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Carlos Calvet (1928-2014) - MAC |
Carlos Frederico Pereira Sequeira Bramão Calvet da Costa (Carlos Calvet), artista plástico e arquitecto português nasceu em Lisboa, em 1928. Licenciou-se em Arquitectura na Escola de Belas Artes do Porto. Dedicou-se desde muito cedo à pintura podendo registar-se o ano de 1946 como o início de uma expressão lentamente desenvolvida salvaguardando um sentido de arte como modo pessoal de meditação. Além da pintura e da arquitectura, Calvet interessou-se também pelo cinema, tendo realizado algumas curtas metragens, uma das quais com a participação de Mário Cesariny.
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Sem título, 1967; Desenho; Guache sobre papel - CAM |
Expôs pela primeira vez em 1947, na 2.a Exposição Geral de Artes Plásticas na Sociedade Nacional de Belas Artes, obras que começavam a revelar um sentido de modernidade, marcado pelo cubismo estético de Braque e valorizando o estatismo dos objectos representados: copos, garrafas e, sobretudo, barcos. Em 1948 começam a surgir alegorias do tempo, através da representação de relógios.
Entre 1948 e 1950 faz a
sua primeira viagem a Paris. A partir de então, consciente da sua
vocação como pintor, Calvet passa a estar mais atento à construção, ao
jogo de volumes e à ambiguidade entre o simbolismo e a imagem natural.
Nestas ambiguidades revela-se a tendência para tudo petrificar. Em
algumas paisagens aparecem ondas do mar e nuvens representadas como se
fossem sólidos geométricos.
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Segredos do Mar, 2006; Acrílico sobre tela - Galeria de Arte São Mamede |
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Abstrato, 1960; Óleo sobre platex e tecido - Galeria de Arte São Mamede |
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Sem título, 2005; Papel - Galeria de Arte São Mamede |
Depois de um período
abstracto lírico (1963 1964), Calvet confronta as formas espontâneas com
as geométricas (1964 1965). Com a redefinição do espaço, voltou lhe a
necessidade de figuração de objectos inventados no próprio ato de
execução. Primeiro, manchas informes que adquiriam presença insólita de
objectos inidentificáveis; depois, passaram a ser objectos banais,
parafusos, botões, caixas de fósforos, ladeados de decorativismos de
gosto pop. O ano de 1966 marca o início da síntese "pop metafísica" que caracteriza toda a sua obra posterior.
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Pórtico da Demanda, 2005; Acrílico sobre tela - Galeria de Arte de São Mamede |
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Os Reflectantes, 2005; Acrílico sobre tela - Galeria de Arte de São Mamede |
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Sem título, 2008; Guache sobre papel - Galeria de Arte São Mamede |
No final da década de 40 início de 50 esteve ligado ao grupo Os Surrealista
com Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas e Isabel Meyrelles. Calvet
dedicou-se intensamente à fotografia entre 1956 e 1975. Participou
também em algumas das edições das Exposições Gerais de Artes Galeria
Ether, revelando a sua produção entre os anos 50 e 70. O artista está
representado em diversas colecções nacionais e internacionais. O café A Brasileira,
no Chiado, adquiriu uma obra de Calvet, a qual, integra o conjunto de
pintura moderna ali exposta. Faleceu no dia 21 de Abril de 2014, em
Lisboa.
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As grandes letras, 1959, Lisboa; Prova a preto e branco, gelatina sal de prata sobre suporte de papel - Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contemporânea |
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Mulher de Branco, 1956; Prova a preto e branco, gelatina sal de prata sobre suporte de papel - Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contemporânea |
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Desembarque de Isabel II, 1957, Lisboa; Prova a preto e branco, gelatina sal de prata sobre suporte de papel - Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contemporânea |
Fontes:
http://www.infopedia.pt/$carlos-calvet>
http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosFiltrarPorAutor.aspx
http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Entidades/EntidadesConsultar.aspx?IdReg=68110
http://www.publico.pt/cultura/noticia/morreu-o-artista-plastico-carlos-calvet-uma-referencia-da-arte-contemporanea-1633108#/0
excelente artigo.
ResponderEliminarobrigada.
Agradeço o ânimo e incentivo.
EliminarUm abraço
obrigado ajudaram no meu trabalho
ResponderEliminarÉ bom saber que este artigo foi um contributo para o seu trabalho.
EliminarUm abraço.