Foto de Tarsila do Amaral, c. 1925 |
Dia 1 de Setembro (aqui)
Tarsila do Amaral (Capivari, 1 de Setembro de 1886 — São Paulo, 17 de Janeiro de 1973) foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das figuras principais da primeira fase do movimento modernista brasileiro.
Auto-Retrato [Manteau Rouge] , óleo sobre tela, 1923. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)
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Tarsila nasceu numa propriedade rural no interior de São Paulo. Era filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, e neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário”, em virtude da imensa fortuna acumulada em fazendas do interior paulista. Estudou em São Paulo (Colégio Sion) e, a partir de 1902, em Barcelona, Espanha (Colégio del Sagrado Corazón). Ali, aos 16 anos, pintou "Sagrado Coração de Jesus", o seu primeiro quadro conhecido.
Casou com o médico André Teixeira Pinto, em 1906, de quem teve uma filha, Dulce. Separou-se depois do nascimento da sua filha, por incompatibilidade de culturas. Fez escultura com William Zadig e Mantovani em 1916, na capital paulista. No ano seguinte, estuda pintura e desenho com Pedro Alexandrino (1856-1942).
Casou com o médico André Teixeira Pinto, em 1906, de quem teve uma filha, Dulce. Separou-se depois do nascimento da sua filha, por incompatibilidade de culturas. Fez escultura com William Zadig e Mantovani em 1916, na capital paulista. No ano seguinte, estuda pintura e desenho com Pedro Alexandrino (1856-1942).
Retrato de Oswald de Andrade, óleo sobre tela, 1922. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colecção Particular
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A Caipirnha, óleo sobre tela, 1923. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colecção Particular
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Viaja em 1920
para Paris, estuda na Académie Julien e frequenta a Academia de Emile
Renard. Em 1922, uma das suas telas foi admitida no Salão dos Artistas
Franceses. No mesmo ano, regressou ao Brasil e juntou-se aos intelectuais
modernistas, formando o Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Mário de
Andrade, Menotti del Picchia e Oswald de Andrade.
Um ano depois, novamente em Paris, fez amizade com André Lhote, Albert
Gleizes e Fernand Léger. O poeta Blaise Cendrars, apresentou-a a
Constantin Brancusi, Vollard, Jean Cocteau e Erik Satie
entre outros. Expôs em Paris (com grande sucesso) em 1926 e casou
com Oswald de Andrade.
A Cuca, óleo sobre tela, 1924. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Acervo Musée de Grénoble, França |
Estrada de Ferro Central do Brasil, óleo sobre tela, 1924. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colecção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP) |
Abaporu, óleo sobre tela, 1928. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colección Costantini (Buenos Aires, Argentina)
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De regresso ao Brasil, iniciou a chamada fase Pau-Brasil, que mergulha na temática nacional, onde surge a fauna e a flora, com cores acentuadamente tropicais. Em 1928, pintou Abaporu, tela que inspira o Movimento Antropofágico, desencadeado por Oswald de Andrade. Tarsila expõe as suas telas pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro, em Julho de 1929. Tarsila e Oswald separaram-se em 1930. Após uma viagem à União Soviética (1933), iniciou uma fase voltada para temas sociais com as obras Operários e 2ª Classe, dando início à pintura social no Brasil. No ano seguinte, participou do Primeiro Salão Paulista de Belas-Artes.
Cartão Postal , óleo sobre tela, 1929. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Coleção Particular
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Operários, óleo sobre tela, 1933. Reprodução fotográfica Fábio Praça - Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP)
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O Casamento, óleo sobre tela, 1940. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Coleção Particular |
Entre meados dos anos 1930 e meados dos anos 1950, Tarsila viveu com o escritor Luís Martins. Colaborou como cronista de arte no Diário de São Paulo em 1936. A convite da Comissão do IV Centenário de São Paulo, realizou em 1954, o painel Procissão do Santíssimo e, em 1956, entregou O Batizado de Macunaíma, sobre a obra de Mário de Andrade, para a Livraria Martins Editora. A retrospectiva Tarsila, 50 Anos de Pintura, organizada pela crítica de arte Aracy Amaral e apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), em 1969, ajudou a consolidar a importância da artista. De 1936 a 1952, foi colunista da rede Diários Associados. Em 1951, participou da Primeira Bienal de São Paulo e, em 1963, teve sala especial na Sétima Bienal de São Paulo. No ano seguinte, já perto da oitava década de vida, ainda participou da Bienal de Veneza.
Procissão do Santíssimo, estudo, óleo sobre cartolina sobre aglomerado, 1956. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo (SP)
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A Primavera, óleo sobre tela, 1946. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colecção Particular |
O Batizado de Macunaíma, óleo sobre tela, 1956. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colecção Particular |
Religião Brasileira III, exata, óleo sobre tela,1964. Reprodução fotográfica Romulo Fialdini - Colecção Particular
Vida e Obra de Tarsila do Amaral
Fontes:
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=3386&cd_item=1&cd_idioma=28555
http://educacao.uol.com.br/biografias/tarsila-do-amaral.jhtm
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