terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Meses / estações do ano - cerâmica de Luca della Robbia

Mês de Janeiro, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Os medalhões em cerâmica vidrada, da autoria do escultor e ceramista florentino Luca della Robbia, constituem uma série de doze, sobre os "Trabalhos dos Meses do Ano".

Os medalhões faziam parte da decoração da abóbada de um pequeno estúdio, do banqueiro florentino Piero de'Medici, no Palácio Medici em Via Larga, Florença. Originalmente os medalhões encontravam-se organizados em três fileiras de quatro. O projecto foi baseado em práticas agrícolas contemporâneas, e em descrições de textos clássicos sobre agricultura.

Em cada medalhão, uma figura masculina realiza uma actividade apropriada a cada mês. Cada cena é organizada dentro de um espaço circular, com duas tonalidades de azul: claro e escuro. Com relevância para cada mês, ao período de luz corresponde o azul claro, e ao período de escuridão corresponde o azul escuro. Na extremidade direita, estão os números de horas de luz do dia. No topo de cada medalhão, à esquerda, o sol na casa adequada do zodíaco. Em frente, a lua nas diversas fases.  

Estas obras únicas fazem parte de uma técnica extraordinária no uso de pigmentos e esmaltes, aperfeiçoada por Lucca.

Mês de Fevereiro, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto

Luca della Robbia, (nasceu cerca de 1399/1400, em Florença , Itália — morreu em 20 de Fevereiro de 1481, Florença), foi um escultor e ceramista da Renascença italiana.  

Os Della Robbia eram uma família italiana de escultores e ceramistas. Estiveram activos em Florença no início do século XV, e por toda a Itália e França no século XVI. 

No seu tempo, Luca tinha reputação de ser um dos líderes do estilo moderno (ou seja, renascimento), comparável a Donatello e Masaccio. Hoje, é mais conhecido por ter aperfeiçoado a técnica de faiança esmaltada e vitrificada, marcando o início de uma produção que foi um grande sucesso, devido à durabilidade extraordinária face ao tempo e à união da pintura com a escultura.

Mês de Março, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Abril, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Maio, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Luca realizou as suas obras quase exclusivamente  em mármore. Em 1431, começou o que é provavelmente a sua obra mais importante, a Galeria dos Cantores (1431-38), para a Catedral de Florença, agora no Museu da Catedral. Consiste em dez relevos figurativos: dois grupos de meninos cantando; trompetistas; dançarinos; e crianças que tocam vários instrumentos musicais. Os painéis devem a sua grande popularidade à inocência e ao naturalismo com que as crianças são retratadas. Estes relevos de mármore, reflectem antigos padrões, com influência na escultura de Donatello, mas concebidos num espírito mais alegre

Os relevos com as figuras clássicas dos Apóstolos (c. 1444), na Capela de Pazzi, em Santa Cruz, estão entre as obras importantes, realizadas pelo escultor.

Mês de Junho, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Julho, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Agosto, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Luca foi o fundador de uma oficina familiar em Florença, para produção de obras em terracota esmaltada e vidrada. A família parece ter mantido a fórmula técnica em segredo, tornando-se a base de um negócio próspero.  De acordo com um contemporâneo de Luca, o esmalte com que o artista  cobria as suas esculturas de terracota, consistia numa  mistura de estanho, litargírio e outros minerais. 
O negócio de Luca foi seguido pelo seu sobrinho Andrea, e mais tarde pelos cinco filhos de Andrea, dos quais Giovanni foi o mais importante.
Há também muitos trabalhos notáveis de Luca della Robia fora de Itália.

Mês de Setembro, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Outubro, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Novembro, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
Mês de Dezembro, terracota vidrada, 1450-56 - Museu Victoria e Alberto
A Capela Pazzi foi encomendada por Andrea de' Pazzi, membro de uma das famílias mais ilustres de Florença, em 1429. 
A decoração da capela marcou uma fase importante na carreira de Luca della Robbia. Os doze medalhões representando as figuras clássicas dos Apóstolos, em branco sobre fundo azul, integram-se nas linhas sóbrias da arquitectura e na decoração geral da capela, em cores de cinza e branco. A decoração da capela foi completada com rosetas, dispostas simetricamente em circunferências concêntricas, em torno do brasão de armas Pazzi, na pequena cúpula do pórtico.
 
Os Apóstolos, terracota vidrada, 1440. Capela Pazzi, em Santa Cruz, Florença


Cúpula do pórtico, terracota vidrada, 1440. Capela Pazzi, em Santa Cruz, Florença

A Capela do Cardeal de Portugal, foi edificada por desejo do príncipe Jaime de Portugal. Foi feito cardeal com vinte e dois anos, e morreu em Florença, quando tinha apenas vinte e cinco. A capela, que abriga o túmulo do Cardeal, foi projectada por Antonio Manetti e finalizada por Giovanni Rossellino. A decoração é de Alesso Baldovinetti, Antonio del Pollaiuolo, Piero del Pollaiuolo e Luca della Robbia
A composição de terracota esmaltada da cúpula, de Luca della Robbia, tem cinco medalhões: o símbolo do Espírito Santo no centro e as Quatro Virtudes (fortaleza, temperança, prudência e justiça).

As Quatro Virtudes, terracota vidrada, 1461-62. Capela funerária do Cardeal de Portugal, em San Miniato al Monte, Florença. 


Fontes:

http://www.britannica.com/EBchecked/topic/156670/Luca-della-Robbia
http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/r/robbia/luca/index.html
http://collections.vam.ac.uk/search/?slug=della-robbia-luca&name=4299&offset=15


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Exposição de obras de arte portuguesa no MNAC - Museu do Chiado

A Viúva, mármore, 1893. António Teixeira Lopes. MNAC - Museu do Chiado, inv. 212.
A “Exposição permanente 1850-1975” do Museu Nacional de Arte Contemporânea, patente ao público desde o dia 21 de Fevereiro de 2013, documenta a produção artística em Portugal, entre 1850 e 1975. 

As cerca de cem obras integradas nesta exposição, estão dispostas por cronologias e principais tendências artísticas de cada período - Romantismo e Pré Naturalismo; Naturalismo; Naturalismo tardio e Simbolismo; Modernismo; Neorealismo e Surrealismo; Abstracção; Nova Figuração; Neo Vanguardas. 
A mostra reúne grandes nomes da pintura portuguesa - António Teixeira Lopes, António Soares dos Reis, Amadeo de Souza-Cardoso, António Carneiro, António Dacosta, Columbano Bordalo Pinheiro, Eduardo Viana, Ernesto Canto da Maya, Francisco Franco, Fernando Lanhas, Jorge Vieira, João Marques de Oliveira, João Cristino da Silva, Joaquim Rodrigo, Mário Eloy, entre outros. 
 
O conjunto de obras de artistas portugueses, existente no Museu, é o  mais importante acervo no que diz respeito à Arte Moderna e Contemporânea, pertencente ao Estado.

A exposição está patente ao público entre 21 de Fevereiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2015.

Veja o artigo completo com imagens aqui, MNAC- Museu do Chiado.

MNAC- Museu do Chiado
Rua Serpa Pinto, 4
1200-444, Lisboa, Portugal

Tel.: 213 432 148 
 

O Grupo do Leão, óleo sobre tela, 1885. Columbano Bordalo Pinheiro. MNAC - Museu do Chiado, inv. 1524
Cabeça, óleo sobre cartão. Amadeo de Souza-Cardoso. MNAC - Museu do Chiado, inv. 1546-B
Cinco Artistas em Sintra, óleo sobre tela, 1855. João Cristino da Silva. MNAC - Museu do Chiado, inv. 23
Episódio com um Cão, óleo sobre tela, 1941. António Dacosta. Col. SEC em depósito no MNAC- Museu do Chiado
Praia de Banhos, Póvoa de Varzim, óleo sobre tela, 1884 - Museu do Chiado
Auto-retrato, óleo sobre tela, 1936. Mário Eloy. Col. SEC em depósito no MNAC- Museu do Chiado
02-44, óleo sobre cartão, 1943-44. Fernando Lanhas. MNAC - Museu do Chiado, inv. 2351
Adão e Eva, terracota policromada, 1929-39. Ernesto Canto da Maya. MNAC - Museu do Chiado, inv. 918
Kultur, têmpera sobre tela, 1962. Joaquim Rodrigo. MNAC - Museu do Chiado, inv. 2367

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Máscaras africanas da Costa do Marfim


Máscara facial (Mblo), povo Baule, madeira, pigmento, cânhamo séc. XIX-XX. (As máscaras Mblo, em geral usadas nas danças de entretenimento, são a forma mais antiga de arte Baule. Geralmente são retratos de determinados indivíduos). - Museu Metropolitano de Arte - MMA
As máscaras são uma forma de arte predominante na Costa do Marfim. A variedade e complexidade das máscaras criadas pelos povos da Costa do Marfim não é rivalizado por nenhum outro. As máscaras têm várias finalidades. Os povos usam-nas para representar animais em caricatura, para retratar divindades, ou para representar as almas dos defuntos. Elas são consideradas sagradas, como tal, só as pessoas especialmente treinadas e as famílias podem usá-las ou possuí-las. O povo acredita que cada máscara tem uma alma, ou força de vida, e que quando o rosto de uma pessoa entra em contacto com o interior da máscara, a pessoa transforma-se na entidade representada na máscara. 
Os estilos das máscaras da costa ocidental da África, da Guiné e da Libéria, chegaram à Costa do Marfim, através dos povos Dan e We. Essas influências foram disseminadas através da Costa do Marfim pelo povo Guro.

Máscara Kple Kple, povo Baule, madeira e pigmentos. (O povo Baule assimilou várias formas de disfarce dos seus vizinhos: uma máscara facial naturalista, uma máscara de capacete com chifres e uma máscara lisa circular, chamada kple kple. Esta última, uma máscara masculina da categoria Júnior, é uma das várias obras adaptadas, que era usada em entretenimento de sociedade Goli ou funerais. Ele personifica um espírito de natureza rebelde que é considerado assustador e divertido. A face plana, em forma de disco com anilhas nos olhos e boca rectangular é encimada por ouvidos e grandes chifres de encurvamento. A coloração vermelha e negro tem toques de branco, enquanto a máscara feminina complementar seria pintada de preto). - Museu de Belas Artes de Boston - MFA

Há mais de 60 grupos étnicos na Costa do Marfim. Tradicionalmente, os grupos eram independentes uns dos outros, mas, ao longo do tempo, as migrações internas e o casamento entre os grupos, reduziram dentro das várias localidades, as tradições culturais e por sua vez, a identidade de cada grupo. Cada um destes grupos, tem filiações étnicas com grupos maiores que vivem fora das fronteiras do país. Assim, o povo Baule, bem como outros povos que vivem a leste do Rio Bandama, são afiliados com os Akan de Ghana. O grupo Guro, também chamado Kweni, vive na região do Vale do Rio Bandama. Vieram originalmente do norte e noroeste, impulsionados pelas invasões Mande, na segunda metade do século XVIII. Os povos da floresta a oeste do Bandama, estão ligados com os povos Kru da Libéria. No interior do grupo Kru, existem subdivisões em pequenos grupos espalhados por grandes áreas de floresta. Os grupos Senufo, Lobi e Bobo, estão amplamente espalhados pela região Nordeste e também vivem em Estados vizinhos. O povo We, por vezes chamado Krahn ou Guere, é um povo indígena africano que habita em áreas da Libéria oriental e ocidental da Costa do Marfim.


Máscara, povo Dan, madeira, fibra vegetal e conchas, séc. XX. (Esta máscara representa um espírito feminino da floresta, com rosto oval, olhos de fenda, lábios carnudos e tez lisa, sugerindo um ideal de beleza. O penteado com búzios é apenas uma parte do traje de máscaras, que consiste numa capa colorida e saia de ráfia). MFA
Máscara facial para mascarado Gegon, povo Dan, madeira, pigmento, metal, cabelo e fibra, 1920-1950. (O desempenho dos mascarados Gegon, destina-se a fins de entretenimento.  Os gestos do dançarino simulam os de um pássaro. Ele finge bicar o chão e abre os braços como se fosse voar. O Gegon pode aludir ao Tucano, que é o rei de todos os pássaros e o primeiro a ser criado). - Museu de Arte Indianapolis - IMA

Os povos, Baule, Senufo e Dan, são hábeis em talha de madeira e cada cultura produz máscaras de madeira em grande variedade.

No povo Baule, as máscaras correspondem a vários tipos de danças: o gba gba, o amuen bonu, o mblo e a goli. São usadas em funerais, para proteger a vila de ameaças externas, na época das colheitas e para divertimento. Elas nunca representam os ancestrais e são sempre usadas por homens. 

Toda a arte Senufo é feita por artesãos especializados. Figuras representando os antepassados são comuns, assim como as miniaturas de bronze e pequenas estátuas, que são usados na vaticinação. Os vários tipos de máscara são utilizados para proteger a vila de feitiços, em funerais e para lembrar as imperfeições humanas. O tipo de máscara kpeliye, representa um rosto humano ricamente decorado, com extensões em redor. Usado por homens, as máscaras Kpeliye actuavam como personagens femininos.
Os escultores Dan produzem principalmente máscaras que visam lidar com praticamente todos os elementos na sociedade, incluindo a educação, a guerra, a paz, a regulação social e a diversão. Cada uma das máscaras Dan, tem uma função diferente. Os mascarados intervêm durante a iniciação dos rapazes, preparativos de guerra, práticas educativas, competições atléticas, contra as queimadas durante a estação seca, pela paz e para o entretenimento. As máscaras do povo Dan, encarnam por vezes, os espíritos da floresta que, através de rituais, se alojam numa máscara especial. Cada máscara tem seu próprio nome, traje e forma de comportamento.

Máscara facial (Kpeliye), povo Senufo, madeira, chifres, fibra de ráfia, tecido de algodão, penas, metal, séc. XIX - XX.  (Ao longo do século XX, membros duma associação de iniciação Senufo, usavam pequenas máscaras de rosto, finamente esculpidas. As máscaras, conhecidas como kpeliye, apresentam delicados rostos ovais com decorações geométricas nos lados. Considerada feminina, a máscara com a sua graça e beleza, homenageava os anciãos Senufo falecidos. As penas e chifres de animais anexados a este exemplo são incomuns e reflecte eventualmente, o poder do seu dono e neutraliza as forças negativas na Comunidade).- MMA

Máscara facial, povo Senufo bronze, 1950? (Esta máscara de metal foi provavelmente criada durante a década de 1950, numa oficina comercial perto de Korhogo. É uma interpretação contemporânea das peças de arte que fazia parte integrante da vida cultural das comunidades Senufo.) - MMA

A arte do povo We, por vezes chamado de Krahn ou Guere, está ligada à realização de máscaras, que começam geralmente como objectos simples, sem adornos, esculpidos por um artista masculino. A máscara então é transmitida através das gerações e cada utente adiciona novos adornos, crescendo em poder e significado ritual. As máscaras mantêm uma posição importante dentro da sua pequena comunidade. São propriedade das famílias e usadas na vida social do povo We. A máscara age como um mediador entre os membros da Comunidade e como uma ferramenta, para ensinar lições de moral durante os conflitos civis, ou entretenimento público. As máscaras, criadas para assustar, têm as mandíbulas escancaradas, o nariz alargado e olhos tubulares. Ao retratar a natureza mais assustadora dos animais, a máscara é vista como poderosa. O mascarado veste uma saia imensa em ráfia e é seguido por uma equipa de acompanhantes. 


Máscara facial, povo We, madeira, pigmento, metal, fibra, conchas e pano, séc. XX. (As máscaras We, são consideradas como entidades espirituais e são usadas durante a resolução de conflitos e outras actividades civis, bem como durante o entretenimento do público, onde, por vezes, aprendem lições de moral. Os sinos sobre esta escultura indicam que é uma máscara feminina). - Museu de Arte Indianapolis
Máscara, povo We, madeira, cabelo humano e animal, corno, algodão, pigmento, séc. XIX - XX - MMA
Máscara, povo Guere, madeira, lata, fio, pano, fibra, pregos, cartuchos, cabelo humano, séc. XIX-XX - MMA
Máscara facial, povo We, madeira, pigmento, conchas, pano, fibra, peles, papel, metal, penas, séc. XX (Uma máscara tridimensional, eriçada, como um leopardo rosnando, é engenhosamente construída com penas, conchas, peles e outros materiais. Detalhes agressivos como conchas e dentes afiados de leopardo em madeira, nos lados e na parte inferior, indicam que a máscara se destina a uma pessoa do sexo masculino. Um artista masculino fez a máscara e outros ao longo do tempo de uso, foram acrescentando objectos). - IMA
Máscara, povo Guere, madeira e fibras pintadas. ( Estas máscaras são muitas vezes são usadas durante funerais. Os olhos esbugalhados, os dentes desagradáveis e a trave no nariz são muito assustadores. Às vezes, conchas, sinos, pregos e outros elementos são associados. Esta máscara é nova e foi feita para a venda). - Máscaras no Mundo

Na cultura do povo Guro, são feitas distinções entre os mascarados que são o foco dos cultos, e os que são ligados à natureza. Uma sequência de três máscaras sagradas, gira em torno de Zamble, um homem mítico, cuja forma funde as características do antílope e do leopardo. Ele por sua vez é complementado por a sua bela esposa, Gu, e o seu irmão selvagem, grotesco, Zuali. Em cerimónias, as máscaras de animais, Je, são as primeiros a aparecer, e a preparar o público para o desempenho das figuras antropomórficas. 
Os estilos Guro e Baule são difíceis de separar. O estilo Guro, no entanto, tem uma ou duas marcas distintas: a face da máscara humana é geralmente alongada e a forma do perfil é elegante. Há policromia, bem como o preto e castanho nas máscaras polidas. O penteado é muitas vezes esculpido e elaborado em padrões geométricos. Há também máscaras humanas com chifres longos e estruturas, na forma de uma ou duas figuras humanas. 

Máscara (Zamble), povo Guro, madeira com pigmentos, séc. XX. (Os chifres são a marca da máscara zamble, que retrata o antílope Bauala. O mascarado zamble, coloca um pano sobre as suas costas, uma saia de fibra e outros apetrechos. Veste a pele de um gato selvagem, associado com o deserto. A sua marca é um chicote, que racha vigorosamente). - Museu de Belas Artes de Boston - MFA
Máscara facial (Gu), povo Guro, madeira e pigmentos, Séc. XIX - XX - Fundação Barnes
Máscara facial, povo Guro, madeira, fibra de plantas e pigmentos, séc. XIX-XX - Fundação Barnes
Máscara de cabra (Je), povo Guro, madeira, penas, algodão, materiais do sacrifícios, séc. XIX - XX - MMA

Máscaras: aqui no comjeitoearteÁfrica/cerimónias e rituais.

Máscaras: aqui no comjeitoearte - Oceânia/culto aos ancestrais.


Fontes:
http://www.zyama.com/ 
http://en.wikipedia.org/wiki/Culture_of_Ivory_Coast
http://en.wikipedia.org/wiki/African_art
http://www.britannica.com/EBchecked/topic/139651/Cote-dIvoire
http://en.wikipedia.org/wiki/Face_mask_(We_people)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Jovem português vence prémio World Press Photo na categoria "Vida Quotidiana"


Crianças jogam futebol na Guiné-Bissau (1º prémio na categoria Vida Quotidiana) Daniel Rodrigues - Público (15/02/2013)
O jovem português Daniel Rodrigues, 25 anos, registou a imagem que lhe valeu o prémio na categoria Vida Quotidiana. A fotografia a preto e branco, mostra crianças a jogarem futebol num campo em Dulombi, na Guiné-Bissau.

A imagem foi registada por Daniel, quando participava numa missão humanitária. O jovem fotógrafo, que se encontra desempregado, é o terceiro português distinguido pela World Press Photo.

O prémio principal de fotojornalismo da World Press Photo, foi atribuído ao sueco Paul Hansen, pela fotografia onde se vê um funeral de duas crianças, numa rua estreita da Faixa de Gaza. 

Veja o artigo completo com todas as imagens aqui.

Duas crianças mortas na Faixa de Gaza (1º prémio World Press Photo de 2013) Paul Hansen/Dagens Nyheter - Público (15/02/2013)
Uma mulher chora depois de ferida pelo exército sírio (1º prémio na categoria Notícias Gerais) Rodrigo Abd of Argentina/AP - Público (15/02/2013)
Um jockey numa competição na Indonésia (1º prémio na categoria Desporto) Chen Wei Seng - Público (15/02/2013)
Uma mulher descansa numa lixeira em Nairobi (1º prémio na categoria Temas Contemporâneos)- Micah Albert/Redux Images - Público (15/02/2013)
Fotografia de uma ave em risco de extinção em Black Mountain Road (1º prémio na categoria Natureza) - Público (15/02/2013)
Mulheres jogam basquetebol na Somália (1º prémio na categoria Desporto - Histórias) Jan Grarup/Laif Agency - Público (15/02/2013)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Cartões de S. Valentim

Cartão com coração em relevo
Em vez de comprar, pode fazer um presente adorável com cartões personalizados. 
Com papéis coordenados faça uma composição idêntica à da imagem. Desenhe um círculo e recorte. Cole sobre ele um coração e coloque sobre o cartão usando espuma adesiva. Imprima uma faixa com uma mensagem e cole sobre o cartão.

Cartão presente de chocolate, com robô
Este cartão é uma verdadeira surpresa! Seleccione duas cartolinas de cores contrastantes. Faça dois rectângulos, sobreponha e cole. Use papel estampado, EVA ou feltro, para "esconder" uma barra de chocolate. Cole sobre a cartolina. Termine o seu robô adicionando uma cabeça, olhos, braços, pernas, mãos e pés.

Cartão com corações
Para este cartão, recorte vários corações em papel de fantasia. Organize os corações sobre um rectângulo dobrado de cartolina rosa e cole. Recorte letras em cartolina e cole sobre o cartão com espuma adesiva.

Fonte: