terça-feira, 27 de setembro de 2011

Biografia do artista plástico Júlio Pomar

Júlio Pomar nasce em Lisboa no dia 10 de Janeiro de 1926. Frequenta a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas Artes de Lisboa e do Porto. Participa pela primeira vez numa exposição colectiva em 1942, e realiza a sua primeira exposição individual, com os Independentes, em 1947, na cidade do Porto.
A sua obra foi influenciada pela obra de grandes muralistas mexicanos, como Orozco ou Diego Rivera, mas não tardou a absorver culturas distintas.

Retrato do mestre realizado por Bottelho
Em 1945, expõe na Sociedade Nacional de Belas Artes, uma das suas obras mais emblemáticas, "O Gadanheiro" (actualmente pertença do Museu Nacional de Arte Contemporânea  MNAC).

"Gadanheiro", 1945 - óleo sobre aglomerado 


Sem título, 1944 - desenho, guache/ envernizado sobre cartão
Em 1950 realiza uma exposição individual na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, onde apresenta várias obras, destacando-se a pintura " O Almoço do Trolha". Foi um dos principais cultores do Neo-realismo na pintura portuguesa, de 1945 a 1957, seguindo por outros caminhos em épocas posteriores.



" O Almoço do Trolha", 1946/50 - óleo sobre tela
Em 1954 recebe a encomenda de um conjunto de doze vitrais, que personalizam a Igreja da Sagrada Família (Pontinha)  distribuídos pelo templo do seguinte modo: um vitral circular na fachada principal, representando a Sagrada Família, dois arcanjos (S. Miguel e S. Rafael) na capela-mor e os restantes nove, representando santos, no corpo da Igreja (S. João de Deus, Santo António, Santa Rita, Santa Filomena, Santa Cecília, Santa Isabel, S. José, S. Pedro e S. João Baptista).

Vitrais da Capela da Sagrada Família na Pontinha
Em conjunto com outros artistas, como Rogério Ribeiro e José Júlio, funda a Gravura (1956), cooperativa de produção e divulgação de obras gráficas, da qual será o principal animador até 1963. 
Em 1960 Pomar realiza trinta pequenas pinturas a preto e branco para ilustrar uma versão de D.Quixote, de Aquilino Ribeiro, seguidas por outros trabalhos de escultura e pintura versando o mesmo tema. Em 1997, apresenta estas obras, no Centro Cultural da Gandarinha, em Cascais. 
Da pintura à escultura, passando pelo desenho, gravura, ilustrações, tapeçaria, cerâmica e cenografia, Júlio Pomar foi consagrado há muito como um dos nomes maiores da arte europeia. Em 1961 é distinguido com o prémio de pintura da Fundação Calouste Gulbenkian, e começa a pintar a série tauromaquias. 

"Cegos de Madrid",1957/59
"Entrada de Touros", 1964 - óleo sobre tela

Em 1983, expõe na Galeria 111 a série Os Tigres. Neste ano recebe um convite do Metropolitano para animar plasticamente a estação do Alto dos Moinhos, em Lisboa. Partindo da ideia de homenagear quatro nomes das letras portuguesas, Camões, Bocage, Almada e Pessoa, realiza durante um ano, desenhos para as decorações murais. Com os desenhos foi organizada uma exposição pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, intitulada "1 Ano de desenho, 4 portas no Metropolitano de Lisboa.

L'Étonnement, 1979 - Colagem e acrílico sobre tela

"Tigre amarelo", serigrafia
Metropolitano Alto dos Moinhos,  Lisboa
Realiza retratos de intelectuais portugueses como Maria Lamas; Mário Dionísio; Graça Lobo, Laranja, 1973 (colecção particular); Edgar Poe, Fernando Pessoa e o Corvo, 1985 (colecção particular); O Presidente de Júlio Pomar,1992 (retrato oficial de Mário Soares, colecção da Presidência da República).

Edgar Poe, Fernando Pessoa e o Corvo,1985 - colagem e acrílico sobre tela
 
"O presidente de Júlio Pomar", 1992
Em 2008 realizou-se uma grande exposição com seis dezenas de objectos muitos dos quais nunca antes exibidos, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. No Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira), realizou uma exposição intitulada "Júlio Pomar e a experiência neo-realista. Ao longo da sua vida tem feito inúmeras exposições em Portugal, Espanha, Bélgica, Brasil, EUA, Suécia e China.


Prémios: 1957 - Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian em gravura; 1961 - Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian em pintura; 1993 - Prémio Montaigne da Fundação FVG, de Hamburgo; 1995 - Prémio AICA-SEC atribuído pela secção portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte; 2004 - Ordem da Liberdade pelo Presidente Jorge Sampaio;
2009 - Prémio da Latinidade 2009 'João Neves Fontoura'.  

"Mêllé", 1968 - pintura acrílica sobre tela

Escultura "L'Enseigne aux Grelots", 1977 - assemblage sobre osso, metal, plástico, caixa/acrílica e tecido
Fontes: 
Wikipédia

http://cam.gulbenkian.pt/index.php?article=59984&visual=2&langId=1&ngs=1
  

















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