sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O lazer na publicidade victoriana


Capa anunciando a exibição do musical 'A Gaiety Girl', comédia popular inglesa, 1847 - Biblioteca Britânica
A Era Vitoriana corresponde ao reinado da Rainha Vitória e ao período da Revolução Industrial Inglesa, na Grã-Bretanha, que impulsionou a primeira sociedade de produção do mundo, orientada para o consumidor. A partir da década de 1840, os caminhos-de-ferro revolucionaram a velocidade de comunicação e de transporte de passageiros e, de forma mais gradual, a carga. A força da economia mudou decididamente da agricultura para a indústria e comércio. O mundo do trabalho foi sofrendo alterações, cada vez mais regulado, a semana de trabalho foi reestruturada para fomentar uma eficácia cada vez maior. Uma nova divisão entre "trabalho" e "lazer" surgiu, foi criado o "fim-de-semana". 

Entretenimento real; um cartaz para uma noite de ilusão e entretenimento (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres, 1800-1895) - Biblioteca Britânica
Cartaz do circo de Edwin Hughes; xilogravura e tipografia sobre papel, 1846 (cartaz projetado especialmente para uma turnê, uma vez que um espaço foi deixado em branco na qual se deseja inserir o nome da cidade visitada. Hughes teve uma temporada em Drury Lane, em 1847, onde a Rainha Victoria assistiu ao espectáculo de circo) - Museu Victoria e Alberto
Cinderella. Pantomima no Palácio Cristal; cartaz (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres, 1874) - Biblioteca Britânica
"Entretenimento popular"; sábados dias 5, 12 e 19 de Abril de 1873. Henry & Walter Wardroper, mímica refinada e realista. Canções originais,  mudanças de voz traje e forma. Prefeitura Municipal de Shoreditch; cartaz (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres) - Biblioteca Britânica
Pollee-Wollee-Hama; cartaz para espectáculo de variedade em 1875 (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em londres) - Biblioteca Britânica
O desejo de ocupar os momentos de descanso, deu origem a outra ideia da era moderna: o conceito de lazer, incrementou uma estreita união com a abertura de uma infra-estrutura pública, composta por museus, teatros, locais de exposição, parque e jardins. Assistiu-se ao desenvolvimento de desportos como o críquete e o futebol, e à ascensão do music hall como entretenimento para as novas classes trabalhadoras.
O cartaz publicitário é um bom exemplo da particularidade da comunicação visual a um determinado contexto social e cultural.
Anões no Piccadilly Hall, Piccadilly, c.1880 (Imagem tirada de uma coleção de folhetos, volantes e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres) - Biblioteca Britânica
Espectáculo com elefantes no Anfiteatro Nacional, Lambeth, 1881 (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres) - Biblioteca Britânica

Cartaz para o espectáculo 'Palácio da pérola' no Teatro do Império (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres, em 1882) - Biblioteca Britânia
Espectáculo de pantomíma e ventriloquia por Walter Cole e seus assistentes (entretenimento de Natal). Cartaz  por Henry Evanion (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres, em 1885?) - Biblioteca Britânia
Ali, o autómato eléctrico maravilhoso; Middlesex Music Hall, a sensação de 1886. As ilustrações mostram Ali, lendo o Alcorão, escrevendo, tocando instrumentos e realizando exercícios de espada; De Lacy, o inventor, trabalha a figura e fá-la em pedaços. Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres) - Biblioteca Britânica
Publicidade/Cartaz «H.M.S. Pinafore ou a moça que adorava um marinheiro», litografia, 1887. Teatro Savoy, Londres - Museu Victoria e Alberto
O cartaz, bem como o seu sucessor, o outdoor, teve uma aplicação principalmente urbana como peça de divulgação. Entre as mercadorias cujo consumo mais se expandiu no século XIX, estão os impressos de todas as espécies, pois a difusão da alfabetização causou nos centros urbanos um verdadeiro boom do público leitor. 
O uso do cartaz só faz sentido quando há o que divulgar, o que tanto explica a existência de reclames e avisos afixados a muros desde muito antes da popularização do cartaz. 
Um cartaz para um espectáculo de Witchery "O Milagre de Lhasa", concebida por John Nevil Maskelyne e escrito por seu filho. Este primeiro foi produzido no Hall Egipcío com David Devant, em Agosto de 1894 (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres) - Biblioteca Britânica
Os gatos inteligentes. Pavilhão de Londres, Piccadilly, 1888 (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres) - Biblioteca Britânica
Cartaz para uma exposição de humorístas, Instituto Real de Pintores e Aguarelistas, Piccadilly (Imagem tirada de uma colecção de folhetos e diversos impressos relacionados com entretenimento vitoriano e vida quotidiana. Originalmente publicado/produzido em Londres, c. 1890) - Biblioteca Britânica
Cartaz para a peça "A Nova Mulher" de Sydney Grundy, litografia desenhada por Albert George Morrow, 1894, Londres - Museu Victoria e Alberto
Cartaz "This Pseudonym And Autonym Libraries", Cartaz de publicidade para livros publicados por T. Fisher Unwin; Cartaz desenhado por Aubrey Vincent Beardsley, 1894, Londres; Mostra uma mulher olhando para uma livraria -  Museu Victoria e Alberto
Hearth & Home; Cartaz anunciando um periódico para mulheres;  Litografia desenhada por Arton, c.1895, Londres - Museu Victoria e Alberto
Anúncio de bicicletas para Rudge Whitworth & Coventry. Gravura desenhada por Cecil Aldin, um ilustrador activo no final do século XIX e início do século XX. Mostra as figuras de John Bull e Britannia, ambos símbolos  da  Grã-Bretanha - Museu Vitoria e Alberto
Fontes: 
BBC História Victoriana:  http://www.bbc.co.uk/history/british/victorians/
Biblioteca Britânica:   https://imagesonline.bl.uk/?service=page&action=show_page&name=spotlight2-page&language=en

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