Christian Dior acompanhado da modelo Renée, em 1957 - Vogue |
Dia 21 de Janeiro (aqui)
Christian Dior (nasceu em 21 de Janeiro de 1905, Granville, França - faleceu em 24 de Outubro de 1957, Montecatini, Itália), foi um estilista francês, cujas criações dominaram o mundo da moda, após a Segunda Guerra Mundial.
Dior provinha de uma família rica e estava destinado a seguir a carreira diplomática. Sob a insistência dos seus pais, entrou na Faculdade de Ciências Políticas, que abandonou sem concluir o curso.
No meio da crise financeira da década de 1930, foi para Paris, onde iniciou a concretização da sua paixão. Começou a sua carreira de designer fazendo esboços para vestuário. O sucesso chegou com os desenhos de chapéus, mais originais e procurados que os desenhos de vestidos. Christian Dior decidiu então, que havia de aperfeiçoar a sua técnica como criador de moda.
Modelo de Dior, (detalhe do chapéu). Foto de Willy Maywald, 1948 - Red List |
Casa Christian Dior, com decorações de Natal, 1954, Paris - Top Foto |
Em 1938, tornou-se no desenhador principal do grande estilista Robert Piguet, o “Principe da moda”. Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Christian Dior foi chamado para combater no sul de França. Regressou a Paris em 1941 e começou a trabalhar para uma casa de moda conceituada, a de Lucien Lelong.
Apoiado financeiramente por Marcel Boussac, o rei dos têxteis, Dior abriu as portas da casa de moda Christian Dior, no número 30, da Avenida Montaigne, em Paris, no ano de 1946.
Apoiado financeiramente por Marcel Boussac, o rei dos têxteis, Dior abriu as portas da casa de moda Christian Dior, no número 30, da Avenida Montaigne, em Paris, no ano de 1946.
A sua primeira colecção de Alta Costura, apresentada a 12 de Fevereiro de 1947, a que ele chamou de "A Linha Corolla", tornou a figura feminina suave, com ombros estreitos, cintura bem demarcada e saia volumosa.
Linha "Corola", ilustração por René Gruau para vestido Dior, 1947 - Red List |
Modelo "Bar", ilustração por René Gruau, para Dior, 1947 - Red List |
Modelo "Bar" de Dior, em seda. Colecção Primavera/Verão, de 1947. (A jaqueta apertada, tem as ancas acolchoadas para realçar a cintura minúscula. A longa saia plissada, feita com cambraia, é excepcionalmente pesada, foi feita com 3,7 metros de shantung de seda e é presa com cinco botões cosidos à mão) - Museu Metropolitano de Arte |
Modelo "Bar" de Dior, 1947 - Red List |
Modelo "Linha Corolla", desenho para Dior, sem data. - Red List |
Na primeira colecção a que Dior chamou "A Linha Corolla", o modelo "Bar" foi um dos projectos mais importantes do designer. A jaqueta apertada, foi acolchoado sobre as ancas, para realçar a cintura minúscula. A longa saia plissada, feita com cambraia tornava-se excepcionalmente pesada. Confeccionada com 3,7 metros de shantung de seda, a saia era presa com cinco botões cosido à mão.
A colecção foi chamada de "The New Look", por Carmel Snow da Harper's Bazaar, e o nome permaneceu.
A colecção foi chamada de "The New Look", por Carmel Snow da Harper's Bazaar, e o nome permaneceu.
O sucesso foi estrondoso e a marca Dior tornou-se mundialmente famosa. A Harper's Bazaar publicou desenhos detalhados de “The New Look”, e "Bar" também foi ilustrado na Vogue e L'Officiel.
O
ilustrador de moda René Gruau (1909-2004) fez amizade com Dior, o
que contribuiu para a sua colaboração bem sucedida e o alargamento da propaganda de moda. Dior homenageou o amigo, dando o nome "Gruau", a um vestido desenhado pelo ilustrador. Nos Estados Unidos, Gruau trabalhou para a
Vogue, Harper Bazaar e Flair, sendo no entanto recordado pelas ilustrações
para Dior.
Ilustração de Lila de Nobili para Christain Dior, 1947 - Red List |
Vestido "Eugénie", couro e nylon. Colecção Outono/Inverno 1948-1949 - Museu Metropolitano de Arte |
Vestido "Gruau" (assimétrico), em seda, da colecção Outono/Inverno, 1949/1950 . Museu Metropolitano de Arte |
Vestido "Gruau" (assimétrico), em seda, da colecção Outono/Inverno, 1949-1950. Museu Metropolitano de Arte |
Além das saias volumosas que estreou na colecção "A Linha Corolle" de 1947, Christian Dior também trabalhou com uma estética de design assimétrico, nomeadamente nas colecções de 1948-1949. O vestido "Gruau" de 1949 é característica deste estilo, em que o vestido parece ser torcido em torno do corpo. Botões decorativos na saia e corpete são usados para aumentar o efeito e para unificar os dois componentes do vestido, que são peças separadas. Uma característica dos projectos de Dior, o cinto, chama a atenção para a cintura cingida.
Christian Dior, desenvolveu novos projectos e novas iniciativas: o primeiro perfume "Miss Dior" em 1947 e, um ano depois,
a Sociedade de Perfumes Christian Dior. Em 1948, conseguiu autorização para a produção de
bijuterias, meias, gravatas e perfumes.
Vestido "Eventail", em lã, colecção Outono /Inverno 1948-1949 - Museu Metropolitano de Arte |
Ilustração de René Gruau, para Dior, 1948 - Red List |
Conjunto de lã, cinzento (aperta atrás com botões), 1948. (Pertenceu a William Englehaupt (Dorothy Fuller), da consultora de moda Dorothy Fuller Productions) - Museu de História de Chicago |
Vestido de noite (assimétrico) em seda, 1945-1955 - Museu Metropolitano de Arte |
Ilustração de Bernard Blossac , para Christian Dior, 1949 - Red List |
Juntamente com o seu colega Jaques Rouet, o designer tornou-se o primeiro nos acordos para obtenção de licenças no mundo da moda. Christian Dior parte para os Estados Unidos, em 1948, para a conquista do mercado americano e abre uma grife, na Quinta Avenida.
Nos anos 50, o designer tornou-se no grande "senhor" da moda. Nesta década, cada colecção apresentada era subordinada a um tema: a "Linha H" (1954) e as Linhas "A" e "Y" (1955).
O vestido chamado "Zemire" fez parte da colecção de Outono/Inverno de 1954-55, "Linha H". Foi um dos projectos históricos de Dior, muito bem sucedido.
Dior homenageava com frequência as letras do alfabeto nas suas colecções. O vestido "Escarlate" vem da "Linha Y". O decote do vestido em v profundo, simboliza o motivo de "Y", assim como faz a forma de "Y" invertido nas pregas da saia.
Christian Dior produzia cerca de 12.000 vestidos por ano. A sua boutique foi a mais bem sucedida e amplamente conhecida do pós-guerra.
O vestido chamado "Zemire" fez parte da colecção de Outono/Inverno de 1954-55, "Linha H". Foi um dos projectos históricos de Dior, muito bem sucedido.
Dior homenageava com frequência as letras do alfabeto nas suas colecções. O vestido "Escarlate" vem da "Linha Y". O decote do vestido em v profundo, simboliza o motivo de "Y", assim como faz a forma de "Y" invertido nas pregas da saia.
Christian Dior produzia cerca de 12.000 vestidos por ano. A sua boutique foi a mais bem sucedida e amplamente conhecida do pós-guerra.
Ilustração de René Gruau para Christian dior, 1951 - Red List |
Vestido "May", seda e organza, bordada à mão. Colecção Primavera/Verão 1953 - Museu Metropolitano de Arte |
"Zemire"; Linha H, seda e acetato, colecção Outono/Inverno 1954-55 (este vestido foi encomendado pela senhora Sekers, esposa do fabricante têxtil britânico e feito num tecido sintético inovador) - Museu Victoria e Alberto
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Vestido "Chambord", em seda, missangas, lantejoulas, strass, plástico. Colecção Outono/Inverno 1954-55 - Museu Metropolitano de Arte |
Conjunto: vestido e casaco com gola, em crepe e lã, 1954. (Este vestido pertenceu à bailarina e coreógrafa Ruth Page (Sra. Thomas Hart Fisher) - Museu de História de Chicago |
A
duquesa de Windsor e estrelas como Rita Hayworth, Ava Gardner, Eva
Perón, ou ainda Marlene Dietrich, foram algumas das celebridades que
usaram modelos Christian Dior.
Em 1953, Yves Saint
Laurent associou-se a Dior como seu assistente. Dior revelou-se fundamental na comercialização de moda parisiense, a nível mundial. O negócio de Dior não parou de crescer. Após a morte de Dior em 1957, em Itália, o seu assistente, Yves Saint Laurent assumiu a casa de costura, até 1960, quando foi convocado para o exército francês. Em 1987 o grupo "Louis-Vuitton-Moet-Henessy" (o maior produtor do mundo de bens de luxo) comprou a Casa Dior, que continua a ser uma das mais procuradas e das mais caras do mundo da alta-costura.
Foram directores da "Casa Dior", Marc Bohan, Gianfranco Ferré e John Galliano.
Vestido "Escarlate"; Linha Y, seda, 1955 (o decote do vestido em v profundo simboliza o motivo de "Y", assim como faz a forma de "Y" invertido nas pregas da saia) - Museu Victoria e Alberto
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Vestidos de noite, "A Linha Livre", em tule, nylon, renda e linho, 1957 (O vestido do lado esquerdo, foi desenhado por Christian Dior em 1957, o ano de sua morte. Foi encomendado pela Baronesa Alain de Rothschild, para vestir na visita da Rainha Elizabeth II e Príncipe Philip a Paris, em Abril de 1957) - Museu Victoria e Alberto
Sapatos de noite, seda, plástico e vidro 1954 - Museu Metropolitano de Arte
Sapatos de noite, seda, fio metálico, plástico e vidro, 1954 - Museu Metropolitano de Arte
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Christian Dior, trabalhando na colecção de 1957. Foto de Loomis Dean - Red List |
Fontes:
http://www.infopedia.pt/$christian-dior
http://theredlist.fr/
http://www.vogue.xl.pt/index.php
http://www.vam.ac.uk/vastatic/microsites/1486_couture/index.php
http://www.topfoto.co.uk/
http://collections.vam.ac.uk/
http://theredlist.fr/
http://www.vogue.xl.pt/index.php
http://www.vam.ac.uk/vastatic/microsites/1486_couture/index.php
http://www.topfoto.co.uk/
http://collections.vam.ac.uk/
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