sexta-feira, 8 de março de 2013

No Dia Internacional da Mulher, recordemos algumas actrizes portuguesas

Maria Rueff

Neste Dia Internacional da Mulher, relembro algumas das grandes actrizes do teatro português. 

As duas figuras que destaco são as actrizes Maria Rueff e Irene Cruz, por terem sido agraciadas no dia 8 de Março.


Maria de Deus Rueff de Saro Negrão (África Oriental Portuguesa, 1 de Junho de 1972), é uma actriz dedicada ao género humorista, uma referência para os actores da sua geração. Diplomou-se em Formação de Actores, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Estreou-se profissionalmente numa peça do castelhano Francisco Ors, Quem muda a fralda à menina?, sob a direcção de Armando Cortêz, no Teatro Villaret, em 1991. Para além do teatro, tem-se destacado na televisão, no cinema e na rádio.
Foi agraciada com o grau de Oficial da Ordem do Mérito, no dia 8 de Março de 1999.

Irene Cruz numa cena da peça Os Velhos (30-06-1962), de Dom João da Câmara, pelo Teatro Popular de Pedro o Bom, na Estufa Fria ( com o actor Victor Ribeiro). Foto de Armando Serôdio - AML

Irene Gameiro da Cruz Lourenço ou Irene Cruz (Sacavém, 6 de Setembro de 1943) estreou-se no teatro em 1959, interpretando uma peça do suíço Friedrich Dürrenmatt, A Visita da Velha Senhora, no Teatro Nacional D. Maria II (Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro). 
Foi agraciada com a Cruz de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, no dia 8 de Março de 2002. Recebeu o prémio Globo de Ouro como Melhor Actriz (teatro), em 2002. É irmã da actriz Henriqueta Maya.

Teatro Nacional D. Maria II, fachada principal. Arquitecto Fortunato Lodi. Foto de Armando Serôdio - AML
O edifício actual do Teatro Nacional de D. Maria II, é neoclássico. A partir de 1539, foi a sede e palácio da Inquisição até finais do século XVIII.
Na fachada principal, destaca-se o pórtico com seis colunas jónicas. O frontão com tímpano é encimado por 3 figuras: Gil Vicente, Tália (deusa da comédia) e Melpomene (deusa da tragédia). 
O teatro foi inaugurado em 13 de Abril de 1846, durante as festividades do aniversário da Rainha D. Maria II, com o drama histórico O magriço e os Doze de Inglaterra, um original de Jacinto Heliodoro de Faria Aguiar de Loureiro.
Após a implantação do regime republicano, foi classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto n.º 15 962, 17 de Dezembro de 1928, com a designação de Teatro Nacional Almeida Garrett. 
A gestão de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro, que permaneceu no teatro de 1929 a 1964, foi a mais duradoura. 
O interior do teatro foi completamente destruído por um incêndio (1964), que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. Reabriu ao publico em 1978. Em Março de 2004, passou a denominar-se Teatro Nacional de D. Maria II. Em 2012, o teatro foi reclassificado como monumento nacional. A reclassificação foi publicada em Diário da República no dia 10 de Julho de 2012.

Palmira Bastos numa cena da peça EVA (1912), no Teatro da Trindade (com o actor Leitão de Barros). Foto de Alberto Carlos Lima - AML

Maria da Conceição Martinez de Sousa Bastos ou Palmira Bastos (Alenquer, 30 de Maio de 1875 - Lisboa, 10 de Maio de 1967), foi uma das mais conhecidas actrizes portuguesas.
A sua estreia como actriz, deu-se em 18 de Julho de 1890, com a peça O Reino das Mulheres de E. Blum no Teatro da Rua dos Condes.
Fundou a companhia  Palmira Bastos, ocupando o Teatro do Ginásio após 1925. 
A 3 de Abril de 1920 foi agraciada com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, tendo sido elevada a Comendadora da mesma Ordem a 8 de Agosto de 1958, e com o grau de Comendadora da Ordem Militar de Cristo a 16 de Junho de 1965. 

O Teatro do Ginásio após remodelação em 1925. Arquitecto João Antunes - CML
O primeiro edifício do Teatro do Ginásio (Rua Nova da Trindade/Rua da Misericórdia), foi completamente devorado por um incêndio, no dia 6 de Novembro de 1921. A sua reconstrução foi entregue ao arquitecto João Antunes. O Ginásio reabriu em 1925, com a estreia do espectáculo A guerra do vinho, em 27 de Novembro. As companhias Rey Colaço-Robles Monteiro, Palmira Bastos e Ilda Stichini, ocuparam o teatro até à década de 30. Em 1932, o Teatro Ginásio passou a Cine-Ginásio.
Nos anos 80, o seu interior é desmantelado, mantendo-se a fachada que é considerada imóvel de interesse público.
Em 1992, o edifício é transformado em “Espaço Chiado – Centro Comercial e Cultural Theatro do Gymnasio”. No seu interior, encontra-se um torreão da muralha fernandina, exposto ao público.


Teatro da Rua dos Condes, após reconstrução em 1888 - AML
O Teatro “novo” da Rua dos Condes foi construído em 1888, no local onde se encontra actualmente o Hard-Rock Café. O edifício, da autoria do arquitecto Dias da Silva, foi demolido em 1951, para dar lugar ao edifício do Cinema Condes, estrutura ainda hoje presente, no lado nascente do início da Avenida da Liberdade.

Teresa Gomes (1950-1960) com condecoração. Foto de Freijota - Museu Nacional do Teatro
Teresa Gomes (Lisboa, 26 de Novembro de 1882) foi uma das actrizes mais sóbrias e naturais em palco. Estreou-se aos 29 anos de idade, na revista A Musa dos Estudantes, no Teatro da Trindade. Para além da revista à portuguesa, Teresa Gomes experimentou o teatro declamado, a opereta, a ópera cómica e o género dramático. O seu talento ficou impresso para sempre nos filmes: O Pai Tirano; A Canção de Lisboa; Fátima Terra de Fé; entre outros. A festa de despedida aconteceu em 1959, no Coliseu dos Recreios. Faleceu no dia 12 de Dezembro de 1962, em Lisboa.

Maria Matos (com condecoração?), foto do arquivo de Osório Mateus  - FLUL

Maria de Conceição de Matos Ferreira da Silva ou Maria Matos (Lisboa, 29 de Setembro de 1890 — Lisboa, 18 de Setembro de 1952) foi actriz e empresária. O seu talento evidenciou-se na farsa e na comédia, géneros em que se consagrou. Estreou-se profissionalmente no Teatro Nacional D. Maria II, na peça Judas (1907). Em 1916, fundou a Companhia Maria Matos-Mendonça de Carvalho, sediada no Teatro do Ginásio até 1918. Foi nomeada professora do Conservatório Nacional de Teatro em 1940.
No cinema participou em películas como: Costa do Castelo (1943); A Menina da Rádio (1944); As Pupilas do Sr. Reitor; entre outros. O seu nome foi atribuído a um teatro de Lisboa - Teatro
Maria Matos.

Teatro do Ginásio, fachada, final do séc. XIX (per. Brasil-Portugal 16-12-1899) - Instituto Camões
O primeiro Teatro do Ginásio ocupava os terrenos do antigo Palácio Geraldes, na Travessa do Secretário da Guerra (Rua Nova da Trindade). Abriu em 16 de Maio de 1846, com o drama Paquita de Veneza ou Fabricantes de Moeda Falsa, onde estreia o actor Taborda.
Com um reportório essencialmente cómico, foi um dos espaços teatrais mais frequentados, embora exíguo e incómodo. Em 1852, o teatro foi remodelado, registando o interesse de D. Fernando e dos seus filhos D. Luis e D. Pedro. A beleza da decoração e a comodidade, atraiu mais público e firmou o sucesso.
Em 1921, um incêndio devora completamente o edifício. Reabrirá em 1925.

Josefina Silva numa cena da peça O Rei (1945) de François de Caillavet, Robert de Flers e Emmanuel Arène, pelos Comediantes de Lisboa, no Teatro da Trindade (Lisboa). Museu Nacional do Teatro - FLUL
Josefina Barco Silva (Lisboa, 10 de Janeiro de 1898 - Lisboa, 18 de Fevereiro de 1993) fez a sua estreia oficial, aos 15 anos de idade, no Teatro D. Amélia (hoje Teatro São Luiz) na revista De Capote e Lenço, do escritor português João Bastos. Fez parte da Companhia do Teatro Nacional. Recebeu os prémios: Medalha de Mérito Cultural; prémio de Prestígio da Casa da Imprensa (1985); prémio Lucília Simões do SNI (1964), pela representação em Divinas Palavras de Ramón María del Valle-Inclán; Ordem de Sant'Iago da Espada (Oficial).

Amélia Rey Colaço, séc. XX. foto de Silva Nogueira - Museu Nacional do Teatro
Amélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço Robles (Lisboa, 2 de Março de 1898 — Lisboa, Lapa, 8 de Julho de 1990) encenadora e actriz, foi considerada a figura mais proeminente do teatro português. 
No ano de 1917, estreou-se no então Teatro República (hoje Teatro São Luiz), na peça Marinela de Benito Pérez Galdós. Em 1921, em conjunto com o seu marido Robles Monteiro, fundou uma companhia de teatro própria — será a mais duradoura de toda a Europa, com cinquenta e três anos de duração — a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II, é oficialmente extinta em 1988.
Durante a sua longa carreira, foi distinguida com insígnias de Dama da Ordem das Artes e Letras, da República Francesa e, em Portugal; o grau de Comendadora da Ordem da Instrução Pública (17 de Março de 1933); a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (2 de Novembro de 1961); a Ordem Militar de Cristo (13 de Dezembro de 1967); foi elevada a Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (30 de Agosto de 1978).
Aos oitenta e sete anos, desempenha o último grande papel, na figura de D. Catarina na peça El-Rei D. Sebastião, de José Régio. Em 1990 morre em Lisboa.


Ivone Silva, foto de J. Marques. Museu Nacional do Teatro. - FLUL

Maria Ivone da Silva Nunes (Ferreira do Zêzere, 24 de Abril de 1936 — Lisboa, 20 de Novembro de 1987), mais conhecida simplesmente por Ivone Silva, foi uma actriz conhecida pelo seu trabalho humorístico na televisão e teatro de revista. O seu nome foi atribuído a uma rua de Lisboa.

Laura Alves, numa cena da peça Gata em Telhado de Zinco Quente (1959), de Vasco Morgado, no Teatro Monumental. Foto de Bourdain de Macedo - Museu Nacional do Teatro
Laura Alves Magno (Lisboa, 8 de Setembro de 1921 — Lisboa, 6 de Maio de 1986) foi uma actriz que viu o seu talento reconhecido além-fronteiras, através da participação em diversos géneros (revista, opereta, comédia e drama), sobretudo no Teatro Monumental, onde se fixou em 1951. Em 1986, foi homenageada como o filme Laura Alves, Evocação de uma actriz e com a criação do Teatro Laura Alves.

Eunice Muñoz, 1967. Foto de J. Marques - Museu Nacional do Teatro

Eunice do Carmo Muñoz  (Moura, 30 de Julho de 1928) é uma actriz de referência do teatro, televisão e cinema português, considerada unanimemente uma das melhores actrizes portuguesas de todos os tempos.
Eunice Muñoz estreou-se em 1941, na peça Vendaval, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II. O seu talento é reconhecido, e admirado por Palmira Bastos, Raul de Carvalho, João Villaret ou pela própria Amélia Rey Colaço, o que lhe permite uma rápida integração na Companhia.
Durante a sua longa carreira recebeu vários prémios e distinções: 

1981 - Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (13 de Julho de 1981); 1991 - Grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, quando celebrou os 50 anos de carreira;
1999 -  Personalidade do Ano (teatro).
2003 - Globo de Ouro como Melhor Actriz (teatro), em A Casa do Lago, de Ernest Thompson; 
2008 - Prémio Mérito e Excelência;
2010 - Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (8 de Junho de 2010); 
2011 - Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, quando fez 70 anos de carreira.

Carmen Dolores na peça Balanceada, no Teatro Municipal de São Luis. Foto de Pedro Soares. Museu Nacional do Teatro. FLUL

Carmen Dolores Cohen Sarmento (Lisboa, 22 de Abril de 1924) estreou-se no cinema, aos 19 anos, como protagonista de Amor de Perdição (1943), adaptação de António Lopes Ribeiro do romance de Camilo Castelo Branco. 
Iniciou a carreira no teatro em 1945, integrada na Companhia Os Comediantes de Lisboa, sediada no Teatro da Trindade, em 1951 passou para o palco do Teatro Nacional de D. Maria II, sob a direcção de Amélia Rey Colaço.
Dos muitos prémios e condecorações recebidos ao longo da sua carreira, destacam-se:

1959 - Prémio de melhor actriz de teatro na peça de Pirandello Seis Personagens Em Busca de Autor; a 11 de Julho foi feita Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada;
1969 - Prémio Nacional de Teatro e o Prémio da Imprensa pela sua interpretação em A Dança da Morte de Strindberg;
1985 - Prémio de Crítica em Virgínia (Vida de Virgínia Woolf) de Edna O'Brian;
1992 - Troféu de Prestígio, revista Sete;
2004 - Ordem do Infante D. Henrique no grau de Grande-Oficial, atribuída pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio;
2004 - Prémio Globo de Ouro como Melhor Actriz (teatro);
2005 - Grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 13 de Maio.

Maria do Céu Guerra, cena da peça Calamity Jane / A Barraca (1986). Foto de Pedro Soares - Museu Nacional do Teatro
Maria do Céu Guerra de Oliveira e Silva (Lisboa, 26 de Maio de 1943) é actriz e encenadora.
Integrou o grupo fundador da "Casa da Comédia". Profissionalizou-se no Teatro Experimental de Cascais, sob a direcção de Carlos Avilez.
Fundou a companhia de teatro "A Barraca" onde se centra, ainda hoje, a sua actividade. 

Foi feita Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a 24 de Agosto de 1985, e  Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, a 9 de Junho de 1994.
Em 2007, recebeu o prémio Globo de Ouro como Melhor Actriz, em Todos os que Caem, de Samuel Beckett, com encenação de João Mota.

Lurdes Norberto na peça Sabina Freire, pela companhia de Teatro Nacional no Teatro da Trindade (1968-1969). Foto de J. Marques - Museu Nacional do Teatro
Maria de Lourdes Martins Norberto (Lisboa, 28 de Janeiro de 1935), estreou-se em 1941, com 9 anos de idade, no Teatro Nacional (Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro), numa adaptação para teatro de Os Maias, de Eça de Queirós, no papel de Rosider.
A Câmara Municipal de Oeiras homenageou-a com a Medalha de Ouro da Autarquia, e atribuiu o seu nome ao Auditório Lurdes Norberto, em Linda-a-Velha. Foi agraciada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, como Grande-Oficial da Ordem do Mérito, a 9 de Junho de 2000.
Em 2006, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.


Lia Gama, 1980 - Museu Nacional do Teatro
Lia Gama (Fundão, 28 de Maio de 1944), de seu verdadeiro nome Maria Isilda da Gama Gil, estreou-se no palco em 1963, na peça Vamos contar mentiras, encenada por Manuel Santos Carvalho. 
Recebeu o Prémio da Casa da Imprensa, pela sua interpretação no filme Kilas o Mau da Fita, a Medalha 25 de Abril da Associação Portuguesa dos Críticos de Teatro e a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2006, entre outros prémios.

Lidia Franco, séc. XX-XXI. Foto de Clementina Cabral - Museu Nacional do Teatro
Maria Lídia Amado Franco (Lisboa, 23 de Março de 1944), começou a sua carreira artística como bailarina na Companhia Portuguesa de Bailado, no Grupo Experimental de Ballet da Fundação Calouste Gulbenkian e no Théatre Royal de la Monnaie, sob a direcção de Maurice Béjart. Estreou-se como actriz no Teatro Estúdio de Lisboa. 
Obteve o Prémio de Interpretação em Televisão e Prémio de Interpretação em Rádio, no colectivo dos programas de Herman José; o Prémio Actriz Revelação pelo Programa O Tal Canal, atribuídos pelo semanário Sete e a revista Nova Gente; recebeu o Prémio Verdade da Revista Eles e Elas, em 2002; recebeu o Globo de Ouro no colectivo da série Cuidado com as Aparências; o Emmy (nos Estados Unidos da América) pelo colectivo da novela A Outra.

Teresa Madruga
Teresa Madruga (Ilha do Faial, 18 de Março de 1953), de seu nome completo Teresa Maria Madruga Carvalho, estreou-se como actriz em 1976, com a peça Amantes Pueris de Fernand Crommenlynk, sob a direção de Gastão Cruz no Teatro da Trindade. Dos diversos prémios recebidos em teatro, destaca-se o Prémio Garret (1988), pela interpretação em Rei Bamba de Lope de Vega, encenado por Luís Miguel Cintra (Teatro da Cornucópia). Na sua carreira tem participado em diversos filmes e na rádio.

Ana Bustorff
Ana Bustorff (Miragaia, Porto, 15 de Novembro de 1959) ingressou no final da década de 70 na Companhia Seiva Trupe, onde se formou como actriz. Estreou-se na peça Contos Cruéis de Jorge de Sena, sob a direcção de Norberto Barroca (1977). A sua participação no cinema iniciou-se com o filme Agosto de Jorge Silva Melo (1987). Actriz regular na televisão, integrou o elenco de cerca de mais de vinte produções, entre novelas e séries. 
Recebeu em 1999, o prémio Globo de Ouro como Melhor Actriz, pelos filmes Sapatos Pretos, de João Canijo e Zona J, de Leonel Vieira. Em 2000, o prémio Globo de Ouro como Melhor Actriz, pelo filme Inferno, de Joaquim Leitão.

Maria de Medeiros
Maria de Saint-Maurice Esteves de Medeiros Victorino de Almeida  (Lisboa, 19 de Agosto de 1965) é actriz, cineasta, encenadora e cantora. 
A sua estreia no cinema ocorreu com a participação no filme Silvestre, do realizador João César Monteiro (1982). Com a encenadora Brigitte Jacques, iniciou definitivamente a sua carreira como actriz, primeiro no teatro, depois no cinema.
Estreou-se como realizadora com Capitães de Abril (2000), uma longa-metragem sobre a Revolução dos Cravos, seleccionada para o Festival de Cannes e premiada no Festival de São Paulo. Na sua já longa carreira, participou em 56 longas-metragens, para além de televisão, teatro e discografia.
Foi nomeada artista da UNESCO para a Paz, em 2008. Dos muitos prémios e condecorações recebidos ao longo da sua carreira, destacam-se:

1992 - Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 10 de Junho de 1992, Portugal;
1994 -
Melhor Actriz no Festival de Veneza e no Festival de Cancun (Três Irmãos de Teresa Villaverde);
1996 - Globo de Ouro como Melhor Actriz (cinema), em Adão e Eva, de Joaquim Leitão;
1997 - Globo de Ouro como Melhor Actriz (cinema), em Pandora, de António da Cunha Telles.
2001 - Globo de Ouro como Melhor Actriz (cinema), em Capitães de Abril;
2001 - Globo de Ouro como Melhor Filme. Filme Capitães de Abril;
2003 - Ordre des Arts et des Lettres, França;
2010 - Prémio a carreira Festival Iberico de Badajoz, Espanha.


Rita Blanco
Rita Gouveia Blanco (Oeiras, 11 de Janeiro de 1963), estreia-se como actriz na peça Mariana Espera Casamento, de Jean-Paul Wenzel, sob a direcção de Luís Miguel Cintra, em 1983. Conclui o Curso de Formação de Actores do Conservatório Nacional, em 1985.No decorrer da sua carreira, para além do teatro, tem-se dedicado ao cinema e à televisão.
Foi homenageada no Festival de Santa Maria da Feira, em 2004. Premiada em 2002, com o Globo de Ouro para Melhor Actriz (cinema), em Ganhar a Vida, de João Canijo e Sangue do meu Sangue (2012). Em 2012, foi considerada na Gala SPAUTORES, a melhor actriz de cinema, devido à sua interpretação no filme Sangue do meu Sangue

Beatriz Batarda
Beatriz da Silveira Moreno Batarda Fernandes (Londres, 11 de Abril de 1974) frequentou em Londres,  a Guildhall School of Music and Drama. Aí se graduou em teatro, em 2000, recebendo a medalha de ouro do curso. 
Estreou-se no cinema, com Tempos Difíceis, uma longa-metragem de João Botelho (1988). Estreou-se no teatro dirigida por Luís Miguel Cintra e Diogo Dória. Em 2011, estreia-se como encenadora em Azul longe nas colinas, de Denis Potter, no Teatro Nacional D. Maria II. Na televisão, a sua participação é notória nas séries britânicas My Family, Relic Hunter e The Forsyte Saga.
Recebeu três Globos de Ouro, na categoria de Melhor Actriz, pelos filmes Quaresma, de José Álvaro Morais (2004), Noite Escura, de João Canijo (2005) e A Costa dos Murmúrios, de Margarida Cardoso (2005). Foi nomeada para os Shooting Stars, pela European Film Promotion.


Bom Dia Internacional da Mulher!

Mulher com Gato, óleo sobre tela (1921), Férnand Léger - MMA

Fontes:
http://cvc.instituto-camoes.pt/teatro-em-portugal-espacos-lista/2198-teatro-novo-da-rua-dos-condes.html
http://bancadadirecta.blogspot.pt/2012/09/o-teatro-no-bancada-directa-teresa.html
http://cvc.instituto-camoes.pt/teatro-em-portugal-espacos-lista/2177-teatro-do-ginasio.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Globos_de_Ouro_(Portugal)

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