110º aniversário dos eléctricos em Portugal

Fundada em 18 de Setembro de 1872, a Carris inaugurou a primeira linha de "americanos" entre a Estação da linha Férrea Norte e Leste (Stª. Apolónia) e o então extremo Oeste do Aterro da Boa Vista (Santos).

 

Inauguração da primeira linha de carros eléctricos - 1901

Foi a 31 de Agosto de 1901 que o primeiro eléctrico de Lisboa começou a circular, na então chamada Linha Marginal Ocidental, que ligava o Cais do Sodré e Algés (concelho de Oeiras), o trajecto mais antigo que ainda é percorrido.

 

Gradualmente, as linhas foram electrificadas, utilizando carros comprados nos EUA e, a partir de 1924, construídos nas suas próprias oficinas.

Nos anos 90, a empresa Carris demonstrou um interesse renovado pelo modo eléctrico traduzido na aquisição de 10 eléctricos articulados.

Fotos e texto: Empresa Carris; Museu da Carris; Fundação Mário Soares. 

Arshile Gorky o último e o primeiro

A mãe de Gorky - desenho,  1926-1936

Arshile Gorky nasceu Vosdanig Adoian, por volta de 1902 (há relatos conflitantes sobre a sua data de nascimento) na aldeia de Khorkom, perto do Lago Van, numa província armênia na fronteira oriental da Turquia otomana. Gorky imigrou para os Estados Unidos em 1920, onde mudou o seu nome para Arshile Gorky (em homenagem ao famoso escritor russo Maxim Gorky) e inventou uma nova vida para si mesmo.

O artista com a mãe - óleo sobre tela, 1936-1942

Em Nova York (1924), matriculou-se na Academia Nacional de Design e na Escola de Arte Grand Central (onde foi também instrutor). Apesar de ter alguma formação artística, Gorky foi essencialmente autodidacta e obteve a maioria da sua educação através de visitas a museus, galerias de arte, livros de leitura e revistas.

Enigma - óleo sobre tela, 1929

Khorkom - óleo sobre tela, 1938

Desenho -1941

Desenho - 1942

Lareira na Virgínia - aguarela, 1942

No final dos anos 30 e início dos anos 40, conseguiu uma posição de destaque no cenário artístico de Nova York, tendo contactado com vários membros do grupo surrealista. A amizade com o líder do grupo, André Breton, influenciou o artista na criação da sua obra.

Desenho - 1944

Lareira na Virgínia - desenho, 1946

Até à sua morte, Gorky realizou pinturas altamente originais. Uma sequência de eventos trágicos que tiveram início em meados dos anos 40 levou-o a suicidar-se em 21 de Julho de 1948. Gorky deixou um impacto profundo na arte americana, garantindo a sua reputação como o último dos grandes pintores surrealistas e um dos primeiros expressionistas abstractos.
O artista fez a sua primeira exposição em 1926, a partir daí expôs em várias galerias e museus de todo o mundo. Após a sua morte a obra continua a estar representada em galerias e museus. As últimas exposições realizaram-se nas cidades de Londres e Nova Iorque, no ano de 2010.  

 

Ano após ano - óleo sobre tela, 1947

Fotos: The Arshile Gorky Foundation e artnet.com

A arte de transformar o papel

Técnicas básicas de trabalhar o papel

1. Estrelas sobrepostas - Técnica de dobragem

Um pedaço de papel liso é inanimado, mas é também um campo fértil e cheio de possibilidades para criar interessantes objectos visuais.

Para alterar a face do papel, pode dobrar, cortar, rasgar e furar. As mudanças provocadas por qualquer destes métodos variarão conforme as fontes de iluminação.

Material: 

Folhas de cartolina

Papeis de embrulho

Espátula

Tesoura

Régua

x-acto

Lápis afiado

Cola para papel

Dobrar e fazer pregas

Use para esta técnica um papel firme, como a cartolina. Dobrando o papel em diferentes direcções e de ambos os lados, faça estrelas de várias cores. Sobreponha as estrelas e cole conforme a figura 1.

Quando dobrar ou preguear grandes pedaços de papel, deve fazer passar levemente pela linha interior da prega um x-acto, com o auxilio de uma régua. Para que as dobras fiquem firmes faça correr uma espátula ao longo do vinco.

• Dobre na diagonal um pedaço de papel quadrado, volte-o e dobre em quatro, formando nova estrela. 

Para outros tipos de trabalhos pode preguear o papel (os intervalos entre as pregas devem ser medidos) dobrando em intervalos regulares e numa única direcção, fazendo correr uma espátula ao longo do vinco.

• Dobre o papel de acordo com as medidas efectuadas previamente.

Algumas formas tridimensionais podem fazer-se através da técnica de enrolamento. Um rectângulo de papel enrolado com as extremidades coladas forma um cilindro. Uma parte de um circulo (metade ou três quartos) de papel enrolado forma um cone.

Técnica de enrolamento

Enrolar

Para este método utilize um papel firme como o papel de embrulho ou cartolina. Curve-o colocando-lhe uma régua em cima e puxando o papel contra a régua. O papel manter-se-á nesta forma alterando a sua estrutura. Para aumentar o efeito de luz reflectida pela superfície, aplique uma camada de verniz sobre o papel.

• Puxe firmemente o papel, mantendo a régua sobre a folha.

Rasgar e cortar

Os rasgões e furos no papel fazem-se picando com o bico de um lápis, usando o dedo polegar por trás como suporte.

• Faça um furo e puxe os bocados de papel, abrindo em pedaços desiguais.

Os cortes podem ser orientados, bastando para isso desenhar com rigor formas geométricas, criando um determinado padrão.    

• Faça cortes numa folha lisa, puxe, dobre e fixe em ângulos diferentes.

Uma ilustração diferente

Martin Pyper vive em Amesterdão, está ligado ao design gráfico. A sua criatividade não tem limites, ilustrou uma página de revista com pinos de aço.

http://www.behance.net/mestudio/frame/1016907

Evasões - Tapada de Mafra

Tapada Nacional de Mafra

Entrada principal

A Real Tapada de Mafra foi criada em 1747 no reinado de D. João V com o objectivo de proporcionar um adequado envolvimento ao Monumento (Palácio - Convento de Mafra), de constituir um espaço de recreio venatório do Rei e da sua corte e ainda de fornecer lenhas e outros produtos ao Convento.

Bufo real

Desde o século XVIII até à implantação da República, a Real Tapada de Mafra foi local privilegiado de lazer e de caça dos monarcas portugueses, sendo contudo nos reinados de D. Luís (1861-1899) e de D. Carlos (1899-1908) que a Tapada conheceu o seu período áureo como parque de caça.

Gamos

Veados

Com a implantação da República passou a designar-se Tapada Nacional de Mafra, sendo utilizada fundamentalmente para o exercício da caça e para actos protocolares.

Águia de asa redonda

A partir de 1998 é criada uma Cooperativa de Interesse Público para aproveitamento dos recursos da Tapada, com o Estado a deter posição maioritária no seu capital social, numa parceria com a Câmara Municipal de Mafra e entidades privadas.

http://www.tapadademafra.pt/

Javali com crias

Fotos : Wikipédia; Tapada de Mafra; Turismo de Mafra; Acervo do Blog.

Uma das 14 mais belas do mundo

Estação dos comboios de S. Bento, Porto - Foto, Igespar

 A estação de comboios de São Bento, no Porto, foi considerada uma das 14 mais belas do mundo pela revista norte-americana Travel+Leisure. Os painéis de azulejos azuis e brancos de Jorge Colaço, que enchem as paredes desta estação da Linha do Norte, colocaram o edifício na mesma lista de outras paragens ferroviárias como a neoclássica Gare du Nord, em Paris, ou Atocha, em Madrid. 

Foto, Francis Live

Na lista das 14 estações de comboio mais belas, a de São Bento é destacada pela sua fachada em pedra e telhados de mansarda, bem como pelos “20 mil esplêndidos azulejos” criados por Jorge Colaço e produzidos pela Fábrica Cerâmica Lusitana, um trabalho que, segundo a Travel+Leisure, fará qualquer visitante “suspirar”.

Quadro histórico representando Egas Moniz - Foto, Francis Live

Quadro histórico representando o Infante D. Henrique na conquista de Ceuta - Foto,Wikipédia

O projecto chegou às mãos do artista em 1905 mas só dez anos depois era apresentado ao público, que nas paredes da estação pode ver alguns episódios da história de Portugal como a entrada de D. João I no Porto, para celebrar o casamento com D. Filipa de Lencastre, ou o torneio de Arcos de Valdevez.

http://www.publico.pt/Sociedade/estacao-de-comboios-de-s-bento-considerada-uma-das-14-mais-belas-do-mundo_1508793

Foto, Francis Live

Foto, Francis Live

Foto, Francis Live

Foto, Francis Live

Foto, manobelmonte

Restauro dos azulejos - http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=1648195 jmm

Foto, Francis Live

Haroshi, apaixonado por skates

Hypebeast

O artista japonês Haroshi, faz as suas peças de arte com reciclagem de antigas pranchas de skates usados e partidos. O estilo mais importante da obra de arte tridimensional de Haroshi é o mosaico de madeira. Para  fazer uma  escultura  ele escolhe os  pavimentos  e empilha várias camadas de skates, são cortadas, talhadas e polidas, para chegar à peça final. 

Haroshi era apaixonado por skateboard na sua adolescência e é ainda um apaixonado patinador neste momento. Ele sabe exaustivamente todos os pormenores deste desporto radical, tais como a forma côncava da prancha, rodas de plástico e de metal.

Por coincidência, este seu processo é semelhante à técnica tradicional japonesa de esculpir grandes Budas, em que 90% das peças resultam da sobreposição de camadas de madeira usando o método de mosaico.

 

 

Desde 2004 o trabalho de Haroshi tem sido mostrado em várias exposições em diferentes pontos do mundo, a última das quais na Jonathan Levine Gallery, em Nova Iorque, http://haroshi.com/artworks/.