Foto de José Rodrigues por Carlos Relvas |
José Rodrigues de Carvalho (Lisboa, 16 de Julho de 1828 — Lisboa, 19 de Outubro de 1887) foi um pintor português da época romântica.
José Rodrigues era filho de Apolinário José de Carvalho e de Maria Leonarda. Casou em 1863 com D. Maria José Rodrigues, filha de José Rodrigues da Rocha, da qual teve três filhos.
José Rodrigues era filho de Apolinário José de Carvalho e de Maria Leonarda. Casou em 1863 com D. Maria José Rodrigues, filha de José Rodrigues da Rocha, da qual teve três filhos.
Entrou para a Academia Real de Belas-Artes em Lisboa,
como aluno voluntário em 1841, onde foi discípulo dos pintores António
Manuel da Fonseca, André Monteiro da Cruz e Francisco Vasques Martins.
Aos catorze anos de idade, no concurso de desenho histórico, ganhou um
prémio na cópia de baixo-relevo, passando de aluno voluntário a aluno
ordinário. No ano lectivo de 1845/1846 recebeu um prémio, tendo passado
para o ensino superior na aula de pintura histórica.
Auto-retrato (com 19 anos de idade) - Colecção particular de João Carvalho |
Auto-retrato, óleo, século XIX - Colecção particular de João Carvalho |
O Cego Rabequista, óleo sobre tela, 1855 - MNAC, Museu do Chiado |
Na conferência de Agosto de 1849, a Academia premiou o quadro Aparição do Anjo S. Gabriel ao profeta Daniel, com a medalha de ouro; foi condecorado neste ano com a medalha de ouro, pela rainha D. Maria II.
Na exposição promovida pela Associação Industrial Portuense, José Rodrigues obteve a medalha de prata com distinção.
Em 1865, a Conferência Geral da Academia nomeou-o "Académico de Mérito".
Na exposição promovida pela Associação Industrial Portuense, José Rodrigues obteve a medalha de prata com distinção.
Em 1865, a Conferência Geral da Academia nomeou-o "Académico de Mérito".
Na Exposição Universal de Paris, colectiva de 1855, expôs pela primeira vez o quadro intitulado O Cego Rabequista (Museu do Chiado), que foi muito bem recebido pelo público. O êxito da
obra justificou uma segunda exibição em Paris, e a sua subsequente
compra por D. Fernando de Saxe-Coburgo (D. Fernando II).
Retrato de D. Pedro V, óleo sobre tela, século XIX - Localização desconhecida |
Retrato de D. Luis I, óleo sobre tela, 1864 - Museu de Aveiro |
Retrato de D. Luis I, óleo sobre tela, 1869 - Palácio Nacional da Ajuda |
Pela sua notoriedade na pintura do retrato, recebeu uma série de encomendas particulares, como o da Condessa de Farrobo, D. Maria II, D. Pedro V e D. Luís I. Dedicou-se igualmente a pintura de paisagens, naturezas-mortas, alegorias, temas históricos e religiosos.
Um retrato, pintado por José Rodrigues em 1866, representando o rei D. Luís, foi colocado na Sala do Senado (Assembleia da República). Projectada pelo arquitecto Jean François Colson, para acolher a Câmara dos Pares, a Sala do Senado resulta da reformulação da Sala do Capítulo do convento beneditino, e foi inaugurada em 1867.
Retrato de D. Luís I - Sala do Senado da Assembleia da República |
Retrato de D. Luís I, Sala do Senado da Assembleia da República |
A Câmara Municipal de Lisboa encomendou a José Rodrigues a pintura dos tectos do Salão Nobre e Sala das Sessões. O tecto do Salão Nobre, "apresenta ao centro uma grande pintura alegórica da cidade, denominada por Exaltação de Lisboa, constituída por uma figura de mulher que ocupa o plano central da composição, representando Lisboa segurando a Cidade e retratando as actividades mais significativas desta cidade, estando simbolizadas a Navegação, o Comércio e a Indústria, numa relação estreita com o Tejo, a Fama e os Génios, incluindo ainda alusões à inspiração literária, à poesia, à pintura e à escultura".(Paços do Concelho, século XIX).
José Rodrigues, viveu e faleceu na sua morada da Rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa.
Estudo para o tecto da Câmara Municipal de Lisboa, século XIX - Colecção particular de João Carvalho |
Paços do Concelho, tecto do Salão Nobre com a alegoria, Exaltação da Cidade de Lisboa, pintada por José Rodrigues. Pintada em 1886. Foto de Francisco Leite Pinto - Arquivo Municipal de Lisboa |
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