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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Os Cravos do 25 de Abril

Árvore de Abril. Ilustração Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril. Autor: André Carrilho. Dimensão 40 x 50. - TEMPUS ART


Em Portugal, a Revolução de 25 de Abril de 1974, conhecida como a Revolução dos Cravos, iniciou uma série de procedimentos que viriam a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976.
Esta acção liderada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA),  depôs  o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933. 


O 25 de Abril de 1974 - Fotografia nº 60. Registo nº 1074 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


A população, que desejava a liberdade, saudou com grande entusiasmo o MFA. Houve quem distribuísse cravos vermelhos pelos soldados, que os colocaram nos canos das espingardas.
Os cravos vermelhos serão para sempre, a imagem do dia em que os portugueses fizeram uma revolução sem mortos e sem tiros. 


Cartaz de Abril MFA - Partido Comunista Português


O cravo vermelho transformou-se num símbolo do 25 de Abril. Em cartazes, ilustrações, postais, cartoons e outras obras artísticas, o cravo é o elemento que mais sobressai pela criatividade e representação gráfica.


Cartaz de Abril de 1974 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


25 de Abril. Ilustração. Autor: Relógio. Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Cartaz de Abril  - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Cartaz de Abril de 1982 - Partido Comunista Português




Cartaz de Abril de 1984 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Cartaz de Abril de 1984 - Partido Comunista Português

Cartaz de Abril de 1984 - Partido Comunista Português

Cartaz de Abril de 1986 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.

Cartaz de Abril de 1987 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Cartaz de Abril de 1989 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.

Cartaz de Abril de 1989 - Partido Comunista Português



Cartaz de Abril de 1990 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Cartaz de Abril de 1991 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.

Cartaz de Abril de 1992 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Cartaz de Abril de 1998 - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.

Cartaz de Abril - Partido Comunista Português


Cartaz de Abril de 2014. Sara Pacheco. Escola secundária de Rio Tinto.

Cartaz de Abril de 2015. Comemorativo editado pela A25A. Autor: José Santa Bárbara. - Centro de Documentação 25 de Abril. Universidade de Coimbra.


Fontes:

https://www.cd25a.uc.pt/pt

https://www.pcp.pt/

https://www.tempusart.com/edicao/rvore-de-abril-edio-limitada

https://www.aert3.pt/index.php/destaques/284-1-premio-concurso-de-cartazes-25-de-abril

https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_25_de_Abril_de_1974


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Implantação da República Portuguesa - 5 de Outubro de 1910

A Proclamação da República PortuguesaPrincipais acontecimentos em Lisboa a 5 de Outubro de 1910: 1- Bombardeamento do Palácio das Necessidades; 2- Embarque da família real na praia da Ericeira a bordo do iate Amélia; 3 - Condução de Jesuítas para o forte de Caxias; 4 - Proclamação da República na Câmara Municipal; 5 - Desembarque da Marinha no Terreiro do Paço; 6 - Revolucionários na Rotunda; 7 - Visita do Governo provisório ao acampamento dos revolucionários; 8 - Entrincheiramentos na Rotunda. Postal colorido (9x14cm). - Biblioteca Nacional de Portugal.


A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 de Outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de Outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.


A Capital, diário republicano da noite, número, número 96, de 5 de Outubro de 1910. Na primeira página do jornal, em destaque, "Governo Provisório": Presidente sem pasta - Teófilo Braga; Interior - António José de Almeida; Justiça - Afonso Costa; Fazenda - Basílio Telles; Obras Públicas - António Luís Gomes; Estrangeiros - Bernardino Machado; Guerra - Coronel Correia Barreto; Marinha - Azevedo Gomes - Hemeroteca Municipal de Lisboa


Auto da Proclamação da República Portuguesa / Revolução de 5 de Outubro de 1910 (Portugal) - Museu de Lisboa - Palácio Pimenta. Fotografia. Suporta: Negativo de gelatina e prata sobre acetato de celulose. Dimensões: 13 x 18 cm. Autor: Estúdios Novais. - Arquivo Municipal de Lisboa


A República foi proclamada da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, por José Relvas.


Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira Republica. Com a implementação da República, foram adoptados novos símbolos nacionais: o hino nacional, a bandeira e a moeda.

Los Sucesos, jornal castelhano, número 346, de 15 de Outubro de 1910 (capa)."Teófilo Braga, presidente do Governo Provisório da República portuguesa".- Hemeroteca Municipal de Lisboa


Joaquim Teófilo Fernandes Braga (1843-1924), foi um poeta, sociólogo, político, filosofo e ensaísta português. Bacharel, Licenciado e Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra.

Por decreto publicado no Diário do Governo de 6 de Outubro de 1910, é nomeado presidente do Governo Provisório da República portuguesa, saído da Revolução de 5 de Outubro do mesmo ano.

Durante o seu governo é aprovada a primeira constituição republicana, em Agosto de 1911.

Exerceu funções de Chefe de Estado até à eleição do primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga, em 24 de Agosto de 1911.



Ilustração Portuguesa, número 242, de 10 de Outubro de 1910 (p 463). A proclamação da República. O Sr. José Relvas fazendo a proclamação da Republica das janelas da Câmara Municipal de Lisboa em 5 de Outubro. - Hemeroteca Municipal de Lisboa




Brasil-Portugal, revista quinzenal ilustrada, número 282, de 16 de Outubro de 1910 (p 274). República Portuguesa - Os membros do Governo Provisório: Ministro do Interior - António José de Almeida; Ministro da Justiça - Afonso Costa; Ministro dos Negócios Estrangeiros - Dr. Bernardino Machado; Ministro da Guerra - Coronel Barreto; Ministro do Fomento - António Luís Gomes; Ministro da Marinha - Azevedo Gomes; Ministro das Finanças - José Relvas. - Hemeroteca Municipal de Lisboa


José de Azevedo Mascarenhas Relvas (1858 - 1929), foi um político republicano português.

No dia 5 de Outubro de 1910 José Relvas seria o escolhido para proclamar a Implantação da República, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, porque era um dos elementos mais carismáticos do Diretório do Partido Republicano.

Foi Ministro das Finanças do respectivo Governo Provisório de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911, sendo ele o responsável, nomeadamente, pela introdução da reforma monetária que criou o Escudo.


Álbum das Glórias, número 28, Maio de 1882. Manuel de Arriaga, ilustração. Legenda: "La mère en permettra la republique à sa fille". Autor: Rafael Bordalo Pinheiro (no "comjeitoearte") - Hemeroteca Digital de Portugal.


A Capital, diário republicano da noite; número 395, de 24 de Agosto de 1911. Na primeira página do jornal, em destaque "Viva a República" e foto do primeiro presidente eleito Dr. Manuel de Arriaga. "Está eleito o presidente da República. Pela primeira vez, ao mundo inteiro, o povo português apresenta um seu verdadeiro representante". (...) - Hemeroteca Municipal de Lisboa


Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue (1840 - 1917) foi um advogado, professor, escritor e político português. Foi dirigente e um dos principais ideólogos do Partido Republicano Português.

A 24 de Agosto de 1911 tornou-se no primeiro presidente eleito da República Portuguesa, sucedendo na chefia do Estado ao Governo Provisório presidido por Teófilo Braga. Exerceu aquelas funções até 29 de Maio de 1915, data em que foi obrigado a demitir-se, sendo substituído no cargo pelo mesmo Teófilo Braga, que como substituto completou o tempo restante do mandato.


As Constituintes de 1911 e os seus deputados. Autor: Eduardo Rodrigues Cardoso de Lemos. Publicação: Liv. Ferreira. 1911, Lisboa.
Resultado da votação para a eleição do Presidente da República: Manuel de Arriaga - 121 votos; Bernardino Machado - 86 votos; Duarte Leite - 4 votos; Sebastião de Lima - 1 voto; Alves da Veiga - 1 voto; Listas brancas 4 (pág. 508). Discurso do Presidente da República Portuguesa Bernardino Luís Machado Guimarães(pág. 512) - Biblioteca Nacional de Portugal



A Capital, diário republicano da noite; número 396, de 25 de Agosto de 1911. Na primeira página do jornal, em destaque "A assembleia Nacional Constituinte - reuniu hoje pela última vez elegendo de entre os seus membros aqueles que irão constituir o Senado" (Na imagem, à direita, a lista com 71 senadores) - Hemeroteca Municipal de Lisboa


O Zé, número 42, de 29 de Agosto de 1911. Dr. Manuel de Arriaga (Eleito Presidente da República em 24 de Agosto de 1911). "Das trevas para  a luz. Homenagem ao 1º Presidente da República Portuguesa". - Hemeroteca Municipal de Lisboa


A Capital, diário republicano da noite; número 398, de 31 de Agosto de 1911. Na primeira página do jornal, em destaque " O Sr. João Chagas indigitado chefe do novo governo, tenta, também, a união do partido republicano" - Hemeroteca Municipal de Lisboa



Ilustração Portuguesa, número 290, de 11 de Setembro de 1911 (capa). "João Chagas - Presidente do Conselho de Ministros da República Portuguesa  (Cliché -Vasques). - Hemeroteca Municipal de Lisboa



Ilustração Portuguesa, número 290, de 11 de Setembro de 1911 (p 322).Os Membros do 2º governo republicano de Portugal: Dr. Diogo Tavares de Mello Leotte - Ministro da Justiça; Dr. Duarte leite - Ministro das Finanças; Dr. João de Menezes - Ministro da Marinha; General Pimenta de Castro - Ministro da Guerra; Capitão Sininho Paes - Ministro do Fomento; Dr. Celestino d'Almeida - Ministro das Colónias. - Hemeroteca Municipal de Lisboa



O Zé, número 47, de 3 de Outubro de 1911. Comemoração do Primeiro Aniversário da República Portuguesa - Personalidades da política portuguesa. Entre outros: João Chagas; Tito de Moraes; Mendes Cabeçadas .Hemeroteca Municipal de Lisboa.

A Portuguesa. - Música para coros. KEIL, Alfredo, 1850-1907 (no "comjeitoearte").  - Lisboa : Imprensa Nacional,. - Partitura vocal  - Biblioteca Nacional de Portugal


Chafariz do Intendente (no "comjeitoearte")  Autor: Machado & Sousa. Dimensões: 13x18cm.Suporte: Negativo de gelatina e prata em vidro.
A  construção deste chafariz ocorreu nos anos de 1823 e seguintes. Até 1917 permaneceu no Largo do Intendente, encostado à fábrica de azulejos Viúva Lamego. O projecto deste chafariz é da autoria dos arquitectos Henrique Guilherme de Oliveira e Honorato José Correia de Macedo e Sá.
A Coroa, com as armas de Portugal, que encimava este chafariz foi retirada após a implantação da República em 1910. Só nos anos 90 é que ela volta ao seu lugar, reposta pela Câmara Municipal. - Arquivo Municipal de Lisboa



Fontes:

https://www.bnportugal.gov.pt/
https://purl.pt/28264

https://pt.wikipedia.org/wiki/Implanta%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_Portuguesa

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ACapital/ACapital.HTM

https://arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt/xarqdigitalizacaocontent/PaginaDocumento.aspx?DocumentoID=257678&AplicacaoID=1&Pagina=1&Linha=1&Coluna=1

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/LosSucesos/LosSucesos.htm

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/IP8.htm

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/BrasilPortugal.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Relvas

https://gisaweb.cm-porto.pt/units-of-description/?creator=&order_by=TITLE&q=5+de+outubro+de+1910

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/AlbumDasGlorias/AlbumDasGlorias.htm

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OZe/OZe_ano4.htm

https://purl.pt/15292

https://arquivomunicipal.lisboa.pt

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ACapital/1911/Agosto/Agosto_item1/P77.html

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ACapital/1911/Agosto/Agosto_item1/P101.html

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1911/N290/N290_item1/index.html

https://catalogo.bnportugal.gov.pt/ipac20/ipac.jsp?profile=bn&source=~!bnp&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!827017~!2&ri=1&aspect=subtab13&menu=search&ipp=20&spp=20&staffonly=&term=lus%C3%83%C2%ADadas&index=.TW&uindex=&aspect=subtab13&menu=search&ri=1


sábado, 4 de junho de 2022

Visita oficial da Rainha Isabel II a Portugal |1957

CAPA - Diário da Manhã: Número Especial Comemorativa da Visita de S. M. a Rainha Isabel II de Inglaterra; 23 de Fevereiro de 1957 - Hemeroteca Municipal de Lisboa
 

A visita oficial da Rainha Isabel II de Inglaterra e do Príncipe Filipe, a Portugal, em 1957, decorreu entre os dias 18 e 27 de Fevereiro. 

A monarca teve oportunidade de visitar Lisboa, Caldas da Rainha, Nazaré, Alcobaça, Batalha, Vila Franca de Xira e Porto. As cerimónias incluíram visita ao Palácio de Queluz, ao Mosteiro de Alcobaça e ao Mosteiro da Batalha, banquete oficial no Palácio Nacional da Ajuda, recital de gala no Teatro Nacional de São Carlos, desfile em coche real e fogo de artifício. Na cidade Porto a Rainha visitou o Palácio da Bolsa e a Feitoria Inglesa.


Diário da Manhã (pág. 40): Número Especial Comemorativa da Visita de S. M. a Rainha Isabel II de Inglaterra; 23 de Fevereiro de 1957 - Hemeroteca Municipal de Lisboa

(...)

A Amizade entre Portugal e a Grã-Bretanha tem o peso da sua própria resistência, traz o selo dos séculos, aguentou as vicissitudes dos tempos vários, manteve em magoados momentos, a consistência necessária para ser e permanecer para além do efémero e do transitório (...).

(...)

É pesada a Coroa dos Reis de Inglaterra e pesados vão os tempos de hoje para os homens, para os povos, para os governantes da velha Europa e do mundo do Ocidente.

(...)

José Manuel da Costa - Amizade; Director do Diário da Manhã (pág. 1).

 

Um aspecto do Salão Nobre dos Paços do Concelho com a mesa do almoço em honra de sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra. - Revista Municipal; Ano XVIII, nº 72, 1º trimestre de 1957 (pág. 20)Hemeroteca Municipal de Lisboa.

Não tardou, que principiasse o almoço no salão nobre. (...)

As cinco mesas, onde deviam sentar-se, com a rainha, cinquenta e tantos convivas, recobriam-se das mais ricas, mais extraordinárias e primorosas toalhas bordadas da Madeira, que Lisboa, com certeza, jamais teve o ensejo de examinar ou, até de imaginar. Sobre elas, cedidas para essa cativante cerimónia pela sr.ª D. Mary Espírito Santo, figuravam as peças, compradas em Paris, por seu marido o saudoso dr. Ricardo Espírito Santo, da famosa baixela doirada da imperatriz da Rússia, Maria Teodorovna, cinzeladas por célebres ourives franceses. (...)

(...) O almoço que, a seguir, foi servido por criados de libré, teve como ementa:ovos de geleia, robalo de Sesimbra, peitos de perdiz, doce de Santa Clara e frutas, acompanhados de vinhos de escolha e de marca - Madeira branco e tinto e do Porto - e de aguardente velha e café de Timor, em final. 

 (...)

O Almoço no Salão Nobre. Revista Municipal; Ano XVIII, nº 72, 1º trimestre de 1957 (pág. 24).

 

Visita da Rainha Isabel II de Inglaterra, desfile pelas ruas de Lisboa. Fotógrafo: Ferrari Amadeu (1909-1984). Suporte:Diapositivo cromogéneo em acetato de celulose. Data: 18 de Fevereiro de 1957. Dimensões: 9 x 12 cm.- Arquivo Municipal de Lisboa

 

Carruagem da Coroa /Carruagem de Gala. Data: 1824. Autores: ? / Januário Correia. Material: madeira (carvalho e azinho); vidro; prata; couro: tafetá de seda; veludo de seda. Técnica: madeira entalhada, policromada e dourada, repuxada, recortada e cinzelada, tafetá de seda lavrado. Dimensões: altura 2,70 m; largura: 1,98 m; comprimento 4,56 m; rodas dianteiras, diâmetro: 95 cm; rodas traseiras, diâmetro: 1,445 m. Museu Nacional dos Coches -MatrizNet

As portinholas e os apainelados laterais são decorados com atributos militares, as armas reais portuguesas e o monograma coroado de D. Carlos I. No tecto, um bordado a fio de ouro laminado desenha o monograma de D. Carlos I. Local de execução: Londres. Esta viatura foi encomendada por D. João VI a Londres, em 1824, tendo chegado a Lisboa no ano seguinte. Incorporação: Afectação permanente - Casa Real Portuguesa, Transferência das Reais Cavalariças das Necessidades. - 

No reinado de D. Luís I a carruagem foi restaurada. Serviu nas seguintes cerimónias: baptismo do Príncipe D. Carlos, 19 de Outubro de 1863; visita oficial de Afonso XIII de Espanha a Portugal, 12 de Dezembro de 1903; visita oficial do Imperador Guilherme II da Alemanha, 27 de Março de 1905; visita oficial da Rainha Alexandra de Inglaterra, 22 de Março de 1905; condução dos membros da Família Real à Sé de Lisboa, por ocasião da Procissão do "Corpus Christi", 14 de Junho de 1906; cortejo por ocasião da sessão solene das Cortes Gerais para juramento de S.A.R. o Príncipe D. Afonso, 18 de Março de 1910; visita oficial da Rainha Isabel II de Inglaterra, Fevereiro de 1957. 

A melhor recordação da visita oficial da Rainha Isabel II de Inglaterra, ao nosso país - recordações envolvendo sugestões de pompa, de brilho de simpatia e de entusiasmo - há-de ficar para sempre com a gente de Lisboa. (...)

Lisboa e a sua população formaram o cenário e a plateia do espectáculo sumptuoso decorrente em três dias inolvidáveis. (...)

Visita da Rainha de Inglaterra a Portugal . Revista Municipal; Ano XVIII, nº 72, 1º trimestre de 1957,(pág. 5).


Visita da Rainha Isabel II, gala em São Carlos. Fotógrafo: Ferrari Amadeu (1909-1984). Suporte: Diapositivo cromogéneo em acetato de celulose. Data: 19 de Fevereiro de 1957. Dimensões: 6x6 cm.- Arquivo Municipal de Lisboa

Depois de Bourbons, Habsburgos, Sabóias, Hohenzollerns, Hannovers terem visitado São Carlos, a 19 de fevereiro de 1957 chega Isabel II de Inglaterra, uma Windsor. A jovem monarca assistiu nessa noite a um espectáculo cuja primeira parte foi preenchida com produção nacional, tendo sido apresentada a nossa grande história de amor no bailado Pedro e Inês, com música de Ruy Coelho e coreografia de Francis Graça. O maestro Frederico de Freitas dirigia a orquestra. Na segunda parte, surpreendentemente, foi cantada uma menos conhecida obra de Joseph Haydn: Der Apotheker. (...).

 

A real visita de 1957 . Teatro Nacional de São Carlos.

 

Visita da Rainha Isabel II de Inglaterra à cidade do Porto: subindo a escadaria do Palácio da Bolsa. Fotografia: Foto Comercial Teófilo Rego. Dimensões: 18x24 cm. - Arquivo Municipal do Porto.
A Rainha acompanhada pelo Duque de Edimburgo, seu marido, e por várias individualidades, entre as quais, o Presidente da Associação Comercial do Porto, o Presidente da Câmara Municipal do Porto e o Bispo do Porto.

Visita da Rainha Isabel II de Inglaterra à cidade do Porto: A Rainha e o Príncipe dentro do automóvel à saída da Feitoria Inglesa. Fotografia: Foto Comercial Teófilo Rego. Dimensões: 18x24 cm. - Arquivo Municipal do Porto.
A Rainha e o Duque de Edimburgo dentro do automóvel que os transportava, à saída da Feitoria Inglesa, sendo aclamados pela população.



Rolls-Royce Phantom III - Ano: 1937. País: Inglaterra. Potência: 160 cv. Cilindros: 12. Cilindrada: 7340. Velocidades: 4. Peso: 2660 Kg. Velocidade máxima: 147 Km /h. Nº de Chassis: 3CP116. Nº do motor: C68A. - Museu do Caramulo

Criado pelos engenheiros da Rolls-Royce, o modelo Phantom III, equipado com um sofisticado motor V12, garantia um elevado nível de conforto aos clientes mais exigentes.
Com o início da Segunda Guerra Mundial a produção do modelo terminou. Entre 1936 e 1939 foram construídas 710 unidades.

Este automóvel foi comprado pelo Príncipe de Berar, filho de Nizam de Hyderabad, em 1937. A pedido, foi adaptado com uma carroçaria especial, tipo Cabriolet, apetrechada com inúmeros acessórios. 

A esperada visita da Rainha Isabel II, de Inglaterra, a Portugal em Fevereiro de 1957, leva o Presidente da República, Marechal Craveiro Lopes, a adquirir um Rolls-Royce descapotável. Em Londres, a aquisição recai sobre o automóvel comprado pelo Principe de Berar.

O carro com a matrícula DD-30-92, fica ao serviço da Presidência da República. Serviu nas seguintes ocasiões: visita do presidente Eisenhower; visitas dos Papas Paulo VI e João Paulo II.

O carro foi doado ao Museu do Caramulo pela Presidência da República Portuguesa.


Crónica Masculina. Nº 11 - 16 de Fevereiro de 1957 - Hemeroteca Municipal de Lisboa

Nota: No dia 6 de Junho de 2022, acrescentei a este post duas imagens da Rainha Isabel Ii, na sua visita à cidade do Porto. Arquivo Municipal do Porto.


Fontes

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/index.htm

https://arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt/X-arqWeb/Search.aspx

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/visita-de-sua-majestade-a-rainha-isabel-ii-ii-parte/

https://tnsc.pt/

https://gisaweb.cm-porto.pt/

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

As chapas de "colódio húmido" - Jean Laurent



Almanaque Português de Fotografia , 1955/1956. Edição da Casa Portuguesa (pág. 94).

 

J. LAURENT (?) em carro de cesto do monte com os carreiros, Funchal. CPF Centro Português de Fotografia



Jean Laurent ou Juan Laurent Minier (Garchizy, Nevers (França), 23 de Julho de 1816 – Madrid, 24 de Novembro de 1886) foi um dos mais importantes fotógrafos que trabalhou em Espanha no século XIX. 


O seu interesse pela fotografia começou em 1855. Laurent destacou-se dos seus pares, por se manter actualizado nos avanços que surgiam na fotografia do século XIX. Em conjunto com o fotógrafo espanhol José Martínez Sánchez, inventou e introduziu várias técnicas como o papel leptográfico

Usava a rede ferroviária para as suas viagens pela Península Ibérica, e utilizava uma pequena carruagem ou "carro-laboratório" de campanha, onde preparava e revelava as suas placas de vidro com colódio. 

Em 1869, Laurent viajou para Portugal, realizando registos fotográficos de cidades e monumentos. Durante a sua estadia neste país, Laurent também privou com a família real, tendo fotografado o Rei e os dois príncipes D. Carlos e D. AfonsoCom estas fotografias fez depois varias exposições no estrangeiro, contribuindo para a divulgação do nosso país. 


D. Fernando II (pai de D. Luis), fotografado por Jean Laurent, em 1869. Palácio Nacional de Pena. MatrizNet



Rei D. Luis I de Bragança, fotografado por Jean Laurent, entre 1869/1870. Palácio Nacional da Ajuda (foto mostrada na Exposição "J. Laurent e Portugal fotografias do século XIX", no ano da 2009). MatrizNet


Príncipe Real D. Carlos, fotografado por Jean Laurent. Palácio Nacional da Ajuda. MatrizPix.

Principe Real D. Carlos, fotografado por Jean Laurent, entre 1869 e 1869. Palácio Nacional da Ajuda (foto mostrada na Exposição "J. Laurent e Portugal fotografias do século XIX", no ano da 2009). MatrixNet


Principe Real D. Carlos e o Infante D. Afonso, fotografados por Jean Laurent, entre 1867 e 1869. Palácio Nacional da Ajuda. MatrizPix.


A lista de fotografias de Portugal, para venda, foi publicado pela primeira vez na edição de 1872 do catálogo de Laurent. Entre os locais fotografados estão Lisboa, Sintra, Monserrate, Alcobaça, Batalha, Tomar, Coimbra, Porto, Braga, Guimarães, Évora e o Palácio da Pena.


Igreja de Nossa Senhora da Oliveira , em Guimarães (segundo uma fotografia de Laurent).O Ocidente : revista ilustrada de Portugal e do estrangeiro, nº 469 (1 de Janeiro de 1892). Hemeroteca Nacional de Portugal


A produção da Casa Laurent foi imensa. Cópias suas podem encontrar-se em Espanha, Lituânia e Lisboa. Outra especialidade de Laurent foi a aplicação de fotografias nos leques, a partir de 1864, obtendo um Real Privilégio de Invenção na Espanha, e uma patente na França.


Réplica do laboratório fotográfico de J. Laurent, tal como seria no ano de  1872, Espanha.


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A gravura representa uma câmara escura móvel, de 1860, quando ainda havia necessidade de utilizar as chapas de colódio logo a seguir à sua preparação, (colódio húmido). Almanaque Português de Fotografia, 1961/1962. Livraria Bertrand SARL  (pág122).

Altar de Nossa Senhora das Dores. Chapa de vidro com preparação de colódio (arquivo "comjeitoearte"). 



Fontes:
https://digitarq.cpf.arquivos.pt/details?id=87040

http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=1107658&EntSep=2#gotoPosition

http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=991250&EntSep=4#gotoPosition

http://www.matrizpix.dgpc.pt/MatrizPix/Fotografias/FotografiasConsultar.aspx?TIPOPESQ=2&NUMPAG=1&REGPAG=50&CRITERIO=Jean+Laurent+&IDFOTO=11209

http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=986414&EntSep=4#gotoPosition

http://www.matrizpix.dgpc.pt/MatrizPix/Fotografias/FotografiasConsultar.aspx?TIPOPESQ=2&NUMPAG=2&REGPAG=50&CRITERIO=Jean+Laurent+&IDFOTO=82330

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1892/N469/N469_item1/index.html

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fiel_r%C3%A9plica_del_carruaje_laboratorio_fotogr%C3%A1fico_de_J._Laurent;_tal_como_ser%C3%ADa_en_el_a%C3%B1o_1872,_Espa%C3%B1a,_Spain.jpg?uselang=pt