Vitrais, Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa, 1938-1939
Nos anos 40, as grandes pinturas murais definem uma época importante no conjunto da obra de Almada: Gare Marítima de Alcântara (1943-1945), Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos (1946-1949). Almada realizou numerosos guaches e estudos preparatórios para estas obras. Nos murais da Gare Marítima de Alcântara, estão representados aspectos da vida quotidiana à beira-rio, a Lenda da Nau Catrineta, a Lenda de D. Fuas Roupinho salvo pela Virgem no Sítio da Nazaré, o Castelo, o Palácio do Conde de Óbidos e a Sé.
Em 1946 recebeu o Prémio Domingos Sequeira na I Exposição de Desenho, aguarela, guache e pastel (SNI).
Auto-retrato com a mulher e os filhos, guache, 1944
"Quem nunca viu Lisboa, não viu coisa boa" pormenor do triptico da Gare Marítima de Alcântara em Lisboa, 1945
"Domingo Lisboeta", pormenor do triptico da Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos em Lisboa, 1946-1949
As décadas de 50 e 60 são grandes em obras e exposições: vitrais para a Igreja de Santo Condestável em Lisboa (1951), exposição individual na Galeria de Março (1952), pintura do 1º Retrato de Fernando Pessoa (1954), participação na III Exposição Colectiva na Galeria Pórtico (1955), painéis cerâmicos para o bloco das Águas Livres, em Lisboa, para a Escola Patrício Prazeres, em Lisboa (1956), participação na I Exposição Gulbenkian (1957), na Primeira Retrospectiva de Pintura Não-Figurativa Portuguesa (1958), realização de cartões para tapeçaria da Exposição de Lausanne (1958), ecoração das fachadas das Faculdades de Letras e de Direito da Cidade Universitária de Lisboa, 1957-1961. Prémio Nacional das Artes (SNI) (1959).
Nu à janela, guache, 1946
Vitrais da Igreja de Santo Condestável em Lisboa, 1951
Vitrais da Igreja de Santo Condestável em Lisboa, 1951
1º Retrato de Fernando Pessoa, 1954
Em 1963, foi homenageado a propósito do seu 70º aniversário. Realizou uma exposição retrospectiva na SNBA. Realizou o 2º Retrato de Fernando Pessoa para a Fundação Calouste Gulbenkian (1964), foi nomeado procurador à Câmara Corporativa (1965), publicou Orpheu 1915.1965, recebeu o prémio Diário de Notícias (1966), recebeu o Grande Oficialato da Ordem de Santiago da Espada (1967), participou no programa Zip Zip de Raul Solnado e realizou os frescos na Faculdade de Ciências de Coimbra (1969).
"Os Maias", Carlos da Maia e João da Ega - Pormenor da fachada gravada da Faculdade de Letras da Cidade Universitária de Lisboa, 1957-1961
Durante décadas, Almada pesquisou procurando coincidências nos elementos estruturais das figuras geométricas mais simples: circulo, triângulo, quadrado, pentágono… Aplicou o resultado dos seus estudos no desenho ínciso no átrio da sede da Fundação Calouste Gilbenkian em Lisboa intitulada Começar. A realização demorou oito meses 1968-1969.
O "Retrato de Fernando Pessoa" é leiloado em 1970, ano em que morre Almada Negreiros.
Começar, desenho ínciso no átrio da sede da Fundação Calouste Gilbenkian, em Lisboa, 1968-1969
Começar, pormenor do desenho ínciso no átrio da sede da Fundação Calouste Gilbenkian, em Lisboa, 1968-1969
"Homenagem a Amadeo de Souza-Cardoso", lápis de cera, 1970
Fotografia de Almada Negreiros, à saída do leilão do "Retrato de Fernando Pessoa", publicada no Diário de Notícias em Janeiro de 1970
França, José-Augusto (1974), Almada Negreiros o Português sem Mestre, Lisboa: Estúdios Cor
Gonçalves, Rui-Mário (2005), Almada Negreiros, Lisboa: Caminho, Paço de Arcos: Edimpresa
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Cara Isa Lisboa,
ResponderEliminarboa tarde
Poderia fazer-me o favor de indicar a partir de que livro ou artigo de imprensa, ou qualquer outra fonte, digitalizou aquela capa da revista "Portugal Futurista"? Investigo sobre Santa Rita e não conhecia o exemplar.
Parabéns pelo blog!
Muito grato pela sua ajuda,
com os melhores cumprimentos,
João
Bom dia, estimado João.
EliminarA capa da revista "Portugal Futurista", foi digitalizada de uma imagem do livro: França, José-Augusto (1974), Almada, o Português sem Mestre. Lisboa: Estúdios Cor, 47-49.
Agradeço-lhe o interesse demonstrado.
Saudações.
Muito obrigado, cara Isa. Um abraço, J.
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