleia II, folha de aço pintado, suportado por um cilindro de madeira, original 1932 - MOMA |
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Peixe, haste de aço pintado, objectos pintados, vidro, 1948 - Galeria Nacional de Arte |
Após 1950, Calder passou parte do ano em França. Além de esculturas monumentais que podem ser vistas nos Estados Unidos e na Europa, Calder aplicou a sua imaginação excêntrica e lírica, ao design, desenvolvendo jóias. As décadas de 1930 e 1940 foram extraordinariamente produtivas para Calder. A sua criatividade levou-o a realizar obras cada vez mais versáteis, como esculturas ao ar livre, cenários para teatros e móbiles para arquitectura.
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Fivela, latão martelado, 1940 - MOMA |
Em 1943. as obras de Calder foram reunidas numa grande retrospectiva realizada pelo Museu de Arte Moderna, de Nova York. Em 1952, o artista recebeu o Prémio Internacional de Escultura na Bienal de Veneza.
Outra grande retrospectiva de sua obra teria lugar em 1964, sendo realizada no Museu Guggenheim de Nova York. Calder seria consagrado como o grande inovador da escultura no século XX.
Faleceu, na casa de uma das suas filhas, aos 78 anos.
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Quatro Direcções, suspensão celular, fios de alumínio e ferro pintados, 1956 - MMA |
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Sem título, aço pintado, 1968 - Centro Cultural de Belém, Lisboa |
Gostei, descobri obras de Calder que adorei, entre outras, as peças de adorno.....Como sempre uma investigação muito completa. Parabéns !
ResponderEliminarAgradeço as palavras de apreço! :)
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