Eugène Delacroix, 1858 - Foto de Félix Nadar |
Dia 26 de Abril (aqui)
Ferdinand Victor Eugène Delacroix, (Saint-Maurice, 26 de Abril de 1798 — Paris, 13 de Agosto de 1863) foi um importante pintor francês do movimento romântico.
Auto-retrato de Eugène Delacroix, com boné, desenho, 1832 - Museu do Louvre, Paris |
Era filho do político Charles Delacroix, embora haja indícios de que o seu verdadeiro pai era o diplomata Talleyrand, um amigo da família. A sua mãe, Victoire Oeben, veio de uma família de artesãos e designers notáveis. Foi considerado o maior pintor francês do movimento romântico.
Em 1816, Delacroix começou a frequentar o estúdio de Pierre Guérin - que já havia ensinado Géricault - e aprendeu aguarela com o professor Soulier. No Louvre, copiou diversos artistas da Escola de Veneza e estudou as obras de Rubens. Em 1825 passou alguns meses em Inglaterra, admirando em particular Gainsborough, Lawrence, Etty e Wilkie. No Salão de 1822, alcançou o seu primeiro sucesso público com A Barca de Dante (Louvre). Dois anos depois, ao pintar o Massacre em Chios (Louvre), garantiu o sucesso de sua carreira.
A Barca de Dante, óleo sobre tela, 1822 - Museu do Louvre, Paris |
O Massacre em Chios, óleo sobre tela, 1824 - Museu do Louvre, Paris |
Mulheres Marroquinas, aguarela, 1832 - Museu Cónde, Chantilly |
Liberdade Guiando o Povo (28 de Julho de 1830), óleo sobre tela - Museu do Louvre As Mulheres de Argel, óleo sobre tela, 1834 - Museu do Louvre, Paris
O Sultão de Marrocos e a sua comitiva, óleo sobre tela, 1845 - Museu em Toulouse, França
Delacroix tornou-se um dos mais ilustres pintores murais monumentais na história da arte francesa. As suas encomendas públicas, incluíam decorações em vários edifícios importantes de Paris: Palácio Bourbon (Salão do Rei, 1833-37; a Biblioteca do Palácio de Luxemburgo (1841-1846) e três pinturas em Saint-Sulpice (1853-1861). Nestas últimas, Jacob e o Anjo, e Heliodoro expulso do Templo, estão entre as expressões de maturidade da sua riqueza decorativa, de cor e da grandiosa integração estrutural. Van Gogh escreveu: "só Rembrandt e Delacroix poderiam pintar o rosto de Cristo." Após a sua morte, foram encontrados mais de milhares de desenhos, pastéis e pinturas no seu estúdio. Delacroix orgulhava-se da velocidade com trabalhava, declarando: "Se você não é suficientemente hábil para esboçar um homem caindo de uma janela, durante o tempo que ele leva do quinto andar até ao chão, então você nunca será capaz de produzir um trabalho monumental”.
Noiva Judaica, aguarela, 1832 - Museu do Louvre, Paris
Salão do Rei (decoração das paredes), óleo e cera sobre gesso, 1833-37 - Palácio Bourbon, Paris
Jacob e o Anjo (detalhe), óleo e cera sobre gesso, 1854-1861 - Saint-Sulpice, Paris
Entre os grandes pintores, ele era um dos melhores e também escritor de arte.
Escreveu um diário entre 1822-1824 e novamente de 1847 até à sua morte -
uma fonte admiravelmente rica de informações e opiniões sobre a sua
vida e o seu tempo. Além de muitos desenhos, aguarelas e pinturas, deixou para trás um legado que mudou para sempre o mundo da arte, sendo uma fonte de inspiração para os pintores impressionistas e pós-impressionistas. Delacroix faleceu em Paris em 1863. Durante os últimos anos de vida preferiu o sossego do seu estúdio em Paris, que é agora o Museu Nacional Eugène Delacroix, dedicado à sua vida e obra. O Museu do Louvre tem a melhor colecção das suas pinturas.
Fausto tenta seduzir Margarete, litografia, 1828 - Museu Eugène Delacroix, Paris
Auto-retrato, óleo sobre tela, 1821 - Museu Eugène Delacroix, Paris
Ramo de flores, aguarela, guache, pastel sobre papel, 1849-1850 - Museu do Louvre, Paris
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