quinta-feira, 12 de abril de 2012

Biografia do pintor Robert Delaunay

Robert Delaunay, 1934, foto de Florence Henri - MMA

Dia 12 de Abril 

Robert Delaunay foi um pintor abstraccionista francês que nasceu em Paris (12 Abril de 1885 - 25 de Outubro de 1941), era filho de George Delaunay e da condessa Félicie de Rose.

Auto-retrato, óleo sobre tela, 1909 - Centro Pompidou
Quando os pais de Delaunay se divorciaram, foi viver com a mãe para a casa de um tio. Começou a pintar numa idade precoce, inventando imagens com um estilo determinado. Disse que queria ser pintor e o tio enviou-o para o atelier Ronsin (1902) em Belleville. Com 19 anos, remeteu seis obras para o Salão dos Independentes em 1904. Viajou para a Bretanha, onde foi influenciado pelo grupo de Pont-Aven, e em 1906 concorreu com obras pintadas na Bretanha, ao 22 º Salão dos Independentes, onde conheceu Henri Rousseau. A convite de Wassily Kandinsky, Delaunay junta-se ao grupo "O Cavaleiro Azul" (Der Blaue Reiter) em 1911, um grupo de artistas abstractos de Munique. Aderiu ao Cubismo mas introduziu-lhe modificações, preferindo uma via experimentalista com nova exploração de cores e uma orientação cada vez mais abstracta. No auge de sua carreira, pintou as séries: Saint-Sévrin; City; Torre Eiffel; a cidade de Paris; a janela; Equipa Cardiff; formas circulares; o primeiro disco. 

Bretão, óleo, lápis sobre cartão, 1904 - Centro Pompidou
Saint-Séverin, óleo sobre tela, 1909 - Museu de Arte de Filadélfia
Estudo para A Cidade, óleo sobre tela,  1909-1910 - TATE
A Torre Eiffel, aguarela, guache sobre papel, 1910-1911 - Museu de Arte de Filadélfia
Delaunay conhece Sónia Terk – Sónia Delaunay - em 1908, casam dois anos depois. O casal fixa morada num estúdio em Paris, onde o seu filho Charles nasce em Janeiro de 1911.
O ano de 1912 foi um ponto de viragem para Delaunay. A sua primeira grande exposição é inaugurada no Barbazanges Galerie, em 13 de Março. A mostra contou com quarenta e seis das suas obras, de uma série de estudos da cidade de Paris e da Torre Eiffel, realizadas entre 1909 e 1911. O crítico de arte Guillaume Apollinaire, elogiou as obras e declarou Delaunay como "um artista que tem uma visão monumental do mundo”. Com a sua esposa Sónia Delaunay e outros, foi co-fundador do movimento de arte Orfismo, conhecido pelo uso de cores fortes e formas geométricas. Os seus últimos trabalhos foram mais abstractos, com preferência pelo uso de formas circulares e um gosto claro pela sobreposição de planos de cor.

Mulher Portuguesa, óleo sobre tela, 1916 - CMA
A Equipe de Cardiff, óleo, tempera sobre tela, 1922-1923 - Galerias Nacionais da Escócia
A Torre Eiffel, óleo sobre tela, 1924-1926 - Museu  Hirshhorn
Com a deflagração da Primeira Guerra Mundial, em 1914, Sónia e Robert decidiram não voltar para França e instalaram-se em Madrid. Em Agosto de 1915, mudaram-se para Portugal juntamente com o seu filho Charles e ficaram a habitar numa casa em Vila do Conde. Até meados de 1916, contaram com a companhia dos pintores Samuel Halpert e Eduardo Viana. Com Viana e os seus amigos Amadeo de Souza Cardoso (a quem os Delaunay já tinha conhecido em Paris) e José de Almada Negreiros formam o grupo de artistas “modernistas”.
Depois da guerra, em 1921, Robert e Sónia voltaram para Paris. Delaunay continuou a trabalhar no estilo de arte abstracta. Durante a Feira Mundial de 1937 em Paris, Delaunay participou no desenho dos pavilhões de viagens ferroviárias e aéreas. Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, os Delaunay mudaram-se para  Auvergne, num esforço para evitar as forças invasoras alemães. Robert morreu de doença oncológica em Montpellier, a 25 de Outubro de 1941, com a idade de 56 anos.  O seu corpo foi transladado em 1952, para Gambais.

Ritmos sem fim, óleo sobre tela, 1934 - TATE




Maqueta para a entrada do Pavilhão de Redes Ferroviárias, pintura sobre madeira, 1937 (Exposição Internacional de Artes e Técnicas), Paris - Centro Pompidou
Ritmos nº 1, tapeçaria em lã, 1938 (Tapeçarias d' Aubusson) - Centro Pompidou





















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