terça-feira, 31 de março de 2015

Frisos com óvulos


Os frisos caracterizam-se pela repetição de uma figura ao longo da mesma direcção, formando um padrão. Na repetição dos motivos aplicam-se simetrias de translação, de rotação ou de reflexão.

Por estarmos próximo da Páscoa, sugiro alguns frisos que têm comum o óvulo. Poderá utilizá-los na decoração de ovos, caixas ou porta-ovos. Veja aqui o traçado do óvulo de quatro centros.









Motivo para friso


Motivo para friso

Motivo para friso

Motivo para friso

sábado, 21 de março de 2015

"O Som da Prata" I "Topázio - 140 anos de Prata"

O realizador João Botelho, mostra numa curta-metragem, o processo criativo da produção da fábrica Topázio. O filme integra as comemorações dos 140 anos desta empresa portuguesa, com tradição na arte de trabalhar o ouro e a prata. 




O Museu do Design e da Moda - apresenta a colecção "Topázio - 140 anos de prata". A exposição que reúne treze autores portugueses, mostra a criatividade das peças com inspiração no "Jarrão D. João V" (Topázio), e revela a sabedoria e o perfeccionismo dos artesãos da Topázio. 

A exposição estará patente ao público até ao dia 28 de Março de 2015.

Rua Augusta nº 24
Lisboa, Portugal

Tel.: 218 886 117




Jarrão D. João V, prata - Topázio



Fonte:
http://www.sabado.pt/cultura_gps/detalhe/joao_botelho_filma_o_som_da_prata_na_fabrica_da_topazio.html
http://topazio.pt/
http://www.mude.pt/exposicoes/made-in-portugal-topazio-140-anos-de-prata_60.html

terça-feira, 17 de março de 2015

Argola para guardanapo em origami

1 - Argola de guardanapo em origami

Argola de guardanapo com decoração personalizada é a minha sugestão para o presente do Dia do Pai.

Para realizar a decoração poderá utilizar tintas, lápis de cor, colagens de pequenos objectos, EVA ou feltro.


2 - Rectângulo de papel

Material necessário:

- Papel de gramagem leve ou média (30 x 15 cm);
- Cola.


Passo a Passo:

1 - Dobre cada uma das extremidades do rectângulo ao meio e faça um pequeno vinco (imagens 2 e 3).

2 - Dobre as extremidades do rectângulo para o meio usando o vinco feito em 1 (imagens 3 e 4).


5
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3 - Dobre o rectângulo ao meio de A até C, para fazer o vinco BD (imagens 5 e 6). Desdobre.


7
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4 - Dobre o rectângulo de A a D e de C a D, faça um vinco. Desdobre (imagens 7 e 8).


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5 - Dobre de A até E para fazer o vinco à direita (G). Repita o processo, dobre C até F para obter o vinco H. Desdobre (imagens 9 e 10).


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6 - Dobre C até G e faça o vinco I. Desdobre. Dobre de A até H e faça o vinco J. Desdobre (imagem 11 e 13). 
Vire o rectângulo. Dobre C até E e faça o vinco KN. Repita o processo, dobre A até F e faça o vinco LM (imagem 12 e 13). 



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7 - Vire para a face anteriorDobre as extremidades para o meio. Vinque. Desdobre (imagens 14 e 15).

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18

8 - Junte os vincos K e L ao D formando pregas (imagens 16, 17 e 18).

19
20
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9 - Levante a extremidade AL e dobre para dentro. Puxe LJ até formar um triângulo e alise. Repita com KI (imagens 19, 20 e 21).

22

23





24

10 - Dobre as extremidades do lado oposto e puxe o ponto M e N para a frente, formando dois triângulos. Prima e alise (imagens 22, 23 e 24).


25

11 - Vire ao contrário e observe a forma de escudo (imagem 25).


26
12 - Coloque uma das extremidades do rectângulo dentro da outra e feche a argola. Poderá reforçar com cola (imagem 26).


27
28


























13 - Finalize a argola com uma decoração personalizada (imagens 27 e 28).




domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher - Guaches de Maria Keil

Ano Internacional da Mulher, 1975. Original de selo. Guache sobre papel (26,2 x 34,1 cm). Autora Maria Keil do Amaral - Património Museológico das Comunicaçõe


Em 2015, o Dia Internacional da Mulher destaca a Declaração e Plataforma de Acção de Pequim, um programa de acção assinado por 189 governos há 20 anos, para a defesa dos direitos das mulheres. O tema para este ano -"Empoderar as mulheres - Empoderar a humanidade: Imagine!" - concebe um mundo onde as mulheres devem ser capazes de participar na vida política, gerir a sua educação, receber um salário e viver numa sociedade sem violência nem discriminação.




United Nations. 2015


Neste dia relembro a artista plástica Maria Keil do Amaral (1914 - 2012). A sua vasta obra inclui: pintura, desenho de móveis, cartões para tapeçaria, cenários e figurinos, painéis de azulejos, selos, cartazes, ilustração e projectos para pintura mural. Recebeu o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso e o Grande Prémio Aquisição da Academia Nacional de Belas Artes. Foi bolseira da Fundação Gulbenkian na década de 1980.




Ano Internacional da Mulher, 1975. Original de selo. Guache sobre cartolina (26,2 x 34,1 cm). Autora Maria Keil do Amaral - Património Museológico das Comunicações 

Ano Internacional da Mulher, 1975. Original de selo. Guache sobre cartão (26,2 x 34,1 cm). Autora Maria Keil do Amaral - Património Museológico das Comunicaçõe

Ano Internacional da Mulher, 1975. Original de selo. Guache sobre papel (26,2 x 34,1 cm). Autora Maria Keil do Amaral - Património Museológico das Comunicaçõe

sábado, 7 de março de 2015

O voto da mulher portuguesa em 1945 - Sarah Beirão

Decreto-lei nº 35.426, de 31 de Dezembro de 1945 (art. 1º). Recenseamento eleitoral para a eleição do Presidente da República e da Assembleia Nacional - Modas e Bordados, nº 1773 de 30 de Janeiro de 1946


O decreto-lei nº35.426, promulgado em 31 de Dezembro de 1945, em Portugal, - regime político do Estado Novo -, estabelece normas a respeitar no recenseamento eleitoral para a eleição do Presidente da República e da Assembleia Nacional.

Olhando para imagem em cima (interior dos rectângulos), podemos ler sobre quem são os eleitores do Presidente da República e da Assembleia Nacional, e ponderar no que respeita à mulher:

1º- "Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que saibam ler e escrever português;
2º - Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que, embora não saibam ler e escrever, paguem ao Estado e corpos administrativos quantia não inferior a 100$00, por algum ou alguns dos seguintes impostos: contribuição predial, contribuição industrial, imposto profissional e imposto sobre a aplicação de capital; 
3º - Os cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores ou emancipados, com as seguintes habilitações mínimas: 
a) Curso geral dos liceus;
b)  Curso do magistério primário;
c) Curso de escolas de belas artes;
d) Cursos do conservatório Nacional ou do conservatório de Música, do Porto;
e) Cursos dos Institutos industriais e comerciais. 
4º - Os cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores ou emancipados, que, sendo chefes de família, estejam nas de mais condições fixadas no nº 2".  

A capacidade eleitoral da mulher portuguesa, era na época, bem mais restrita que a do homem. Enquanto exigem que o homem saiba ler e escrever, ou, se não souber, que pague uma quantia não inferior a 100$00, à mulher exigem que possua habilitações muito completas. Nem todas as mulheres com habilitações (nº 3) podiam votar. À mulher casada não lhe era reconhecido o direito ao voto, desde  que não estivesse judicialmente separada do marido e que este tivesse capacidade eleitoral.


Em entrevista ao "Modas e Bordados" de 13 de Fevereiro de 1946, a escritora Sarah Beirão manifesta o seu descontentamento assim:



"O que penso sobre a lei eleitoral (nº 35.426, de 31 de Dezembro de 1945) ? Que teve muita lacuna a preencher. Não há razão para que a mulher casada deixe de votar, especialmente quando possuir faculdades intelectuais para se poder manifestar em todos os sectores sociais.
É então o casamento uma grilheta? Pelo facto de casar a mulher não deixa de ter ideias nem de pensar. (...) 
Uma lei eleitoral deve ser elaborada, como todas, aliás, por indivíduos dos dois sexos. Não sendo assim, o desequilíbrio é fatal. (...)
Porque há tanto receio de incompetência da mulher para manifestar a sua opinião sobre assuntos de capital importância para a Nação, e mesmo para a humanidade, quando tantos homens incompetentes o fazem?
Porque não há-de haver essa igualdade natural e justa que equipara os indivíduos dando à mulher a personalidade que ela tem perdido, esmagada, por essa iniquidade que não tem razão de ser?"

Escritora Sarah Beirão, vice-presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas  - Modas e Bordados, nº 1775 de 13 de Fevereiro de 1946
Sarah de Vasconcelos Carvalho Beirão, nasceu no dia 29 de Julho de 1880, no concelho de Tábua, onde viria a falecer em 21 de Maio de 1974. Foi escritora, jornalista, defensora dos direitos das mulheres e da igualdade entre géneros. Dedicou-se a diversas causas a favor dos mais desfavorecidos. Fundou o Lar Sara Beirão e a Casa da Criança Sara Beirão, no concelho de Oliveira do Hospital.  A Fundação Sarah Beirão / Comendador António Costa Carvalho (marido da escritora), em Tábua, é actualmente uma instituição de solidariedade social. Distinguiu-se no meio cultural e político português entre 1930 e 1940. Escreveu sobretudo ficção, tanto para adultos como para crianças. Foi colaboradora dos jornais Primeiro de JaneiroDiário de Notícias, Diário de Lisboa e da Revista Municipal da CML. Da sua obra publicada em volume são de destacar Serões da Beira (1929), Amores no Campo (1931), Os Fidalgos da Torre (1936), Surpresa Bendita (1941), Alvorada (1943) e Manuel vai correr mundo. Foi vice-presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, organização de mulheres, dedicada à defesa dos direitos sociais e políticos das mulheres.


Sara Beirão fazendo a sua conferência no salão de O Século, 1933 - Arquivo Nacional Torre do Tombo
Manuel vai correr mundo. Autora, Sarah Beirão. Ilustração, Irene Mariares. Porto: Livraria Simões Lopes (197?) - BLX Bibliotecas de lisboa

Revista Municipal, nº 18 /19 de 1943. Monumentos de Lisboa / O Mosteiro dos Jerónimos (pág. 24 a 26). Texto de Sarah Beirão. Ilustração de J. Espinho - Hemeroteca Digital

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sara_Beir%C3%A3o