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Santo António, óleo sobre tela, 2006. Armanda Passos - Galeria S. Mamede |
Fernando Martins de Bulhões (15 de Agosto de 1195 - 13 de Junho de 1231) mais tarde Santo António, nasceu numa casa nobre, dentro da muralha, perto da Sé de Lisboa. As festas da cidade de Lisboa, celebram-se a 13 de Junho, data que se pensa ser a da morte do Santo - mas não padroeiro, porque essa qualidade pertence a São Vicente.
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Desenho do programa das Festas de Lisboa, 1934. Almada Negreiros - (França, José Augusto (1974), Almada o Português sem Mestre. Lisboa: Estúdios Cor).
Milagre das Bilhas - Uma jovem ia à fonte com a bilha no regaço, buscar água. Ao chegar, partiu a bilha e ficou a chorar. Santo António apareceu e perguntou-lhe a razão do seu pranto. Cheio de compaixão, Santo António consertou a bilha.
Santo António e o Menino Jesus, cerâmica, 1884-1905. Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha - Museu da Cerâmica.
Santo António e o Menino Jesus - A imagem de Santo António é representada com o Menino Jesus ao colo. Diz a lenda que em Mação, o Santo ia buscar lenha do outro lado do Tejo, a pedido de sua mãe. Na volta viu que barco e barqueiro tinham desaparecido. Santo António pediu ajuda ao Menino e este disse-lhe que atirasse o feixe de lenha ao rio que Ele o transportaria para a outra margem. Segundo a lenda Santo António apareceu do outro lado do rio com o Menino ao colo.
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Nesta data, celebrava-se a missa e a procissão saía da Igreja de Santo António para a Sé, onde era rezada um Te Deum, logo após, dava-se início à procissão pelo Bairro de Alfama.Alfama é o lugar de excelência nas festividades, e na alegria dos arraiais. Festões e balões coloridos fazem a ligação de uma janela à janela em frente, que assim o ajuda a estreiteza das ruas. O cheiro a manjerico – com cravo de papel e quadra – e a sardinha assada, percorre os becos, vielas e escadinhas dos bairros de Lisboa durante os festejos.
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Desenho do programa das Festas de Lisboa, 1934. Almada Negreiros - (França, José Augusto (1974), Almada o Português sem Mestre. Lisboa: Estúdios Cor). |
As cantigas de Lisboa, são declarações apaixonadas. Ai, venham ver a Lisboa-princesa! A Lisboa com coroa de rainha! A Lisboa-menina! A Lisboa-mãe e madrinha! A sereia do mar, pisando a terra em passos de balancé, quando leva a giga com peixes de prata, ofegando, com o peito às ondas.
As cantigas de Lisboa têm a marca de falas e segredos de afecto que a cidade recebe dos seus poetas enfeitiçados. Quando nas noites de Junho, percorre a ronda dos arraias populares, é nas escadinhas, nos becos e nas calçadas, que vai encontrar os tronos de Santo António.
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Tronos de Santo António, 1º prémio, 1952. Calçada do Jogo da Péla, freg. Santa Justa - Arquivo Municipal de Lisboa (foto de António Castelo Branco) |
Peças de aspecto popular, os tronos, eram executadas por crianças dos bairros antigos de Lisboa, firmados na devoção ao santo. A quem passava, as crianças pediam um tostãozinho para o santo. Vem o costume, segundo se diz, do peditório que em toda a cidade se fez, por altura do terramoto de 1755, para ajudar na reconstrução da sua igreja.
Foi nos anos 30, do século XX, que Leitão de Barros, orientador desta tradição, fomentou concursos de tronos e de janelas enfeitadas, nos quais colaboravam as colectividades de cada bairro.
Em pleno século XXI, os tronos continuam a merecer a atenção e admiração popular.
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Pedido para as Almas, aguarela sobre papel, Maria Mancia (Maria Mancia de Lemos Roxas, Marquesa da Bemposta y Subserra) - El Pueblo de Lisboa,1980. Exposición iconográfica. Museu Municipal de Madrid |
Boa tarde, petenço à AARL que está a organizar a XXXII Edição dos tronos de Stº António e gostaria de lhe colocar uma questão. Agradecia contacto para jalma3@gmail.com. Obrigado. Desculpe... não sei se este foi o melhor método de a contactar mas não domino bem o espaço virtual. Grato. José Almendra.
ResponderEliminarAgradeço o seu interesse José Almendra.
EliminarQualquer questão poderá sempre ser-me colocada neste espaço do blog. Penso que será uma forma de enriquecer este espaço.
Saudações!