sábado, 31 de dezembro de 2022

Ano Novo 2023


"Tão fresco e cheio de promessas quanto este bebé, doce e querido...". Editor: George C. Whitney Co. Data: 1919. Local de edição: Worchester, Massachusetts.


Desejo um Bom e Feliz Ano Novo a todos os amigos, seguidores, leitores e visitantes do "comjeitoearte",



Fonte:

Cartão postal: Divisão de Arte, Gravuras e Fotografias de Miriam e Ira D. Wallach: Coleção de Imagens, Biblioteca Pública de Nova York. (1919). Tão fresco e cheio de promessas quanto este bebê, doce e querido, As coleções digitais da Biblioteca Pública de Nova York . 1919. 


https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47e3-47e2-a3d9-e040-e00a18064a99

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Cozinhas e utensílios

 

1. Preparativos para o Natal (depenando perus). Pintura: óleo sobre tela. Data: 1851. Dimensões: 58,4 x 83,8 cm. Autor: Francis William Edmonds.  - MET- The Metropolitan Museum of Art

No Natal, a cozinha é por excelência o centro da lida da casa, e é aí que se fazem os preparativos para a refeição mais importante do ano. As receitas de família, vão compondo as travessas de peru, bacalhau, polvo, sonhos, rabanadas, filhós e aletria, entre outras iguarias próprias da época natalícia, confeccionadas de acordo com as  tradições de cada região.


2. Coleção de Fotografia, Biblioteca Pública de Nova York. (1860 - 1920). Coronel Wm. Residência de R. Lee, Marblehead, Massachusetts, detalhe da lareira da cozinha, por volta de 1750 (no lado esquerdo da foto, atrás da cadeira, vemos um fole). - Biblioteca Pública da Nova Iorque,  NYPL


3. Interior de uma casa de campo, North Wales. Aguarela. Data: 1838. Autor : Redgrave, Richard CB, RA, ARA - Victoria and Albert Museum


As cozinhas nem sempre foram equipadas com fogão. Para a preparação dos alimentos o fogo era essencial. 
Os cozinheiros sabiam como preparar os alimentos directamente sobre o fogo ou utilizando simples panelas e outros utensílios que colocavam sobre a lenha.

As lareiras eram comuns nas habitações das classes menos abastadas e nas casas senhoriais. Destinavam-se à confecção dos alimentos e ao aquecimento da divisão principal.

Nas classes menos abastadas a lenha provinha da região florestal circundante, enquanto que as grandes casas tinham que providenciar uma enorme quantidade de lenha para as refeições de dezenas de pessoas.

 
4. Lareira, escrivaninha e cadeira de assento de junco (estudo para pintura). Aguarela. Autor: Joseph Clark. Lugar de origem: Grã-Bretanha. Data: final do século XIX, primeiro quartel do século XX. Dimensões: 17,9x26 cm. Pendurado na chaminé, do lado esquerdo vemos um fole. - Victoria and Albert Museum



5. Fole. Materiais e técnicas: Marchetaria de palha sobre pinho com ferragens em latão fundido. Decoração: Cenas Chinoiserie. Medidas: 51 x 16 x 9 cm. Data: c.1770. Local de origem : França. - Victoria and Albert Museum

O calor fornecido por lareiras ou braseiros era o único meio de aquecimento dos cómodos de uma casa. Manter o fogo activo durante o dia todo, era uma tarefa árdua que requeria conhecimento e habilidade, facilitada por ferramentas especializadas. Os foles quando manuseados adicionavam oxigénio ao fogo e ajudavam-no a queimar com mais intensidade.  


6. Interior de uma cozinha (ilustração para "The tale of Pigling Bland). Aguarela sobre lápis. Data: 1910. Autor : Beatrix Potter - Victoria and Albert Museum

7. Panela de aquecimento. Material: Latão (perfurado e gravado), ferro. Dimensões: Altura: 123cm. Diâmetro: 36 cm. Local de fabrico: Inglaterra.  - Victoria and Albert Museum


Na imagem 6 podemos ver uma panela de aquecimento pendurada na parede do fundo.
Como já referi, as casas eram aquecidas de forma inadequada. Os lençóis húmidos e as camas frias constituíam uma situação muito desagradável. A panela de aquecimento destinava-se a superar esse incómodo. A panela cheia com brasas, era movimentada sobre a cama antes das pessoas se deitarem.
 
Os servos tinham um cuidado extremo para não queimarem os lençóis de linho.
Quando não era utilizada, a panela de aquecimento permanecia pendurada num gancho na parede. 
As panelas de aquecimento apareceram no século XIV em França e faziam parte dos objectos domésticos comuns no século XVII.


8. A Copeira (cena de interior com lavagem de pratos). Óleo sobre tela. Autor: Giuseppe Maria Crespi. Data: 1725. Dimensões: 52 x 43 cm. Galeria Uffizi, Florença - Web Gallery of Art 


9. La Récureuse (A esfregadora - cena de interior com jovem criada polindo as pratas.). Óleo sobre tela. Autor: André Bouys. Data: 1737. - Museu de Artes Decorativas de Paris - Web Gallery of Art.


As habitações mais simples são organizadas numa única divisão, ou podem ter dois pisos: um rés-do-chão, onde se desenvolvem todas as actividades quotidianas como, cozinhar, trabalhar, receber, e um piso superior utilizado como quarto de dormir.

10. Mulher fazendo Panquecas. Pintura a óleo. Autor: Willem Van Mieris. Data: 1710-1719. Dmensões:49,8 x 40,3 cm. - Victoria and Albert Museum

11. A Fonte de Cobre. Óleo sobre madeira. Autor: Jean Baptiste Siméon Chardin. Data: 1733-1734. Dimensão: 28,5 cm x 23 cm. - Museu do Louvre


A residência das classes abastadas é organizada em edifícios com vários andares: no rés-do-chão, situam-se as zonas de serviço; no primeiro andar, habita o proprietário e a família; o último andar destina-se ao alojamento do pessoal e depósito de objectos.
Com a evolução da organização do interior das habitações, a cozinha começa a ficar separada dos cómodos principais.


12. A cozinha em Elmswell Hall, York. Aguarela. Autora: Mary Ellen Best. Data: 1834. Dimensões: 45 x 55 cm. - Victoria and Albert Museum


13. Cozinha Antiga - Castelo de Windsor. Estampa. Autor: William Henry. Data: 1819.A Divisão de Arte, Impressões e Fotografias de Miriam e Ira D. Wallach: Coleção de Arte e Arquitetura, Biblioteca Pública de Nova York. (1819). Cozinha Antiga - Castelo de Windsor. Obtido em https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47de-1bbf-a3d9-e040-e00a18064a99. - Biblioteca Pública da Nova Iorque,  NYPL



14.Almofariz e Pilão. Liga de cobre fundida. Século XVI. Durante o século 16, almofarizes e pilões eram usados ​​diariamente no preparo de alimentos. Ervas e especiarias, pães de açúcar, grãos e outros ingredientes eram praticamente todos fornecidos inteiros (até ao séc. XVIII) e moídos em casa. Estes utensílios eram comuns nas casas abastadas. - Victoria and Albert Museum


Com os importantes avanços tecnológicos, a partir do século XIX as cozinhas sofreram uma grande transformação. A energia a vapor e hidráulica,  os recursos naturais como o carvão e o uso de ferro fundido, entre outros, permitiram a criação de utensílios e ferramentas que facilitaram as tarefas diárias das cozinheiras. O gás e a água encanados contribuiu para a higiene e o impulsionamento dos ambientes residenciais. 


14. Moinho de café. Técnica: madeira torneada e esculpida. Data: 1770-1800. Materiais: jacarandá e ferro. Origem: Inglaterra - Victoria and Albert Museum



15. Desenho de um fogão de cozinha com manto e guarda-lamas. Aguarela e caneta. Autor: Ernest Griset. Data: Final do século XIX. - Victoria and Albert Museum.


16. Cozinha. Ilustração. Data: 1913. Local: Nova York. Editora: A Companhia. Divisão de Pesquisa Geral, Biblioteca Pública de Nova York. (1913). Prato W - Cozinha Obtido em https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47db-bccd-a3d9-e040-e00a18064a99 - Biblioteca Pública da Nova Iorque,  NYPL


17. Chaleira com queimador. Técnica: madeira ebanizada  e galvanoplastia. Data: 1880-1890. Materiais: prata e madeira. Origem: Inglaterra . Autor: Christopher Dresser - Victoria and Albert Museum



18. Cozinha Frankfurt. Data: 1926-1927. A cozinha é composta por 89 partes. Faz parte de uma cozinha produzida em massa para um complexo habitacional em Frankfurt. Autora: Margarete (Grete) Schütte-Lihotzky. Material: madeira, vidro, metal, tinta e esmalte. Victoria and Albert Museum.



19. Chaleira eléctrica. Eletrodoméstico. Data: 1908-1980. Materiais: latão, níquel, ferro e vime. Objecto baseado num projecto de Peter Behrens para a AEG, Alemanha. Origem: Europa Ocidental. - Victoria and Albert Museum



20. Cozinha. Publicidade ano de 1942. Revista Panorama nº 10, Agosto de 1942. - Hemeroteca Digital. CML

Fontes:

https://www.metmuseum.org/art/collection/search/20888?ft=warming&offset=80&rpp=40&pos=82

https://collections.vam.ac.uk/item/O1178808/interior-of-a-cottage-north-watercolour-redgrave-richard-cb/

https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47d9-b530-a3d9-e040-e00a18064a99

https://collections.vam.ac.uk/item/O101017/study-of-a-fireplace-a-watercolour-clark-joseph/

https://collections.vam.ac.uk/item/O130673/bellows-unknown/

https://collections.vam.ac.uk/item/O1271115/drawing-beatrix-potter/

https://collections.vam.ac.uk/item/O77414/warming-pan-unknown/

https://www.wga.hu/html/c/crespi/giuseppe/scullery.html

https://www.wga.hu/frames-e.html?/html/b/bouys/scrubbin.html

https://collections.vam.ac.uk/item/O131979/the-pancake-woman-oil-painting-mieris-willem-van/

https://collections.louvre.fr/en/ark:/53355/cl010059553

https://collections.vam.ac.uk/item/O17343/the-kitchen-at-elmswell-hall-watercolour-best-mary-ellen/

https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47de-1bbf-a3d9-e040-e00a18064a99

https://collections.vam.ac.uk/item/O607913/drawing-ernest-griset/

https://digitalcollections.nypl.org/items/510d47db-bccd-a3d9-e040-e00a18064a99

https://collections.vam.ac.uk/item/O301715/coffee-mill-unknown/

https://collections.vam.ac.uk/item/O127126/mortar-and-pestle/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial

https://collections.vam.ac.uk/item/O67455/tea-kettle-dresser-christopher/

https://blogdaarquitetura.com/como-eram-as-cozinhas-no-passado/

https://collections.vam.ac.uk/item/O324928/electric-kettle-electric-kettle-unknown/

https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/index.htm

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Calendário do Advento - Trenó | Passo a Passo


Calendário do Advento, trenó (comjeitoearte).

O Calendário do Advento ajuda a contar os dias e a celebrar a magia da época natalícia. 

A abertura de cada uma das 24 janelas, surpreende as crianças e encanta os adultos.



Proponho a realização de um calendário em forma de trenó, com utilização de algum material reciclado.


Material:

1 - Rolos de cartão (reutilização dos de papel higiénico, ou outros);

2 - Cartolina ou papel autocolante (2 cores);

3 - Tesoura;

4 - X-acto;

5 - Régua;

6 - Lápis;

7 - Cola universal;

8 - Cordão colorido;

9 - Caixas de Tetra Pak (200 ml) - alternativa aos rolos de cartão;

10 - Números de 1 a 24;

11 - Elementos decorativos (duendes, elfos, renas...).


Passo a Passo:

Rolos de cartão.


Caixas Tetra Pak , 200 ml

1 - Seleccione o material das janelas (rolos ou caixas).

2 - Recorte 24 rectângulos de cartolina ou papel, com medidas iguais ao comprimento e largura dos rolos ou caixas.


Rectângulo de cartolina com medidas iguais às do rolo de cartão.

3 - Cole os rectângulos sobre cada um dos rolos.


Rolo de cartão revestido com cartolina.

4 - Trace 24 círculos de cartolina com o diâmetro igual ao rolo de cartão. Desenhe uma pequena patilha. Recorte.


Circulo de cartolina.

5 - Cole ou desenhe os números de 1 a 24.




6 - Cole os círculos sobre os 24 rolos de cartão.






7 - Construa o trenó conforme o passo a passo, aqui.

8 - Cole os rolos uns aos outros e forme várias colunas  em 5 filas. 




9 - Cole o conjunto dos rolos sobre o trenó.

10 - Coloque os elementos decorativos.

Detalhe do arreio realizado com cordão.


https://comjeitoearte.blogspot.com/2022/11/treno-de-natal.html

https://comjeitoearte.blogspot.com/2012/11/estrelas-para-o-calendario-de-advento.html

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Trenó de Natal | Passo a passo

1 -Trenó suporte para prendas - "comjeitoearte"


O trenó de decoração de Natal, é um bom elemento para a criação de magia na festa da família.

Quando organizar um conjunto de pequenas prendas se transforma numa tarefa difícil, o trenó pode ser a solução.


2 -Trenó 

Material:

1 - Caixa de cartão, reciclada;

2 - Cartolina colorida;

3 - Cordão de algodão;

4 - Guizos;

5 - Contas e pérolas;

6 - Tesoura e x-acto;

7 - Régua;

8 - Lápis;

9 - Cola universal;

10 - Fio colorido.


Passo a Passo:

3 - Molde A


4 - Molde B

1 - Imprima os moldes A e B.

2 - Coloque os moldes sobre um cartão de caixa reciclada.

3 - Desenhe o contorno do trenó.

4 - Recorte.

5 - Sobreponha as partes sombreadas a,b. Cole uma sobre a outra.

6 - Coloque o trenó sobre a cartolina colorida. Repita os passos 3 e 4.

7 - Cole a cartolina sobre o cartão.


5 - Colagem do cordão de algodão


8 - Cole o cordão de algodão sobre todo o contorno do trenó (fotos 5 e 6).


7 - Rectângulo para reforço.

 9 - Recorte sobre cartão dois rectângulos com as medidas de 14 X 2 cm (figura 7).

10 - Dobre os rectângulos pelo tracejado. 


8 - Colagem dos rectângulos de reforço.

11 -  Cole os rectângulos sobre a parte de baixo do trenó (foto 8).

12 - Cole os elementos decorativos (foto 9 ).


9

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Rua dos Anjos, 49 | Azulejos em Lisboa

Rua dos Anjos nº 49. Edifício em ruínas (foto "comjeitoearte")


Este imóvel situado na Rua dos Anjos, na freguesia de Arroios, data do século XIX (AML). Cinco vãos com moldura de cantaria, distribuem-se por cada um dos três pisos. As varandas são construídas em ferro decorado. Originalmente, o quarto piso apresentava quatro janelas dispostas sobre o telhado, denominadas mansardas.


Edifício da Junta de Freguesia dos Anjos. Rua dos Anjos, nº 49 (a placa na varanda do 1º piso é bem visível.).Fotografia: negativo de gelatina e prata sobre acetato de celulose. Dimensão: 6 x 6 cm. Autor: Arnaldo Madureira. Data: 1959. - Arquivo Municipal de Lisboa - AML.

A fachada do edifício está coberta por azulejos da Fábrica Goarmon. O padrão de desenho geométrico, conhecido por "sargento grande", repete-se nas cores azul e amarelo sobre fundo branco. A cantaria é emoldurada por cercadura com flores e folhas em branco sobre fundo azul.


Rua dos Anjos, nº 49, em 1986  - DIGITILE Biblioteca.



Rua dos Anjos nº 49. O edifício em 2020. - Google Maps




Fontes:

https://arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt/X-arqWeb/Search.aspx

https://digitile.gulbenkian.pt/customizations/global/pages/index.html

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Implantação da República Portuguesa - 5 de Outubro de 1910

A Proclamação da República PortuguesaPrincipais acontecimentos em Lisboa a 5 de Outubro de 1910: 1- Bombardeamento do Palácio das Necessidades; 2- Embarque da família real na praia da Ericeira a bordo do iate Amélia; 3 - Condução de Jesuítas para o forte de Caxias; 4 - Proclamação da República na Câmara Municipal; 5 - Desembarque da Marinha no Terreiro do Paço; 6 - Revolucionários na Rotunda; 7 - Visita do Governo provisório ao acampamento dos revolucionários; 8 - Entrincheiramentos na Rotunda. Postal colorido (9x14cm). - Biblioteca Nacional de Portugal.


A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 de Outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de Outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.


A Capital, diário republicano da noite, número, número 96, de 5 de Outubro de 1910. Na primeira página do jornal, em destaque, "Governo Provisório": Presidente sem pasta - Teófilo Braga; Interior - António José de Almeida; Justiça - Afonso Costa; Fazenda - Basílio Telles; Obras Públicas - António Luís Gomes; Estrangeiros - Bernardino Machado; Guerra - Coronel Correia Barreto; Marinha - Azevedo Gomes - Hemeroteca Municipal de Lisboa


Auto da Proclamação da República Portuguesa / Revolução de 5 de Outubro de 1910 (Portugal) - Museu de Lisboa - Palácio Pimenta. Fotografia. Suporta: Negativo de gelatina e prata sobre acetato de celulose. Dimensões: 13 x 18 cm. Autor: Estúdios Novais. - Arquivo Municipal de Lisboa


A República foi proclamada da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, por José Relvas.


Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira Republica. Com a implementação da República, foram adoptados novos símbolos nacionais: o hino nacional, a bandeira e a moeda.

Los Sucesos, jornal castelhano, número 346, de 15 de Outubro de 1910 (capa)."Teófilo Braga, presidente do Governo Provisório da República portuguesa".- Hemeroteca Municipal de Lisboa


Joaquim Teófilo Fernandes Braga (1843-1924), foi um poeta, sociólogo, político, filosofo e ensaísta português. Bacharel, Licenciado e Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra.

Por decreto publicado no Diário do Governo de 6 de Outubro de 1910, é nomeado presidente do Governo Provisório da República portuguesa, saído da Revolução de 5 de Outubro do mesmo ano.

Durante o seu governo é aprovada a primeira constituição republicana, em Agosto de 1911.

Exerceu funções de Chefe de Estado até à eleição do primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga, em 24 de Agosto de 1911.



Ilustração Portuguesa, número 242, de 10 de Outubro de 1910 (p 463). A proclamação da República. O Sr. José Relvas fazendo a proclamação da Republica das janelas da Câmara Municipal de Lisboa em 5 de Outubro. - Hemeroteca Municipal de Lisboa




Brasil-Portugal, revista quinzenal ilustrada, número 282, de 16 de Outubro de 1910 (p 274). República Portuguesa - Os membros do Governo Provisório: Ministro do Interior - António José de Almeida; Ministro da Justiça - Afonso Costa; Ministro dos Negócios Estrangeiros - Dr. Bernardino Machado; Ministro da Guerra - Coronel Barreto; Ministro do Fomento - António Luís Gomes; Ministro da Marinha - Azevedo Gomes; Ministro das Finanças - José Relvas. - Hemeroteca Municipal de Lisboa


José de Azevedo Mascarenhas Relvas (1858 - 1929), foi um político republicano português.

No dia 5 de Outubro de 1910 José Relvas seria o escolhido para proclamar a Implantação da República, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, porque era um dos elementos mais carismáticos do Diretório do Partido Republicano.

Foi Ministro das Finanças do respectivo Governo Provisório de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911, sendo ele o responsável, nomeadamente, pela introdução da reforma monetária que criou o Escudo.


Álbum das Glórias, número 28, Maio de 1882. Manuel de Arriaga, ilustração. Legenda: "La mère en permettra la republique à sa fille". Autor: Rafael Bordalo Pinheiro (no "comjeitoearte") - Hemeroteca Digital de Portugal.


A Capital, diário republicano da noite; número 395, de 24 de Agosto de 1911. Na primeira página do jornal, em destaque "Viva a República" e foto do primeiro presidente eleito Dr. Manuel de Arriaga. "Está eleito o presidente da República. Pela primeira vez, ao mundo inteiro, o povo português apresenta um seu verdadeiro representante". (...) - Hemeroteca Municipal de Lisboa


Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue (1840 - 1917) foi um advogado, professor, escritor e político português. Foi dirigente e um dos principais ideólogos do Partido Republicano Português.

A 24 de Agosto de 1911 tornou-se no primeiro presidente eleito da República Portuguesa, sucedendo na chefia do Estado ao Governo Provisório presidido por Teófilo Braga. Exerceu aquelas funções até 29 de Maio de 1915, data em que foi obrigado a demitir-se, sendo substituído no cargo pelo mesmo Teófilo Braga, que como substituto completou o tempo restante do mandato.


As Constituintes de 1911 e os seus deputados. Autor: Eduardo Rodrigues Cardoso de Lemos. Publicação: Liv. Ferreira. 1911, Lisboa.
Resultado da votação para a eleição do Presidente da República: Manuel de Arriaga - 121 votos; Bernardino Machado - 86 votos; Duarte Leite - 4 votos; Sebastião de Lima - 1 voto; Alves da Veiga - 1 voto; Listas brancas 4 (pág. 508). Discurso do Presidente da República Portuguesa Bernardino Luís Machado Guimarães(pág. 512) - Biblioteca Nacional de Portugal



A Capital, diário republicano da noite; número 396, de 25 de Agosto de 1911. Na primeira página do jornal, em destaque "A assembleia Nacional Constituinte - reuniu hoje pela última vez elegendo de entre os seus membros aqueles que irão constituir o Senado" (Na imagem, à direita, a lista com 71 senadores) - Hemeroteca Municipal de Lisboa


O Zé, número 42, de 29 de Agosto de 1911. Dr. Manuel de Arriaga (Eleito Presidente da República em 24 de Agosto de 1911). "Das trevas para  a luz. Homenagem ao 1º Presidente da República Portuguesa". - Hemeroteca Municipal de Lisboa


A Capital, diário republicano da noite; número 398, de 31 de Agosto de 1911. Na primeira página do jornal, em destaque " O Sr. João Chagas indigitado chefe do novo governo, tenta, também, a união do partido republicano" - Hemeroteca Municipal de Lisboa



Ilustração Portuguesa, número 290, de 11 de Setembro de 1911 (capa). "João Chagas - Presidente do Conselho de Ministros da República Portuguesa  (Cliché -Vasques). - Hemeroteca Municipal de Lisboa



Ilustração Portuguesa, número 290, de 11 de Setembro de 1911 (p 322).Os Membros do 2º governo republicano de Portugal: Dr. Diogo Tavares de Mello Leotte - Ministro da Justiça; Dr. Duarte leite - Ministro das Finanças; Dr. João de Menezes - Ministro da Marinha; General Pimenta de Castro - Ministro da Guerra; Capitão Sininho Paes - Ministro do Fomento; Dr. Celestino d'Almeida - Ministro das Colónias. - Hemeroteca Municipal de Lisboa



O Zé, número 47, de 3 de Outubro de 1911. Comemoração do Primeiro Aniversário da República Portuguesa - Personalidades da política portuguesa. Entre outros: João Chagas; Tito de Moraes; Mendes Cabeçadas .Hemeroteca Municipal de Lisboa.

A Portuguesa. - Música para coros. KEIL, Alfredo, 1850-1907 (no "comjeitoearte").  - Lisboa : Imprensa Nacional,. - Partitura vocal  - Biblioteca Nacional de Portugal


Chafariz do Intendente (no "comjeitoearte")  Autor: Machado & Sousa. Dimensões: 13x18cm.Suporte: Negativo de gelatina e prata em vidro.
A  construção deste chafariz ocorreu nos anos de 1823 e seguintes. Até 1917 permaneceu no Largo do Intendente, encostado à fábrica de azulejos Viúva Lamego. O projecto deste chafariz é da autoria dos arquitectos Henrique Guilherme de Oliveira e Honorato José Correia de Macedo e Sá.
A Coroa, com as armas de Portugal, que encimava este chafariz foi retirada após a implantação da República em 1910. Só nos anos 90 é que ela volta ao seu lugar, reposta pela Câmara Municipal. - Arquivo Municipal de Lisboa



Fontes:

https://www.bnportugal.gov.pt/
https://purl.pt/28264

https://pt.wikipedia.org/wiki/Implanta%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_Portuguesa

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ACapital/ACapital.HTM

https://arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt/xarqdigitalizacaocontent/PaginaDocumento.aspx?DocumentoID=257678&AplicacaoID=1&Pagina=1&Linha=1&Coluna=1

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/LosSucesos/LosSucesos.htm

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/IP8.htm

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/BrasilPortugal.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Relvas

https://gisaweb.cm-porto.pt/units-of-description/?creator=&order_by=TITLE&q=5+de+outubro+de+1910

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/AlbumDasGlorias/AlbumDasGlorias.htm

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OZe/OZe_ano4.htm

https://purl.pt/15292

https://arquivomunicipal.lisboa.pt

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ACapital/1911/Agosto/Agosto_item1/P77.html

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ACapital/1911/Agosto/Agosto_item1/P101.html

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1911/N290/N290_item1/index.html

https://catalogo.bnportugal.gov.pt/ipac20/ipac.jsp?profile=bn&source=~!bnp&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!827017~!2&ri=1&aspect=subtab13&menu=search&ipp=20&spp=20&staffonly=&term=lus%C3%83%C2%ADadas&index=.TW&uindex=&aspect=subtab13&menu=search&ri=1