Alberto Giacometti (Borgonovo, Suiça, 10 de Outubro de 1901 - Chur, Suiça, 11 de Janeiro de 1966) foi um escultor, pintor, desenhador e gravador suiço. Filho do pintor impressionista Giovanni Giacometti (1868-1933) e da sua esposa Annetta Stampa (1871-1964), Alberto Giacometti era o mais velho de quatro irmãos (Diego, Bruno e Otília) e desde cedo revelou interesse pela arte.  
Estudou pintura na Escola de Belas Artes e escultura e desenho na Escola de Artes e Ofícios em Genebra, entre 1919 e 1920. Nesse ano viajou para Itália com o seu pai, onde ficou impressionado com as obras de Alexander Archipenko e de Paul Cézanne, expostas na Bienal de Veneza. Foi também profundamente influenciado pela arte africana e egípcia, pelas obras-primas de Giotto e Tintoretto.
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| Auto-retrato, óleo sobre cartão, c. 1917 - Fundação Alberto e Annette Giacometti | 
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| Otília (1904-1937), óleo sobre cartão, c. 1920 - Fundação Alberto e Annette Giacometti | 
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| Bruno (1907-?), óleo sobre cartão, c. 1916 -  Fundação Alberto e Annette Giacometti | 
Em 1922, Giacometti fixou-se em Paris, onde frequentou a 
classe de escultura de Antoine Bourdelle, durante os cinco anos 
seguintes. Embora a maior parte da sua obra fosse realizada em Paris, Giacometti regressava regularmente à Suíça, onde trabalhava nos ateliers do seu pai, em Stampa e Maloja. No ano de 1927, mostrou pela primeira vez no Salon des Tuileries em Paris, a escultura Spoon Woman. Com a chegada do seu irmão e companheiro Diego (1902-1985) a Paris em 1930, iniciou uma nova fase, partilhando com ele a sua vida e obra. No
 início da década de 30, aderiu ao movimento surrealista e produziu 
algumas obras essenciais para a caracterização da escultura surrealista.
A primeira exposição individual de Giacometti teve lugar na Galeria Pierre Colle, Paris, em 1932. Por essa altura retomou o trabalho com esculturas figurativas. Criou representações de cabeças dos seus familiares e figuras com apenas alguns centímetros de altura. 
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| Cabeça, gesso, 1933-1934 - MOMA | 
O pai do artista morreu em 26 de Junho de 1934, e
Giacometti passou vários meses na Suiça. Nesse ano, realizou a primeira 
exposição individual em Nova Iorque, na Galeria Julien Levy. Durante o 
período entre 1935 e 1940, apresentou as suas peças surrealistas em 
exposições por todo o mundo. Em 14 de Fevereiro de 1935 foi expulso do grupo de surrealistas. O
 ano de 1937 ficou marcado pelo falecimento da sua irmã Otília, por 
ocasião do nascimento do seu único sobrinho Sílvio, que seria seu modelo durante a guerra. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, Giacometti voltou a Genebra, onde se 
associou com a editora Albert Skira, e aí encontrou a que seria sua esposa
 e modelo favorita, Annette Arm.
 
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| O Nariz, bronze ferro e fio, 1947 - HIRSHHOR | 
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| A Floresta (Composição com 7 figuras e cabeça), bronze pintado, 1950 - Museu Metropolitano de Arte | 
Giacometti reencontrou Simone de Beauvoir, Pablo 
Picasso e Jean-Paul Sartre de quem se tornou amigo, no início de 1940. Algumas das obras dessa década, são ainda ecos de surrealismo, como a escultura O Nariz
 (1947-1949). Durante esta época, realizou uma série de retratos de 
personalidades das artes e das letras como, Marie-Laure de Noailles, 
Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre.
A exposição individual - com o prefácio do catálogo escrito por Sartre - em
 1948, na Galeria de Pierre Matisse, Nova Iorque, ajudou Alberto 
Giacometti não só artisticamente, mas também na venda das suas obras, o 
que confirmou a sua projecção internacional.  Para a exposição, que abriu em Dezembro de 1950, na mesma galeria, Giacometti produziu algumas das suas 
esculturas mais famosas, com edição em bronze, incluindo: Quatro figuras num pedestal, A Floresta, O homem que anda, entre outras. 
O ano de 1949 ficou marcado pelo casamento do artista com Annette Arm, no dia 19 de Julho. Foi somente em Junho de 1951 que realizou uma exposição 
pós-guerra em Paris, na Galeria Maeght, onde o seu amigo Louis Clayeux 
o convenceu a entrar. No decorrer da década de 50, o artista produziu várias novas 
obras, todas em gesso, incluindo O Gato e O Cão. Em
 1955, foi homenageado com retrospectivas no Arts Gallery, de 
Londres e no Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque.  Recebeu o 
Prémio Internacional Carnegie de Escultura em 1961, o Grande Prémio de 
Escultura na Bienal de Veneza de 1962, o Prémio Guggenheim em 1964 e o Grand Prix Internacional des Arts 
concedido por França em 1965. 
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| O Gato, bronze, 1954 - Museu Metropolitano de Arte | 
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| Homemque anda, lápis e caneta sobre papel, 1950-1951. Colecção particular - Fundação Alberto e Annette Giacometti | 
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| Annette VI, bronze, 1962 - Museu Metropolitano de Arte | 
Em 1965, as exposições
retrospectivas de Giacometti foram organizados pela Tate Gallery, de Londres, o Museu 
de Arte Moderna de Nova York, o Museu Louisiana, Humlebaek, Dinamarca e 
Stedelijk Museum, em Amsterdão. 
Giacometti morreu no
 dia 11 de Janeiro de 1966, em Chur. A Fundação Alberto e Annette Giacometti - criada em 2003 - recebeu um legado da viúva Annette Alberto Giacometti, possuindo uma colecção de cerca de 5.000 obras, exibidas frequentemente em todo o mundo através de exposições e empréstimos de longo prazo. Annette Giacometti faleceu em 19 de Setembro de 1993.
fontes:
- http://en.wikipedia.org/wiki/Alberto_Giacometti
- http://fr.wikipedia.org/wiki/Alberto_Giacometti
- http://www.fondation-giacometti.fr/fr/art/16/decouvrir-l-œuvre/97/alberto-giacometti/98/reperes-biographiques/ 
- http://www.guggenheim.org/new-york/collections/collection-online/show-full/bio/?artist_name=Alberto%20Giacometti&page=1&f=Name&cr=1
- http://www.kunstmuseumluzern.ch/en/collection.html
 
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