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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Comidas da 2ª metade do séc. XX | Ementas


Cachepô. Forma quadrada, vidrado de branco, com arestas e pés a dourado. Decoração floral com cravo vermelho decorado no pé com uma bandeira. Datação: Século XX. Categoria: Cerâmica. Técnica: Faiança, estampilha. Fabricado em Aveiro, Portugal. - Museu Nacional do Azulejo  - RAIZ, Museus e Monumentos Online.

Na comemoração do 51º aniversário do 25 de Abril, relembrei algumas comidas e doces dos anos 70. 

A gastronomia está ligada à cultura e à evolução dos povos. A preparação, a apresentação e o consumo dos alimentos, mostram as tradições, os valores e a história de uma sociedade.

Um olhar sobre as ementas da segunda metade do século XX, ajuda-nos a desvendar cheiros, sabores e métodos de preparação que nos são familiares.

Serviço de chá. Decoração aerografada com elementos geométricos. Datação: 1940. Categoria: Cerâmica. Técnica: Faiança, aerografia. Fabricado em Sacavém, Portugal. - Museu Nacional do Azulejo  - RAIZ, Museus e Monumentos Online.


No livro de Economia Doméstica/Cadernos do Povo, de 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães), lê-se: 
"Uma das peças fundamentais da cozinha é o fogareiro ou o fogão. Há os que trabalham a lenha, carvão, petróleo, gás e electricidade. Os fogões elétricos estão na categoria dos quase inacessíveis. O carvão e a lenha, têm o inconveniente de se tornarem pouco limpos;(...). O gás é muito limpo, e desde que a dona de casa saiba trabalhar com ele, torna-se económico; (...). Os fogões de petróleo, sendo bem tratados e limpos, não deixam de ser práticos. 
A lenha deve ser guardada em lugar seco, fechado e é mas económico comprá-la já enxuta e cortada. (...) O carvão vegetal é um óptimo combustível para  aquecer os ferros de passar e engomar, mas para o fogão das cozinhas como a sua combustão é rápida, fica por preço muito elevado.
A cozinha para ser económica, deve compreender pratos simples, práticos e económicos". (...) 
Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães). 

As tabelas apresentadas no livro, indicam ementas por unidade. As ementas de sopas, indicam os ingredientes e as quantidades.

Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães). - Biblioteca Nacional de Portugal

Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães). - Biblioteca Nacional de Portugal

Cesto. Forma oval a imitar verguinha. Junto às duas asas larerais, decoração floral com rosas e folhas. Datação: Século XX. Categoria: Cerâmica. Técnica: Verguinha. Autor: Maria Júlia Arroja. Fabricado em Caldas da Rainha, Portugal. - Museu da Cerâmica - RAIZ, Museus e Monumentos Online.
 

As ementas para o prato único, também indicam os ingredientes e as quantidades.

CARNE

Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães). - Biblioteca Nacional de Portugal

Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães). - Biblioteca Nacional de Portugal


Jarro. Forma de um papagaio sobre base circular, cónica e plana. Datação: Século XX. Categoria: Cerâmica. Técnica: Moldado. Autor: José Sanches. Fabricado em Lisboa, Portugal. - Museu da Cerâmica - RAIZ, Museus e Monumentos Online.


PEIXE

Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães). - Biblioteca Nacional de Portugal

Continuando a leitura do livro Economia Doméstica (Manuel Maria Calvet de Magalhães)

"Quando se fala de prato único, há quem se alarme, supondo que terá de suportar a sobriedade de umas couves cozidas, ou de um simples arroz sem mais nada. 

O prato único é coisa bem diferente. Nos países onde a civilização nos leva grande avanço, foi estabelecido como medida económica e como medida higiénica e hoje está no uso corrente de quase todos os lares.

Trata-se de servir em cada refeição um prato onde se apresentem duas ou três variedades de alimentos que se combinem entre si, para agrado do paladar e forneçam a quantidade de calorias que o organismo requere, em conformidade com o seu dispêndio de energias, com a época do ano em que se está e o estado físico que varia muito entre os indivíduos, mesmo quando se igualam por a idade ou condição de vida". (...)

No que respeita à parte culinária - manipulação e apresentação agradável dos alimentos reunidos num prato - é a vós que compete empregar o melhor do vosso esforço para que esse sistema de alimentação seja levado com prazer por quantos a ele se sujeitem". (...)  

Economia doméstica : cadernos do povo / Secretariado Nacional da Informação. - Lisboa : S.N.I., 1946 (Manuel Maria Calvet de Magalhães).

 

Chávena de chá. Datação: 1945. Fabrica: CANDAL, Vila Nova de Gaia, Portugal. (foto: "comjeitoearte").


Após a recessão de 1939-1945, na sequência da II Guerra Mundial, Portugal recuperou a nível económico e assistiu-se ao crescimento da produção nacional. 
Ainda assim, o nível de vida entre a população citadina e campestre contrastava fortemente. Com o alargamento do poder de compra, a população da cidade teve acesso a produtos alimentares mais nutritivos, enquanto nos meios rurais, o consumo alimentar limitava-se à produção agrícola.

Nos livros de receitas, as ementas sugeridas para consumo familiar, apresentavam um prato de peixe e outro de carne, para uma refeição. A estimativa do valor calórico diário por pessoa, incluía o contexto das ementas.  
 
Dupré, Francine. Receitas apetitosas. 3ª Edição. Porto: Litografia Nacional, 1956 (arquivo "comjeitoearte").


Ementas calculadas para fornecer 2500 calorias diárias por pessoa

Moreira, Irene Branco Marado. Economia Doméstica. Braga: Editora Pax, 1966  (arquivo "comjeitoearte")

Moreira, Irene Branco Marado. Economia Doméstica. Braga: Editora Pax, 1966  (arquivo "comjeitoearte")

Moreira, Irene Branco Marado. Economia Doméstica. Braga: Editora Pax, 1966  (arquivo "comjeitoearte")

Moreira, Irene Branco Marado. Economia Doméstica. Braga: Editora Pax, 1966  (arquivo "comjeitoearte")



Taça. Forma curvilínea. Decoração com folhas brancas com contorno em dourado e folhas pretas. Rebordo em dourado. Pegas em forma de três argolas em dourado. Datação: Século XX. Categoria: Cerâmica. Técnica: Moldagem/Faiança/Aerografia. Fabricado por Raúl da Bernarda e filhos Lda. Alcobaça, Portugal. - Museu Nacional do Azulejo - RAIZ, Museus e Monumentos Online.

O Mestre Cozinheiro. Lisboa: Editorial Anagrana, Lda. 1990 (arquivo "comjeitoearte").


Rações alimentares equilibradas nas diferentes idades


Moreira, Irene Branco Marado. Economia Doméstica. Braga: Editora Pax, 1966  (arquivo "comjeitoearte")


Taça. Forma de calote esférica assente em pé alto, cônico e com alargamento na base. Decoração com formas e linhas a negro sobre fundo branco. Datação: 1954-1955. Categoria: Cerâmica. Técnica: Moldada. Autor: Maria Antónia Parâmos. Fabricado em Caldas da Rainha, Portugal. - Museu da Cerâmica - RAIZ, Museus e Monumentos Online.
 

Ementas de Eventos: 1950; 1960; 1970; 1980; 1990.


Lisboa, 11/12/1954 (arquivo "comjeitoearte").


Lisboa, 21/11/1953 (arquivo "comjeitoearte").


Lisboa, 18/08/1962 (arquivo "comjeitoearte").



Jarra. Recipiente de bojo esférico. No bojo está representado um polvo castanho, beje e branco, com contorno a preto sobre fundo beje. Datação: Século XX. Categoria: Cerâmica. Técnica: Faiança. Centro de fabrico: Aveiro, Portugal. - Museu Nacional do Azulejo - RAIZ, Museus e Monumentos Online.

Lisboa, 19/12/1971 (arquivo "comjeitoearte").


Lisboa, 06/03/1982 (arquivo "comjeitoearte").


Base de Quentes. Século XX. Fabrica: Vista Alegre. Ílhavo, Portugal (foto: "comjeitoearte").


S. Pedro de Sintra, 12/06/1982 (arquivo "comjeitoearte").


Colares, 21/08/1999 (arquivo "comjeitoearte").


Paliteiro. Datação: 1947/1968. Fabrica: Vista Alegre. Ílhavo, Portugal (foto: "comjeitoearte").



Fontes:

https://purl.pt/40421

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra?id=1027173&tipo=OBJ

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra?id=242645&tipo=OBJ

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra/Index/214989?tipo=OBJ

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra/Index/1124012?tipo=OBJ

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra?id=1079447&tipo=OBJ

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra/Index/212414?tipo=OBJ

http://raiz.museusemonumentos.pt/DetalhesObra?id=1037768&tipo=OBJ

Dupré, Francine. Receitas apetitosas. 3ª Edição. Porto: Litografia Nacional, 1956

Moreira, Irene Branco Marado. Economia Doméstica. Braga: Editora Pax, 1966.

O Mestre Cozinheiro. Lisboa: Editorial Anagrana, Lda. 1990

https://impactum-journals.uc.pt/rhsc/article/view/1645-2259_18_12/5305


segunda-feira, 12 de junho de 2023

Santo António | Alfama, Castelo, Mouraria e Sé

Santo António com Menino ao colo. Autor: Desconhecido. Material: Barro com tintas multicolores. Dimensões: 38X16,3cm. Local de execução: Alto-Alentejo/Évora/Estremoz. Museu Nacional de Etnologia- MatrizNet.
 

(...)
Santo António nasceu em Lisboa no ano de 1195 (15 de Agosto), e morreu em Pádua a 13 de Junho de 1231. Vestiu o hábito de Santo Agostinho no convento de S. Vicente de Fora, em Lisboa. Daqui foi para Coimbra, onde tomou a hábito seráfico de frade menor de S. Francisco. Passou a África para pregar o Evangelho, e a doença trouxe-o de volta, mas o temporal levou-o de aferrada à Sicília  (1221). Daí peregrinou pela Itália, na evangelização e no ensino catedrático. Esteve no capítulo da ordem, na cidade de Assis, a que o Patriarca S. Francisco assistiu (1221); passou por Bolonha, em cujas proximidades estabeleceu a sua Tebaida, em Pádua, Florença, Veneza; passando à França esteve em Limoges, Mompilher, etc. Em Portugal notara-se pela sabedoria; em Itália o Bispo de Forlibio, animou-o e auxiliou-o; (...). Frade austero e erudito, deixou na sociedade rude do tempo do nosso primeiro rei larga fama de santidade. Na boca do povo anda ainda a tradição deste santo, milagreiro e, consoante passos anedóticos, "amigo das moças". A sua festa é celebrada especialmente em Lisboa, onde o folguedo popular em danças e descantes evoca os hábitos, cristianizados, das festas pagãs. É um santo casamenteiro e nessa qualidade é invocado nas cantigas do povo. Festeja-se a 13 de Junho. E se pelos folgazões é esperado, anima este dia a esperança das crianças que pela província fora armam os seus altarzinhos, as suas cascatas de musgo e verdura, onde reaparece a meio do ano algumas figurinhas de presepe. É advogado dos moleiros. (...). - Há por todo o nosso país imensas capelas da invocação de Santo António.

in "O Archeologo Português"; série I; Volume XXI (1916);"Registos dos Santos".Luis Chaves.  - DGPC Património Cultural



História da Cidade de Lisboa (2016) - Mural com banda desenhada da autoria de Nuno Saraiva. Junto do Miradouro das Portas do Sol no bairro de Alfama. - Fotos "comjeitoearte" 


Alfama, Castelo, Mouraria e Sé , entre os bairros populares de Lisboa, representados por artistas plásticos.



Ronda dos Bairros. Programa das Festas de 1934. Tinta-da-china sobre papel. Dimensões: 35X25cm. Data: 1934. Autor: José Sobral de Almada Negreiros (1893-1970). - Museu da Cidade.


Lisboa - Alfama. Óleo sobre madeira. Dimensões: 32,5 X 41 cm. Data: 1920. Autor: Francis Smith (1881-1961). - Centro de Arte Moderna Gulbenkian.

Arco Escuro - Alfama. Aguarela sobre papel. Dimensões: 27,5X18,2cm.
Data: 1925. Autor: Alfredo Roque Gameiro (1864-1935). - Museu de Lisboa

Rua de S. Pedro - Alfama. Aguarela. Data: 1920. Autor: Alfredo Roque Gameiro (1864-1935) - Wikimedia Commons  


Arco de Jesus. Óleo sobre platex. Dimensões: 23,5 X 19,5 cm. Data: Sec. XX (2ª metade?). Autor: Manuel Jorge (1924-2015). - Museu da Cidade.

Escadinhas de S. Miguel - Alfama. Óleo sobre platex. Dimensões: 19,7 X 29,7 cm. Data: Sec. XX (2ª metade?). Autor: Manuel Jorge (1924-2015). - Museu da Cidade.

Largo de S. Rafael - Alfama. Óleo sobre platex. Dimensões: 20 X 30 cm. Data: Sec. XX (2ª metade?). Autor: Manuel Jorge (1924-2015). - Museu da Cidade.

Porta de S. Jorge no Castelo de S. Jorge. Aguarela sobre papel. Dimensões: 33,5 X 40,4 cm. Data: 1959. Autor: Eduardo Staubyn. - Museu da Cidade


Sé de Lisboa. Óleo sobre tela. Dimensões: 61,5 X 74 cm. Data: 1938. Autor: Carlos Botelho (1899-1982). - Centro de Arte Moderna Gulbenkian.

Escadinhas de S. Cristóvão. Aguarela. Data: 1910-1920. Autor: Alfredo Roque Gameiro (1864-1935) - Wikimedia Commons  
 .

Santo Antônio de Lisboa. Impressão sobre papel. Dimensões: 11,5 X 6 cm. Data: Séc. XX. - Museu da Ctdade


Fontes:

http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=92268

https://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/o_arqueologo_portugues_1_serie/

https://comjeitoearte.blogspot.com/2016/06/historia-da-cidade-de-lisboa-em-banda.html

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=2499&ns=216000&Lang=PO&museu=2&c=explorar&IPR=8092

https://gulbenkian.pt/cam/works_cam/lisboa-alfama-138962/

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=1449&ns=216000&Lang=po&museu=2&c=explorar&IPR=8092

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Roque_Gameiro_(Lisboa_Velha,_n.%C2%BA_01)_R_de_S_Pedro.jpg

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=72041&ns=216000&Lang=po&museu=2&c=explorar&IPR=8092

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=72038&ns=216000&Lang=PO&museu=2&c=explorar&IPR=8092

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=72037&ns=216000&Lang=po&museu=2&c=explorar&IPR=8092

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=1465&ns=216000&Lang=PO&museu=2&c=explorar&IPR=8092

https://gulbenkian.pt/cam/works_cam/se-de-lisboa-138908/

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Roque_Gameiro_(Lisboa_Velha,_n.%C2%BA_91)_Escadinhas_de_S_Cristovam.jpg

http://acervo.museudelisboa.pt/ficha.aspx?id=46294&ns=216000&Lang=PO&museu=2&c=explorar&IPR=8092

sábado, 21 de maio de 2022

Porcelana decorada com metal


Tigela de duas alças de Burghley House, Lincolnshire - Porcelana chinesa 1573 – ca. 1585. Montagens britânicas ca. 1585. Porcelana de pasta dura, com suporte de prata dourada. Dimensões: 15,9 cm X 24,1 cm. - The Metropolitan Museum of Art

Ao longo dos séculos, os artesãos criaram diversos objectos de porcelana e cerâmica, que decoraram com esmalte colorido, aplicação de metal, técnicas de vidrado, gravura, pintura, entre outras.

As casas burguesas do século XVI, decoradas com ricos móveis e magníficos objectos, exibiam peças em porcelana, de grande requinte, entre elas a porcelana chinesa com montagens finamente trabalhadas em prata.


Jarro com bico em forma de cabeça de lobo - Porcelana pintada a azul cobalto sob vidrado. Feito na China (Jingdezhen). Aplicação em prata, feita em Inglaterra. Data: ca. 1600-10.  Dimensões: 24,1 X 21,5 cm. - Victoria and Albert Museum.


As peças de porcelana exportadas da China, eram valorizadas com decorações e montagens de metal, na Europa, para as tornar mais apelativas, luxuosas e  competitivas de acordo com o status elevado dos compradores. 

Nas montagens decorativas em móveis, relógios, objectos de iluminação e porcelana, os artesãos  usavam o processo ormolu, também conhecido como bronze dourado


Tijela de Potpourri com tampa - Porcelana do Japão (Arita) de finais do século XVII, montagens em bronze dourado, francesas ca. 1745-1750. Dimensões: 38,4 x 41,3 x 26 cm . - The Metropolitan Museum of Art

O ormolu mais antigo parece remontar ao século XVII, em França, onde este processo teve o seu "berço".

Nos séculos XVIII e XIX, os designers e marceneiros franceses recorreram com bastante frequência às montagens em ormolu, criando peças muito finas e requintadas. Dos mestres que trabalharam em ormolu destaca-se Jacques Caffieri (1678 - 1755) e Pierre Gouthière (1732-1813) em França, a par das oficinas de Matthew Boulton (1728 - 1809) e Benjamim Lewis Vulliamy (1780 - 1854) em Inglaterra.


Garrafa em forma de pêra - Garrafa octogonal em porcelana Qingbai, dinastia Yuan. Jingdezhen, 1300-1368 (feito). Aplicações alemãs em ormolu datadas de ca.1720. Dimensões: 27,8 cm X 13,5 cm. - Victoria and Albert Museum.

A parte superior da garrafa, em falta, foi substituída e consiste numa tampa de cúpula octogonal em ormolu. A parte inferior da garrafa foi também montada em ormolu e consiste  num pé octogonal perfurado com formas circulares.


Lavabo - Faiança pintada de azul e latão. Decoração barroca em azul cobalto. Torneira de latão e tampa de latão com remate formando um vaso com flores.Fabricante: Fábrica de Porcelana Claeuw , meados do século XVIII. Dimensões: 47 cm. - Museum of Applied Arts


Figura - Castiçal em base rococó ormolu com galhos metálicos pintados de verde segurando flores de pasta mole e dois bicos ormolu. Porcelana pintada em esmaltes e dourados, com montagem em ormolu. Artistas: JF Eberlein e JJ Kändler .ca. 1736-40. Fabricante:  Fábrica de Porcelana Meissen, Alemanha, ca. 1736-40. Altura da figura: 12 cm.-- Victoria and Albert Museum. 


Bule - Bule e tampa de porcelana com ferragens em prata dourada. Decoração com as armas da França e da Polónia. Fábrica de Porcelana Meissen, Alemanha, 1737.. Fabricante / montagens: Eloy Brichard 1756-62. Dimensões: 11,6 x 20 x 10 cm. - Victoria and Albert Museum

Esta peça faz parte de um dos mais importantes presentes reais do século XVIII. O bule pertence a um extraordinário serviço de chá e chocolate constituído por mais de 40 peças. Augusto III, rei da Polónia, presenteou em 1737 Maria LeszczynsKa, rainha de França,  esposa de Luís XV, rei de França. O presente pessoal poderia contribuir para melhorar as relações diplomáticas entre a Saxónia e a França.

O bule foi posteriormente montado em prata dourada por Eloy Brichard, conceituado ourives de Paris.



Caixa de Relógio - Porcelana de pasta dura com montagens de metal dourado. Fabricante: Meissen, Alemanha, 1728 - 30. Montagens de Dresden ca. 1830 - 50. Dimensóes: 54,8 x 30,8 x 23,2 cm. - The Metropolitan Museum of Art 

Esta peça, feita nos primeiros anos da fábrica de Meissen, é uma das mais arrojadas da época. A sua dimensão e o grupo escultórico, distinguem-na de outras peças de porcelana. No decorrer do  século XVIII, a fábrica produziu poucas caixas de relógio, cujas grandes dimensões e técnicas complexas elevavam os custos da produção.


Vaso - Porcelana com esmalte cristalino e montagem em prata.. Estilo: Arte Nova. Artista: Victor Saglier . Fabricante: Fábrica de Porcelanas Sèvres ca. 1900. Negociante de arte / vendedor : Siegfried Bing. - Victoria and Albert Museum




Fontes imagens:

https://www.metmuseum.org/art/collection/search/199407

https://collections.vam.ac.uk/item/O104733/ewer-unknown/

https://www.metmuseum.org/art/collection/search/206799?searchField=All&sortBy=Relevance&ft=porcelain&offset=0&rpp=80&pos=20

https://collections.vam.ac.uk/item/O495626/bottle-unknown/

https://collections.imm.hu/gyujtemeny/lavabo/11300?f=2sSzQCaDkrlD-8vAkN91LYT4HVdb-muycPtwt2E4VomMW7BoN7yDxpRkP7xLxnlUEo17VbiAY&n=519

https://collections.vam.ac.uk/item/O333259/figure-eberlein-johann-friedrich/

https://collections.vam.ac.uk/item/O166564/teapot-brichard-eloy/

https://www.metmuseum.org/art/collection/search/659048

https://collections.vam.ac.uk/item/O122687/vase-bing-siegfried/


Fontes Texto:

https://en.wikipedia.org/wiki/Ormolu

https://www.britannica.com/art/ormolu