terça-feira, 19 de maio de 2020

Azulejos em Lisboa | Escadinhas de Santo Estêvão, 14

Azulejos de fachada. Escadinhas de Santo Estêvão. Foto: «comjeitoearte».


O imóvel situado nas Escadinhas de Santo Estêvão, nº 14/16, na freguesia de Santa Maria Maior, tem a fachada revestida por azulejos, que criam um padrão de 2 x 2 azulejos estampilhados com desenhos florais. O imóvel é do séc. XIX, mas os azulejos foram colocados numa data posterior.




Azulejos de fachada em imóvel nas Escadinhas de Santo Estêvão, nº 14/16. Foto: «comjeitoearte».

Escadinhas de Santo Estêvão. Negativo de gelatina e prata sobre vidro. Prova em albumina (13 x 18 cm). Autor: Machado & Souza. AML Arquivo Municipal de Lisboa


A fotografia mostra o imóvel nº 14/16, num registo diferente da foto do «comjeitoearte». A colocação de azulejos é posterior à data desta fotografia (19 de Janeiro de 1899). 



Escadinhas de Santo Estêvão. Negativo de gelatina e prata em acetato de celulose (6 x 6 cm). Autor: António Castelo Branco. AML Arquivo Municipal de Lisboa

A fotografia abrange uma área ocupada por vários imóveis nas Escadinhas de Santo Estêvão. Em primeiro plano, frades de pedra. Ao lado esquerdo, vemos o nº 14/16 já revestido com azulejos à data desta fotografia (195- ). 


Fonte:

http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Mobiliário Art Noveau | Émile Gallé e Josef Hoffmann




Aparador de mogno com talha e embutidos. Émile Gallé, c. 1900. - Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen

Émile Gallé (1844 Nancy, França – 1904 Nancy), foi um dos expoentes da Art Nouveau. Estudou no Lyceé Impériale em Nancy. Trabalhou para o seu pai, Charles Gallé Reinemer, na decoração de faianças e vidro. Entre 1864 e 1866, Gallé esteve em Weimar e estudou botânica, mineralogia e história de arte. Em 1886, viajou para Meseienthal, o centro Lorenense da produção de vidro. Na fábrica de vidro Burgun aprendeu a arte do vidro soprado. 

Libélula, mesa pedestal com três pés (primeira versão). Madeira de nogueira, várias incrustações de madeira e madrepérola. Émile Gallé - Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique


Alistou-se no exército para combater na guerra franco-prussiana e um ano depois representou a empresa da família na secção «Art de France» na  « First Anual International Exposition» em Londres. Em 1873, por influência de Émile, o seu pai fundou em Nancy uma nova fábrica de vidro, e quatro anos depois, Gallé tornou-se director da empresa da família. 



Cómoda intitulada O Sangue da Arménia ou O Campo de Sangue, apresentada na Exposição Mundial de 1900. Madeira de nogueira da Turquia, marchetaria e onix. Émile Gallé. A peça tem a inscrição: «Cuidado com as trevas, cuidado», Victor Hugo.  - Petit Palais Musée des Beaux-Arts de Paris.


Em 1878, recebeu quatro medalhas de ouro na «Exposition Universelle» em Paris. O seu grande sucesso levou-o a construir oficinas maiores, para aumentar a capacidade de produção, e em 1884, comprou um terreno para a sua nova oficina de marcenaria. 



Lit papillon - Cama do alvorecer ao crepúsculo (1903-1904). O alvorecer é evocado por duas borboletas entrelaçadas sobre um ovo, simbolizando a vida e o nascimento, no pé da cama. O crepúsculo é representado por uma borboleta nocturna com a cabeça inclinada para baixo, evocando o fim da vida, na cabeceira da cama. Madeira de ébano e pau-rosa, com incrustações de madrepérola e vidro. Émile Gallé - Musée de l' Ecole de Nancy - Wikipédia

O mobiliário de Gallé destacava-se pelo design requintado, cuja decoração com embutidos era inspirada em formas de plantas e animais. Esteve pela primeira vez exposto na «Exposition Universelle» em 1889, onde foi também premiado pelo seu novo design de vidro com técnicas muito inovadoras. Nesta exposição para além de receber o Grand Prix recebeu a «Legion d’Honneur». Em 1900, participou na Exposição Mundial onde apresentou uma peça de mobiliário intitulada O Sangue da Arménia ou o Campo de Sangue. A peça tem a inscrição: «Cuidado com as trevas, cuidado», Victor Hugo.este ano foi premiado com dois Grand Prix e uma Medalha de Ouro.



Espigas de trigo, buffet. Madeira de nogueira da Turquia, várias incrustações de madeira, decorações de espigas de trigo em bronze patinado. Émile Gallé Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique

Em 1901 fundou a «Alliance Provinciale des Industries d’Art» com Antonin Daum, Louis Majorelle e Eugéne Vallin- mais tarde conhecida como École de Nancy - tornando-se no primeiro presidente. Numa das suas últimas criações, a cama Aube et Crépuscule (1903-1904) podemos verificar a evolução na qualidade técnica e artística de Émile.
Após a morte de Gallé, aos 58 anos, a sua esposa Henriette Gallé deu continuidade ao trabalho do marido. Também reuniu todos os estudos e projectos publicando-os sob o título "Escritos de Arte".


Espigas de trigo, sala de jantar. Madeira de nogueira, várias incrustações de madeira, decorações de espigas de trigo em bronze patinado. Émile Gallé Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique


Josef Hoffmann (1870 Pimitz, Morávia – 1956 Viena), iniciou os estudos de arquitectura em 1887 e continuou o seu percurso na Academia de Belas Artes de Viena, onde foi aluno de Otto Wagner. Formou-se em 1895, fundou o grupo Siebener Club, um precursor da futura Secessão de Viena, e viajou com Josef Olbrich para Itália, onde venceu o Prix ​​de Rome



Escrivaninha, 1905. Madeira de carvalho. As portas laterais do alçado têm vidros coloridos decorados com molduras ovais. Josef Hoffmann. - Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença

Em 1897, foi co-fundador da Secessão de Viena (Sociedade de Belas Artes Austríaca) e trabalhou no atelier de arquitectura de Otto Wagner. Entre 1899 e 1936 Hoffmann ensinou arquitectura e design na Kunstgewerbeschule (Universidade de Belas Artes de Viena) em Viena. 


Baú para fotografias, 1902. Madeira com folheado no bordo e níquel prata. Josef Hoffmann. Este baú foi incluído na instalação da Secessão de Viena na Exposição de Arte e Indústria de 1902 no Palais des Beaux-Arts em Düsseldorf, Alemanha. - Art Institute Chicago

Viajou para Inglaterra no ano de 1900 e neste país encontrou-se com membros da Arts & Crafts Mouvement britânico. Convidou Charles Rennie Mackintosh e Charles Ashbee para fazer o design das instalações para a VIII Exposição da Secessão a realizar em Viena no ano de 1900.



Mesa de centro (faz parte de um conjunto de móveis que inclui duas poltronas e um sofá), 1903. Madeira, madeira ebonizada, mármore e latão niquelado. Dimensões: 59,7 x 65,4 x 65,4 cm. Josef Hoffmann. -  The Metropolitan Museun of Art MMA


Hoffmann e Koloman Moser fundaram, em 1903, a Wiener Werkstätte onde Josef tinha funções de director artístico, sendo um dos mais criativos designers desta oficina cooperativa. Algumas das criações em metal de Josef para a cooperativa, eram obras arquitectónicas, enquanto outras mais acessíveis, incorporavam um padrão tipo grelha que foi usado em muitas das suas peças como a cadeira Sitzmaschine para a Jacob & Josef Kohn


Cadeira Sitzmaschine modelo No 670 para a Jacob & Josef Kohn, c. 1908. Josef Hoffmann. - Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen

Após abandonar a Secessão de Viena, em 1905, fundou a Kunstschau com o pintor Gustav Klimt. Tornou-se membro fundador do Deutscher Werkbund e foi presidente da Osterreichischer Werkbund entre 1912 e 1920. Participou em diversas exposições internacionais entre 1914 e 1930.

Mod. 728. Cadeira "Fledermaus" para J&J Kohn, Josef Hoffman e Gustav Siegel, Áustria, por volta de 1907. Madeira e tecido. Josef Hoffmann. 1+1 design gallery 

Nas suas criações a interpretação original da Arte Nova antecipa os cânones do design funcional. Hoffmann foi uma personalidade fundamental da arquitectura e do design austríaco do início do século XX. A sua vasta obra arquitectónica inclui o Sanatório Purkersdorf (1904), o Palais Stoclet, em Bruxelas (1905-1911) e o bar do Cabaret Fledermaus, em Viena (1907).


Arquitectura do teatro. Bar do Cabaret Fledermaus, em Viena. Vista interior, bar e bengaleiro. Josef Hoffmann. Postal, nº 74, 1907. Dimensão: 9 X 14 cm. Papel/Impressão a cores. Editor: Wiener Werkstätte. -  Theater Museum, Viena
Arquitectura do teatro. Bar do Cabaret Fledermaus, em Viena. Vista interior, auditório com palco. Josef Hoffmann. Postal, nº 67, 1907. Dimensões: 9 X 14 cm. Papel/Impressão a cores. Editor: Wiener Werkstätte. - Theater Museum, Viena



Fontes:

https://en.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Gall%C3%A9

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lit_%22Aube_et_Cr%C3%A9puscule%22_dEmile_Gall%C3%A9_(mus%C3%A9e_de_lEcole_de_Nancy)_(7915362932).jpg

https://www.fine-arts-museum.be/fr/la-collection/artist/galle-emile-1?letter=g

https://www.fine-arts-museum.be/fr/la-collection/emile-galle-salle-a-manger-aux-epis-de-bles?artist=galle-emile-1

http://www.petitpalais.paris.fr/oeuvre/commode-le-champ-du-sang-ou-le-sang-d-armenie


https://www.1plus1.gallery/

https://www.metmuseum.org/

https://www.artic.edu/artworks/117412/chest-for-photographs

https://www.theatermuseum.at/onlinesammlung/?query=all_persons%3AJosef+Hoffmann&no_cache=1&id=11694

Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença

Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Azulejos em Lisboa | Santa Catarina

Fotos : «comjeitoearte»


Azulejos de fachada (séc. XIX) em imóvel situado na Rua do Sol a Santa Catarina, nº 4, na freguesia da Misericórdia.

O friso Arte Nova tem padrão de flores, nas cores rosa e verde.
 

Detalhe do padrão de azulejos.



Rua do Sol a Santa Catarina, nº 4 - Google Maps


Azulejos de fachada (séc. XIX) em imóvel situado na Calçada do Combro, nº 49, com gaveto para a Travessa de Santa Catarina (escadinhas), freguesia da Misericórdia.

Fotos: «comjeitoearte»


Padrão nas cores azul e branco, com desenho na diagonal, formado por quatro azulejos, na parte superior do prédio. A cercadura apresenta fita com flores. No 1º andar, revestimento com azulejo marmoreado.


Detalhe da cercadura


Calçada do Combro, nº 49 - Google Maps


Fonte:
https://digitile.gulbenkian.pt/customizations/global/pages/index.html



domingo, 3 de maio de 2020

Mobiliário Art Noveau | Louis Majorelle e Gustav Siegel

Conjunto Art Noveau, composto por escrivaninha, cadeira e biombo, do designer Louis Majorelle. É evidente a elegância das proporções, a leveza das linhas e o bom gosto dos seus bronzes. O grande Livro da Decoração. Ed. Selecções do Reader's Digest, 1974.

Louis Majorelle (Toul, 1859 – 1926, Nancy), estudou pintura em Nancy e posteriormente na Escola de Belas Artes de Paris, entre 1877 e 1879. Após a morte de seu pai Auguste Majorelle, em 1879, Louis assumiu o negócio de mobiliário e cerâmica da sua família, em Nancy. 


Puxador Majorelle. Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença

Influenciado pela obra de Emíle Gallé, iniciou a produção de design Art Noveau. A sala que exibiu na Exposition Universelle et Internacionale de Paris 1900, tinha como tema um lírio de água (nenúfar). O sucesso alcançado na Exposição fez o negócio prosperar, e este facto levou à abertura de várias lojas em toda a França.

Conjunto de mobiliário realizado em mogno com aplicações de bronze dourado sobre o tema nenúfares. Esta criação é um exemplo do desenvolvimento e do sucesso da produção de mobiliário de Louis Majorelle em 1900. - Musée de L'École de Nancy.


Em 1901, Louis foi nomeado vice-presidente da École de Nancy, e em 1903, expõe o seu mobiliário e iluminação de bronze dourado em Paris, por ocasião da exposição da escola.

A produção da fábrica é interrompida depois de um incêndio em 1916, e retomada após a I Guerra Mundial.

Por volta dos anos 20, o trabalho de Majorelle já reflecte influência do novo estilo Art Deco.





Armário de Apoio com cortina de ripas deslizantes, embutidos de 'penas de pavão', mogno e courbaril com aplicações em bronze dourado, ca. 1901, sobre o tema lírio de água. Designer Louis Majorelle. - Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique.


Louis Majorelle construiu uma casa de família em Nancy, a Villa Majorelle, por vezes apelidada de Villa Jika em homenagem à sua mulher Jane Kretz.

Após a morte de Louis Majorelle, em 1926, a produção de design sofisticado e caro manteve-se sem deixar de produzir peças mais sóbrias e acessíveis.




Vitrine em mogno com painéis folheados a courbaril e aplicações em bronze dourado, 1902, sobre o tema lírio de água. Designer Louis Majorelle. - Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique.


Gustav Siegel (Viena, 1889 – Viena, 1970), estudou na Kunstgewerbeschule (Escola de Artes) em Viena entre 1897 e 1901. Nesta cidade, foi admitido nas aulas de arquitectura de Josef Hoffmann, e em 1899, foi chefe do departamento de design da Jacob & Josef Kohn (empresa de móveis ao estilo vienense). 


Modelo 415/2. Madeira dobrada, tecido, metal, 1907. Designer Gustav Siegel. - Phillips


Desenhou um conjunto de móveis, para a companhia, que foram apresentados na Exposition Universelle et Internacionale de Paris 1900. O quarto exibido por Siegel, apresentava móveis de madeira curvada com secções quadradas, algo inovador para a época e, por isso, reproduzido por muitos designers.


Quarto desenhado por Siegel para o stand da Jacob & Josef Kohn, na Exposition Universelle et Internacionale de Paris,1900.- Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen

Entre os designs mais conhecidos da companhia está a mobília No 728 (1905-1906). O conjunto de mobília No 415, executada por Siegel, foi apresentada na The Studio em 1908.
Siegel foi responsável por vários posters e publicidade da companhia  Jacob & Josef Kohn.


Modelo 728, cadeira "Fledermaus" para J & J Kohn, Josef Hoffman e Gustav Siegel. - 1plus1gallery

Poltrona. Madeira de faia com estofamento de couro, 1900 -1916 Designer Gustav Siegel. Fabricada por Jacob & Josef Kohn - The Art Institute of Chicago


Fontes:

https://musee-ecole-de-nancy.nancy.fr/accueil-2676.html

https://www.fine-arts-museum.be/fr/la-collection/louis-majorelle-grand-meuble-dappui-nenuphar?artist=majorelle-louis

https://www.fine-arts-museum.be/fr/la-collection/louis-majorelle-vitrine-nenuphar-4?artist=majorelle-louis

www.phillips.com

www.1plus1.gallery


https://www.artic.edu/artworks/154052/armchair

O grande Livro da Decoração. Ed. Selecções do Reader's Digest, 1974.

Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença

Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen

sábado, 2 de maio de 2020

Mobiliário Art Noveau | Eugène Gaillard e Georges de Feure


Canapé (1900). Designer Georges de Feure. (Sala de Estar para senhoras apresentada no Pavilhão de l'Art Noveau de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900). Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença


Samuel Siegfried Bing (Hamburgo, 1838 –Vaucresson, 1905) iniciou a sua vida na empresa de cerâmica da família Bing, em França. A sua função foi interrompida durante a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).

A partir da década de setenta, iniciou a actividade de importação e venda de artigos orientais, especialmente arte japonesa, em  Paris.  Em 1895, abriu a famosa galeria Maison d’Art Noveau, situada na Rue Provence, 22.  Bing comercializava obras artísticas de René Lalique, de William Morris, de Louis Tiffany, móveis em estilo Art Noveau de Émile Gallé, entre outros. 

Pavilhão de l'Art Noveau de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900. Entrada principal (pintura de G. de Feure) - Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen

O Pavillon de l’Art Noveau de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris (15 de Abril de 1900 a 12 de Novembro de 1900), teve um enorme sucesso. Neste espaço, composto por seis divisões, designers como Eugéne Gaillard, Edward Colonna e Georges de Feure, apresentaram móveis modernos, texteis e objectos de arte.

Em 1904, Bing passou o negócio para o seu filho Marcel, que em conjunto com Louis Majorelle, criou uma nova sala de exposições.

A empresa de S. Bing foi determinante no desenvolvimento do estilo artístico Art Noveau.


Pavilhão de l'Art Noveau de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900. A decoração da fachada foi realizada por Georges de Feure - Worldfairs.info

Georges de Feure (nome real Georges Joseph van Sluijters, Paris, 1868 – Paris, 1943), filho de um arquitecto holandês, iniciou a sua vida numa oficina de encadernação em Haia. Em 1891, mudou o seu nome para Van Feure e mais tarde para Feure. Tornou-se ilustrador para os jornais Le Courrier Français e Le Figaro Illustré, criou cartazes, desenhou mobiliário no estilo Art Noveau e aviões franceses.


Sala de Estar para senhoras. Designer Georges de Feure. Apresentada no Pavilhão de l'Art Noveau de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900. Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen



Puxadores e outros acessórios para móveis, ca. 1900. Prata galvanizada em cobre fundido. Designer Georges de Feure. Victoria and Albert Museum - V&A

A partir de 1900 chefiou o departamento de design da Maison d’Art Noveau. O seu reconhecimento como artista de cartazes, levou Siegfried Bing a confiar-lhe a realização da fachada do Pavilhão de Bing (1900). Foi responsável pelo design de duas salas no Pavilhão de Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris (1900). As suas criações foram muito elogiadas pelos críticos.


Design para um corredor com detalhes de ferro forjado, ca. 1925.  Grafite, tinta, aguarela e tinta metálica. Designer Georges de Feure - The Metropolitan Museum of Art - MET


Na década de vinte, Feure assume o cargo de director da empresa Schwartz-Haumont, fabricante de objectos em ferro forjado. Nesta etapa da sua vida realiza o design de um corredor, com uma estante de ferro forjado, mesa e suporte de guarda-chuva.



Cadeira, ca. 1905. Designer  Eugène Gaillard. Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen


Eugène Gaillard (Paris, 1862 – Paris, 1933), abandonou a sua carreira jurídica para dedicar-se à escultura durante 10 anos. Após este período, tornou-se designer de interiores, têxteis e mobiliário Art Noveau.


Pedestal para J. P. Christophe, ca. 1901 - 1902.   Designer  Eugène Gaillard. Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen


Expôs no Pavilhão de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris (1900), ao lado de outros designers conceituados. 


Sala de Jantar. Móveis do designer Eugène Gaillard. Apresentada na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900. - Victoria and Albert Museum - V&A


A decoração das suas peças de mobiliário realizadas entre 1900 e 1914, foi inspirada em formas naturais sem imitar ou copiar a natureza. O mobiliário elegante para além de um grande sentido plástico, possui estruturas refinadas.


Móvel de Sala de Jantar ( mogno, vidro e bronze) Designer Eugène Gaillard. Apresentado na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900. - NationalMuseum
Puxador Gaillard.   Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença


Gaillard foi membro fundador da Société des Artistes Décorateurs e expôs as suas criações no salão de exposições da organização.


Quarto. Designer Eugène Gaillard. Apresentado no Pavilhão de l'Art Noveau de Siegfried Bing na Exposition Universelle et Internacionale de Paris de 1900. Fiell, Peter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen



Fontes:

https://www.worldfairs.info/expopavillondetails.php?expo_id=8&pavillon_id=2477

https://www.metmuseum.org/

https://www.vandaimages.com/index.asp

http://collections.vam.ac.uk/item/O124431/furniture-mount-feure-georges-de/

http://emp-web-22.zetcom.ch/eMuseumPlus?service=ExternalInterface&module=collection&objectId=11339&viewType=detailView

Guia de História do Mobiliário. Ed. Presença

FiellPeter & Charlotte. Design do século XX. Ed. Taschen