domingo, 11 de novembro de 2018

O Armistício - Portugal na Primeira Guerra Mundial

O chefe de Estado, Sidónio Pais ( na foto, canto superior esquerdo ), numa das varandas do palácio de Belém, em Lisboa, lê à multidão o telegrama do rei de Inglaterra felicitando Portugal pela vitória dos aliados (Novembro de 1918; negativo de gelatina e prata em vidro; 9 X 12 cm; foto de Benoliel Joshua).   AML - Arquivo Municipal de Lisboa, CML

A assinatura do Armistício, numa carruagem de comboio, na floresta de Compiègne, a norte de Paris , no dia 11 de Novembro de 1918, foi festejada com regozijo por cidadãos de toda a Europa e em grande parte do Mundo. Durante os confrontos, cerca de 10 milhões de pessoas morreram e mais de 20 milhões ficaram feridas. 

«Acabou a guerra, acabou a guerra!». Foi o grito geral, alvoroçado e louco de alegria que se ouviu pelas ruas. Finalmente tinham cessado os combates.


Automóvel do jornal O Século, na Praça Luís de Camões, em  Lisboa, distribuindo os primeiros exemplares de jornais, que anunciavam a assinatura do armistício com a Alemanha (Novembro de 1918; negativo de gelatina e prata em vidro; 9 X 12 cm; foto de Benoliel Joshua).   AML - Arquivo Municipal de Lisboa, CML

«Enfim! Acabou a guerra» . O Século ( 11 de Novembro de 1918) - «Diário de Grande Guerra». Biblioteca Nacional de Portugal - BNP .


«O armistício». Boletim Oficial do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1 de Novembro de 1918). «Diário de Grande Guerra». Biblioteca Nacional de Portugal - BNP .

« Acabou a guerra! Uma nova era cheia de promessas e esperanças vai surgir! Venceram as nações aliadas! Nesse glorioso número se encontra o nosso querido Portugal, que, honrando os velhos tratados e as tradições do passado, se colocou, desde o rompimento das hostilidades, como era dever seu, ao lado da Razão, do Direito e da Justiça. »(...)
 «O armistício». Boletim Oficial do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, 1 de Novembro de 1918

« Hora sagrada». É assinado o Armistício com a Alemanha. O Século (11 de Novembro de 1918). «Diário de Grande Guerra». Biblioteca Nacional de Portugal - BNP .


« Um radiotelegrama da Torre Eiffel, que acaba de ser recolhido na estação T.S.F. da Serra de Monsanto, diz o seguinte: O armistício foi assinado às 5 horas da manhã. Entrou em vigor às 11 horas da manhã (hora francesa).» 
 « Hora sagrada. É assinado o Armistício com a Alemanha». O Século, 11 de Novembro de 1918.
O cortejo comemorativo da assinatura do armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, entrando no Largo do Município, a caminho do paço de Belém e das legações dos países aliados. (Novembro de 1918; negativo de gelatina e prata em vidro; 9 X 12 cm; foto de Benoliel Joshua).   AML - Arquivo Municipal de Lisboa, CML


«A derrota da Alemanha». Chegou, finalmente, a hora do triunfo. A Capital: diário republicano da noite, nº 2955 (11 de Novembro de 1918).  - Hemeroteca Municipal de Lisboa 

(...)
«Portugal inteiro, com o seu vasto domínio ultramarino,sente-se aliviado desse horrível pesadelo, que se prolongou por mais  de quatro longos anos. Não é, pois, de surpreender que toda a população da capital tenha manifestado, em alegre alvoroço, o regozijo pela feliz nova, certa de que um novo período histórico se inicia hoje, primeiro dia da paz.
Portugal contribuiu também, com o sangue generoso dos seus filhos e com sacrifícios de toda a ordem, para a Vitória . »(...)
A Capital: diário republicano da noite, nº 2955 (11 de Novembro de 1918) 
O Presidente Sidónio Pais (1872 - 1918), confraterniza com o povo no dia do Armistício. (Novembro de 1918; negativo de gelatina e prata em vidro; 9 X 12 cm).   AML - Arquivo Municipal de Lisboa, CML

O Tratado de Versalhes, assinado em 28 de Junho de 1919, na bela Sala dos Espelhos de Versalhes, encerrou oficialmente a primeira Guerra Mundial. A  principal intenção era responsabilizar a Alemanha por causar a guerra e, obrigar a fazer reparações a numerosas nações. A Alemanha foi forçada a renunciar a 70 mil quilómetros quadrados de superfície, abdicando de todas as colónias de alem-mar. As reivindicações de reparação por todas as 'perdas e danos', atingiram a quantia de 132 biliões de marcos de ouro.


« A Paz ». O bicho: Assino, mas conste que não é por medo! O Século Cómico : suplemento humorístico de O Século, n.º 1124, 30 de Junho de 1919. Hemeroteca Municipal de Lisboa 


«Portugueses, honremos a memoria dos nossos herois!» : 9 de Abril 1918-1921. - (Porto: : Oficinas de "O Comércio do Porto"). - Cartaz ; 66x61 cm. - « I Guerra Mundial». Biblioteca Nacional de Portugal - BNP .

Portugueses! 2 minutos de silêncio! Ás 17 horas de 9 d'Abril. Autor: Ten. A. Baptista, 1923. Silhueta de soldado, armado de espingarda com baioneta, avança entre arame farpado. - Cartaz; reprodução litográfica ; 90x60 cm. « I Guerra Mundial». Biblioteca Nacional de Portugal - BNP .

« O soldado português na Grande Guerra ». Desenho de Adriano de Sousa Lopes (1879-1944). Dedicado pelo autor a Jaime Cortesão,~foi reproduzido como ilustração da capa da 1.a ed. de «Memórias da Grande Guerra» (Porto : Renascença Portuguesa, 1919).Biblioteca Nacional de Portugal - BNP .


Fontes:
Os Grandes Acontecimentos do Seculo XX. Selecções do Reader's Digest. 1979, Ambar - Porto
História Universal Comparada ISBN 972-8608-01-2
Biblioteca Nacional de Portugal
Arquivo Municipal de Lisboa
Hemeroteca Municipal de Lisboa