quinta-feira, 31 de julho de 2014

Exposições Julho/Setembro 2014

365. Uma Obra por Dia


O artista Konstantin Bessmertny, nascido na antiga União Soviética, é considerado um dos mais notáveis artistas em território asiático. 
A exposição 365. Uma Obra por Dia, mostra o trabalho realizado por Bessmertny, desde o dia 15 de Setembro de 2012 até 15 de Setembro de 2013. Cada obra é um testemunho dos pensamentos, ideias e acontecimentos experimentados por Bessmertny, ao longo de cada dia. O papel, sempre do mesmo formato, foi o suporte escolhido.

A exposição estará patente ao público até 14 de Setembro de 2014, no Museu do Oriente, em Lisboa.

 Série Livros


Yuan China-Taa nasceu em Taiwan. O artista, embora reconhecido no mundo artístico asiático, tem profundas ligações aos mais diversos aspectos do mundo artístico.
Na exposição Série Livros, Yuan mostra uma nova forma de intrepertar os livros antigos chineses. Os trabalhos apresentados incluem folhas soltas, papel texturizado, placas de aço, peças de cerâmica e álbuns de pintura chinesa. Ao longo do processo de trabalho com oficinas locais de papel artesanal, o artista descobriu novos materiais e fibras extraídos de plantas.

A exposição estará patente ao público até 14 de Setembro de 2014, no Museu do Oriente, em Lisboa.


Museu do Oriente 

Av. Brasília, Doca de Alcântara (Norte)
1350-352 Lisboa

Tel.: 213 585 200
Sítio Internet: http://www.museudooriente.pt/
 
A Entrada do Museu situa-se na fachada virada para a Av.24 de Julho.

 
 Os Saboias. Reis e Mecenas 
(Turim, 1730-1750)

Manufactura piemontesa. Carrinho de jardim para criança. Terceiro quartel do século XVIII. Madeira entalhada e esculpida, lacada e pintada a óleo, veludo e bronze (92 x 235 x 82Cm). Turim, Palazzo Madama - Museu Cívico d'Arte Antiga, Inv. 1410/L

A exposição Os Saboias. Reis e Mecenas (Turim, 1730-1750), foi realizada a partir dos acervos do Palazzo Madama, da Galleria Sabauda e de outros museus e residências reais italianas. Nesta mostra, poderão ser apreciadas mais de 100 obras-primas do Barroco italiano, evocando o papel da cidade de Turim na primeira metade do século XVIII, enquanto capital do Reino do Piemonte.

Criada especificamente para o MNAA pelo Palazzo Madama, de Turim, a exposição surge de uma parceria estabelecida entre as duas instituições.
A exposição estará patente ao público até 28 de Setembro de 2014.


Museu Nacional de Arte Antiga 
Galeria das Exposições Temporárias

Rua das Janelas Verdes
1249-017 Lisboa

Tel.: 213 912 800
Sítio Internet: http://www.museudearteantiga.pt/


Rotas de Polichinelo




A exposição apresenta uma mostra de marionetas europeias, com destaque para o famoso Dom Roberto. Estarão presentes os tradicionais Polichinelos de algumas cidades europeias, alguns deles quase desaparecidos. Estes pequenos heróis nasceram em Nápoles, durante o Renascimento.

A exposição estará patente ao público até 28 de Setembro de 2014.


Museu da Marioneta

Convento das Bernardas
Rua da Esperança, n° 146
1200-660 Lisboa

Tel.:  213 942 810
Sítio Internet: www.museudamarioneta.pt


Dissecção/Dissection
Vhils




Dissecção é a primeira exposição individual de Alexandre Farto – de nome artístico Vhils – numa instituição artística portuguesa e a maior realizada pelo artista até à data. A mostra apresenta um corpo de trabalho inteiramente novo, concebido especificamente para o espaço, exterior e interior, do museu.  
Alexandre Farto (1987), é conhecido pela intervenção urbana em paredes degradadas e outros suportes, tendo como expressão visual a pintura de graffiti.

A exposição estará patente ao público até 5 de Outubro de 2014.

Museu da Electricidade

Av. de Brasília, Central Tejo
1300-598 Lisboa

Tel: 21 002 81 90/30

Sítio Internet: http://www.fundacaoedp.pt/
 
 
Tapeçarias de Portalegre na obra de 
Vieira da Silva


Composition 1951. Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, 1981. Tapeçaria em lã policroma, 2.500 a 10.000 pontos por dm2.Trama decorativa de lã. Trama de ligação e teia de algodão (193x384 cm). Exemplar 1/6. Edição limitada de 6 exemplares mais 2 exemplares de autor. Col. Banco Santander Totta
A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva apresenta, em colaboração com a Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, a exposição de tapeçarias de Maria Helena Vieira da Silva. A exposição, com curadoria de Vera Fino, integra todas as tapeçarias realizadas na Manufactura e agora na posse de instituições e particulares. Exceptua-se a peça Êxodo (1981), que pela sua enorme dimensão não pode ser exposta no museu.

A Manufactura de Tapeçarias de Portalegre em 1946, fundada por Guy Fino e Manuel do Carmo Peixeiro, e ainda hoje se dedica a preservar e reabilitar a arte da tecelagem, e a reafirmar a técnica da tapeçaria como técnica artística original.

A exposição estará patente ao público até 25 de Outubro de 2014.

Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva

Praça das Amoreiras, 56
1250-020 Lisboa

Tel.: 213 880 044 / 53 / 213 841  490

 Sítio Internet: http://fasvs.pt/



 O Traço e a Cor - Desenhos  Aguarelas na Colecção Calouste Gulbenkian


Três Estudos da Cabeça de uma Jovem, França c. 1716-1717. Três lápis (pedra-negra, sanguínea e giz branco) e esfuminho sobre papel. Jean Antoine Watteau

Esta exposição apresenta um pequeno mas importante conjunto de desenhos e aguarelas, entre os séculos XVI e XX, adquirido por Calouste Gulbenkian, que será mostrado pela primeira vez como um todo. A exposição reúne obras de Dürer, Watteau, Ruisdael, Boucher, Fragonard, Guardi, Turner, Millet ou Jouve, entre muitos outros, artistas que pontuam, geográfica e cronologicamente, marcos decisivos na História da Arte do Desenho.

A exposição estará patente ao público até 21 de Setembro de 2014

Museu Calouste Gulbenkian
Galeria Exposiçãoes Temporárias do Museu
 
Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa


Tel.: 217 823 000


Sítio Internet: http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Homepage


HISTÓRIAS: Obras da Coleção de Serralves 
 Museu


Produzida a partir da Colecção de Serralves, "Histórias” é uma exposição em três partes em torno da importância da narrativa na produção artística dos nossos dias. (...) 
Em exposição estarão mais de 60 obras de pintura, escultura, instalação filme e vídeo, fotografia e performance, muitas recentemente incorporadas na Colecção, juntamente com algumas peças de artistas que se prevê venham a integrá-la.

A exposição estará patente ao público até 21 de Setembro de 2014.

SERRALVES
Museu, Casa e Parque

Morada Rua D. João de Castro
210 4150-417 Porto

Tel.: 226156500
 
Sítio Internet: http://www.serralves.pt/pt/



40 ideias, 40 imagens... 

Imagem da exposição. Arquivo AMTC

Uma exposição surpreendente onde se conjugam testemunhos que nos levam a refletir sobre a sociedade em que vivemos e o modo como nos relacionamos com o mundo.

A exposição é organizada pela Equipa Lúdico-Pedagógica do IPO do Porto e conta com o apoio do Museu dos Transportes e Comunicações.

A mostra estará patente ao público até  31 de Agosto de 2014.

Museu dos Transportes e Comunicações

Edifício da Alfândega / Piso 1 nascente
Rua Nova da Alfândega

4050-430 PORTO

Telf.:  223 403 000

Sítio Internet: http://www.amtc.pt/
Chapéus há muitos... Na colecção do museu



No acervo do Museu da Chapelaria, encontram-se peças de diferentes culturas do Mundo. As histórias de vida e as pessoas que usaram as peças, a proveniência geográfica e as comunidades culturais que os chapéus representam, são uma mais valia na compreensão do vasto universo do acervo do museu.. Nesta exposição são apresentados chapéus militares, religiosos, de uso profissional, de cerimónia de designers, desportivos e trajes populares

A exposição estará patente ao público até 5 de Outubro de 2014.

Museu da Chapelaria
Sala dos Usos Sociais

Rua Oliveira Júnior, nº 501
3700-204 S. João da Madeira

Tel.:  256 201 680 

 
Sítio Internet: http://museudachapelaria.blogspot.pt/




domingo, 27 de julho de 2014

A Calçada Portuguesa é um dos simbolos da cidade de Lisboa

Calçada portuguesa na Avenida da Liberdade (1930-1939). Prova em papel de revelação baritado ou sem barita com viragem ( sépia, selénio). Fotógrafo: Eduardo Portugal (1900-1958) - Arquivo Municipal de Lisboa, AML
No mês de Fevereiro de 2014, a Assembleia Municipal de Lisboa, aprovou o Plano de Acessibilidade Pedonal, com o objectivo de facilitar a mobilidade dos peões na cidade. As 100 medidas que integram o plano serão implementadas até 2017. 

Um dos pontos que tem gerado mais controvérsia, é a substituição da calçada portuguesa em algumas zonas da cidade de Lisboa. 
 
Com a finalidade de preservar o pavimento, o blogue Cidadania LX, publicou uma petição “Pela Manutenção da Calçada Portuguesa na Cidade de Lisboa!”.

 
Calçada portuguesa na Rua Barata Salgueiro. Negativo de gelatina e prata e nitrato e celulose.Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML

A calçada portuguesa é conhecida como um dos símbolos da cidade de Lisboa. Tal como o nome indica, é originária de Portugal. 

O início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais precisamente a Rua Nova dos Mercadores, ficou marcado pela cartas régias assinadas pelo rei D. Manuel I, em 20 de Agosto de 1498 e em 8 de Maio de 1500.


Calçada portuguesa em ziguezague. Castelo de São Jorge, (tropa em formatura) século XX. Negativo de gelatina e prata sobre vidro. Fotógrafo: Paulo Guedes (1886-1947) - AML

A calçada como hoje a conhecemos, com troços de pedra calcária traçando desenhos, nasceu em Lisboa, no ano de 1842.  O trabalho foi executado por reclusos, sob a orientação do Governador Militar do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. 

O pavimento então realizado, com desenhos em forma de ziguezague, era bastante original para a época. O sucesso deste facto, levou a que o militar fosse encarregado de pavimentar outras áreas da Baixa Pombalina.
 
Calceteiros britando a pedra na Avenida da Liberdade (1907). Negativo de gelatina e prata em vidro. Fotógrafo: Joshua Benoliel (1873-1932) Ilustração Portuguesa, 22 de Abril de 1907, pág. 501- AML

No início do século XX, o magazine semanal "Ilustração Portuguesa" (22 de Abril de 1907, pág. 500), elogiava o trabalho dos calceteiros, desta forma:

(…)Elle representa para nós mais que a obra material de um artífice vulgar, - a arte de dispor as ruas e os passeios da cidade de modo a não prejudicar os pequeninos pés das lisboetas que os pisam.
Dize-me por onde andas dir-te-hei os pés que tens. Há pezinhos minúsculos que parece terem sido feitos para só poisarem em flôres. Não o disse João de Deus?

Ah! não ser eu o mármore que pisas…
Calçava-te de beijos!

(…) Os nossos pés estão assim á mercê de suas excellencias; e parece que suas excellencias têm tão extremo cuidado no seu trabalho que de longes terras os veem procurar a Lisboa, como ainda não há muito aconteceu com o empreiteiro geral das novas avenidas do  Rio de Janeiro, que levou d'aqui um bando dos mais afamados calceteiros.    A mulher de Lisboa calça, de ordinário, muito bem; e não há em todo o paiz, terra que fabrique melhor calçado feminino.(…) Como seriam curiosas, para o estudo do pé alfacinha, as memórias de um calceteiro amável! (...)


Calceteiros assentando a calçada com grossos maços, na praça Dom João da Câmara (1907). Negativo de gelatina e prata em vidro. Fotógrafo: Joshua Benoliel (1873-1932) Ilustração Portuguesa, 22 de Abril de 1907, pág. 502 - AML

Os calceteiros aprendem as técnicas de partir a pedra e calcetar. Com o auxílio do martelo, fazem pequenos acertos na forma da pedra, e, com o ajuda de moldes em madeira, preenchem os espaços com as pedras de diferentes cores, formando os motivos no pavimento.

Moldes auxiliares na demarcação de desenhos e letras - Associação de Exploradores de Calçada à Portuguesa, AECP

Molde em madeira, caravela (1980) - Arquivo do ComJeitoeArte
Calçada portuguesa, a caravela. Armas da cidade de Lisboa. Praça Marquês de Pombal. Negativo de gelatina e prata e nitrato e celulose. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML
Pedra calcária, partida em forma de hexágono, usada na calçada sextavada (1980) - Arquivo do ComJeitoeArte
Pedra calcária usada na calçada sextavada (1980) - Arquivo do ComJeitoeArte
Molde em madeira (1980) - Arquivo do ComJeitoeArte
Molde em madeira (1980) - Arquivo do ComJeitoeArte

A calçada portuguesa converteu-se numa arte que ultrapassou fronteiras, pelo bom gosto dos padrões e frisos ricos em simetrias, pelos desenhos com caravelas, estrelas, peixes, flores, golfinhos, sereias, pássaros… 
A execução perfeita e a resistência do material, foram outros dos factores para o sucesso desta arte. 

Os mestres calceteiros portugueses, são solicitados para o ensino, realização e difusão da calçada além-fronteiras.


 
Estrelas no empedrado do Largo de São Domingos. Calçada portuguesa (1940). Negativo de gelatina e prata sobre nitrato de celulose. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML


Peixes no empedrado da Praça do Comércio (1940). Calçada Portuguesa. Negativo de gelatina e prata e nitrato e celulose. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML

Sereia no empedrado da Praça Luís de Camões (1965). Calçada portuguesa. Fotógrafo: Armando Serôdio (1907-1978) - AML

Calçada Portuguesa, base monumento ao Restauradores (1940). Negativo de gelatina e prata e nitrato e celulose. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML

Calçada portuguesa na Avenida da Liberdade (1944). Negativo de gelatina e prata sobre nitrato de celulose. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML

Calçada portuguesa na cidade de Lisboa (1980). Arquivo do ComJeitoeArte


Calçada portuguesa, cruzetas. Rua de São Pedro de Alcântara (1944). Negativo de gelatina e prata sobre nitrato de celulose. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML

Ao longo dos tempos, a calçada portuguesa motivou os escritores, sendo com frequência mencionada na literatura portuguesa. É descrita por Joaquim Azinhal Abelho (1911-1979),  desta forma:

(…)
A imaginária portuguesa estende-se pelas ruas da cidade em desenhos brancos e pretos, feitos de pedra sim, pedra não.
Quadrados, círculos, silvas, alegorias e esquemas, bordam, recortam e sobressaem das faixas e passeios, onde os habitantes dos aglomerados tomam o nome de cidadãos.
(…)

É a voz do povo a exclamar:

Esta rua tem pedrinhas,
Esta rua pedras tem…
Das pedras não quero nada,
Mas da rua quero alguém.
(…)

Mais ainda:

As Pedras da tua rua,
Não sei que têm comigo;
Já andam desconfiadas
Que eu ando de amores contigo.

(…)

O Rossio era um bordado aos ésses – ondas largas e ondas estreitas.
Este desenho foi levado para o Rio de Janeiro, onde os mesmos ésses – ondas largas e ondas estreitas – constituem um motivo que atesta a sua origem lusíada.
Subimos ao Chiado. Artéria de bom tom e da alta roda. A época romântica esquematiza-se nos gráficos em forma de losangos, que muito se parecem com estampas arrendadas.
Na Avenida da Liberdade, as grandes faixas do Passeio Público deram a sequência dos recortes à francesa. Aqui há de tudo. Legendas com frases, alegorias míticas, ornatos geométricos e cantos enramados.
Por todas essas vias o bordado sobressai. Do Terreiro do Paço a “24 de Julho”, do Camões à Estrela, os calceteiros camarários enfeitaram a cidade, fazendo primores com a sua arte, que nos vem de séculos e se mantém viva. Ainda agora, na construção da Praça do Império, em Belém, lá vemos no basalto os signos do Zodíaco com a Esfera Armilar. E, também no parque Eduardo VII a vista se perde e se encanta, nas paralelas pretas e brancas, com incidentes gregos.
(…)
É possível que tal artesanato nos venha em testamento de gregos e romanos. Mas o artesão português individualizou-a, dando-lhe graça e pitoresco próprios, que se institui em caso nacional.
(…)
Anuncia-se que uma nova era vai surgir na arte dos calceteiros. As pedras serão dentro em pouco coloridas? Lisboa vai parecer irisada.
                                                                                                        Abelho (1968: 17-19)
Abelho, Azinhal, 1968, Lisboa num cravo de papel. Lisboa: Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa 

Praça D. Pedro IV - Rossio, panorâmica (2002). Calçada portuguesa com padrão Mar Largo. Diapositivo cromogéneo em acetato de celulose. Autor: Lejona, Andres - AML

Calçada portuguesa na Praça Duque da Terceira - Estação do Cais do Sodré (194-). Prova em papel de revelação baritado ou sem barita. Fotógrafo Amadeu Ferrari (1909-1984) - AML

Calçada portuguesa no início da Avenida da Liberdade (1940-1959). Negativo de gelatina e prata em vidro. Fotógrafo: António Passaporte (1901-1983) - AML

Calçada portuguesa no Largo do Chiado (1953). Ao centro, a estátua do poeta António Ribeiro "O Chiado" (1520?-1591). Escultor: António Augusto da Costa (1862-1930).Negativo de gelatina e prata sobre nitrato de celulose. Fotógrafo: Benoliel, Judah (1890-1968) - AML


 Rosa dos Ventos com o Mapa do Mundo.Calçada portuguesa. Padrão dos Descobrimentos -  Autor: www.GlynLowe.com  - Wikimedia Commons

Jardim Praça do Império. Calçada portuguesa (signos do Zodíaco e a Esfera Armilar) - Fotógrafo: João Dias - Wikimedia Commons

No intuito de possibilitar a preservação de uma arte tradicionalmente lisboeta, a Câmara Municipal de Lisboa pôs em funcionamento a primeira Escola de Calceteiros, no ano de 1986, com instalações na Casa Pia – Secção da Madre de Deus.

A actual Escola de Calceteiros, situada na Quinta Conde dos Arcos, continua a ensinar a arte de calcetar, e a divulgar a calçada portuguesa.

Pavimentação de um passeio na Avenida da Liberdade (1959). Calçada portuguesa. Negativo de gelatina e prata em acetato de celulose. Fotógrafo: Benoliel, Judah (1890-1968) - AML
Desenho do empedrado da Praça Marquês e Pombal (1960). Negativo de gelatina e prata em acetato de celulose. Fotógrafo: Armando Serôdio (1907-1978) - AML
Desenho do empedrado da Praça Marquês e Pombal (1960). Negativo de gelatina e prata em acetato de celulose. Fotógrafo: Armando Serôdio (1907-1978) - AML
Desenho do empedrado da Praça Marquês e Pombal (1960). Negativo de gelatina e prata em acetato de celulose. Fotógrafo: Armando Serôdio (1907-1978) - AML
Desenho do empedrado da Praça Marquês e Pombal (1960). Negativo de gelatina e prata em acetato de celulose. Fotógrafo: Armando Serôdio (1907-1978) - AML

Em Cristalizações, poema de José Joaquim Cesário Verde (1855-1886), o trabalho dos calceteiros também é referido:

Cristalizações

Faz Frio. Mas, depois de uns dias de aguaceiros,
Vibra uma imensa claridade crua.
De cócoras, em linha os calceteiros,
Com lentidão, terrosos e grosseiros,
Calçam de lado a lado a longa rua
(…)
Bom tempo. E os rapagões, morosos, duros, baços,
Cuja coluna nunca se endireita,
Partem penedos; cruzam-se estilhaços,
Pesam enormemente os grossos maços,
Com que outros batem a calçada feita.
(…)                                                     Verde (1968: 84-88)

Verde,José Joaquim Cesário Verde, 1968. Obra Completa, 4ª edição. Universidade de Brasília. 
Dominio publico.

Grupo de calceteiros na Praça Dom João da Câmara (1907). Negativo de gelatina e prata em vidro. Fotógrafo: Joshua Benoliel (1873-1932) Ilustração Portuguesa, 22 de Abril de 1907, pág. 501- AML
Praça dos Restauradores (2005). Autor: Tiseb (Calçada portuguesa com desenho de padrão da autoria de João Abel Manta). Wikimedia Commons
Calçada à portuguesa, com desenho de padrão da autoria do pintor João Abel Manta, na Praça dos Restauradores. (2009) Foto: Gabriele Luvara -  Wikimedia Commons
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cal%C3%A7ada_portuguesa
http://www.aecp.org.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Azinhal_Abelho
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3694236
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jardim_Pra%C3%A7a_do_Imp%C3%A9rio_012_(7258597808).jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AViews_From_The_Sea_Discoveries_Monument_-_Wind_Rose_World_Map_(7537904330).jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ARestauradores-CCBYSA.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Passeio_da_Pra%C3%A7a_dos_Restauradores.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Ribeiro_Chiado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ces%C3%A1rio_Verde
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp 


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Monogramas. Revista "Modas e Bordados", década de 1940 - I

"Modas e Bordados" nº 1667, de 19 de Janeiro 1944. Letras C - G (imagem tratada digitalmente).

Ao folhear revistas do século passado, encontrei monogramas desenhados manualmente, com sobreposição, combinação e agrupamento de duas e três letras.  

Refiro-me à publicação periódica "Modas e Bordados - Vida Feminina", suplemento do jornal "O Século", que inclui moda, artes e assuntos femininos. A pedido das assinantes, publicava uma grande variedade de moldes, desenhos, esquemas, monogramas...  


A escritora e jornalista Maria Lamas (1893-1985), foi directora de "Modas e Bordados" entre 1928 e 1947.

Partilho convosco alguns monogramas, e as capas das publicações onde estão incluídos. 
Em breve, voltarei a este tema... 

 
"Modas e Bordados" nº 1667, de 19 de Janeiro 1944 . Na capa: Pastorinha - um dos quadros mais admirados na notável exposição (na rua de D. Pedro V) de desenhos e aguarelas de Raquel Roque Gameiro.


"Modas e Bordados" nº 1598, de 23 de Setembro 1942. Letras A - P (imagem tratada digitalmente)


"Modas e Bordados" nº 1598, de 23 de Setembro 1942. Na capa: Chapéu de feltro preto, com enfeite dourado, prendendo uma fita de veludo, também preta, que atravessa a copa e cai junto do rosto. (Modelo de Horn - Berlim)

"Modas e Bordados" nº 1613, de 6 de Janeiro 1943. Letras A - D (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1613, de 6 de Janeiro 1943. Na capa: Vestido de linha desportiva em lã cor de alfazema e cinto castanho "clouté" dourado. Turbante de veludo e penas. Modelo da Casa Bobone de Lisboa. Cliché Silva Nogueira.


"Modas e Bordados" nº 1614, de 13 de Janeiro 1943. Letras A - E (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1614, de 13 de Janeiro 1943. Na capa:  Eunice Colbert, figura gentil do nosso teatro, apresenta um delicioso chapéu de inverno. (Foto Silva Nogueira).

"Modas e Bordados" nº 1636, de 16 de Junho 1943. Letras A - M - F (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1636, de 16 de Junho 1943. Letras A - M - F (imagem tratada digitalmente).
 
"Modas e Bordados" nº 1636, de 16 de Junho 1943. Na capa: Graciosa atitude duma discípula da professora de dança, D. Margarida de Abreu. (Cliché Silva Nogueira)

"Modas e Bordados" nº 1725, de 28 Fevereiro 1945. Letras R - V (imagem tratada digitalmente).

 "Modas e Bordados" nº 1778, de 6 de Março 1946. Letras A - R (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1778, de 6 de Março 1946. Letras M - O (imagem tratada digitalmente) .



 "Modas e Bordados" nº 1778, de 6 de Março 1946. Letras F - A (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1778, de 6 de Março 1946. Na capa: Vestido de jantar ou baile, de uma grande distinção. (Exclusivo da INP para Modas e Bordados)



"Modas e Bordados" nº 1792, de 12 de Junho 1946. Letras J - B (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1792, de 12 de Junho 1946. Na capa: Maria Luísa Valente, dos Grandes Armazéns do Chiado, grande prémio (1000$00) da V Festa das Costureiras. (Foto Silva Nogueira).

"Modas e Bordados" nº 1811, de 23 de Outubro 1946. Letras M - P (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1811, de 23 de Outubro 1946. Na capa: Dois modelos da casa Hardy Amies, de Londres: um "tailleur" à esquerda, de linhas simples, e um vestido-casaco, à direita, guarnecido com fita da veludo num tom mais escuro. (Exclusivo da Reuterphoto, para "Modas e Bordados").


"Modas e Bordados" nº 1835, de 9 de Abril 1947. Letras R - M (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1840, de 14 de Maio 1947. Letras M - C (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1840, de 14 de Maio 1947. Letras L - O (imagem tratada digitalmente).

"Modas e Bordados" nº 1835, de 9 de Abril 1947. Na capa: A Léninha e o seu jardim - imagem encantadora da história desta Primavera. (Cliché de Carlos José Peres).


Monogramas em forma de circulo, aqui.
Monogramas em forma de polígono, aqui.