Fernando Martins - futuro Santo António (Lisboa, 1195? - Pádua, 1231), viveu na primeira metade do século XIII. Foi frade agostinho no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, de onde transitou para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Tornou-se franciscano cerca de 1220. Depois de viver em Portugal, viajou por Itália e França. Foi viver para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu. Leccionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro doutor da Igreja franciscano. Foi canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer.
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Santo António, 1884-1905. Peça em barro, moldada e modelada. Autor: Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro. Fábrica de Faianças da Caldas da Rainha - Museu da Cerâmica |
Em 1400, na Flandres, os atributos antonianos eram o livro - o qual representaria o Evangelho ou a Bíblia, e a sabedoria de António como doutor da Igreja - o lírio - como símbolo da pureza, pobreza e castidade - a chama e o coração. A chama e o coração, poderiam significar o seu amor intenso e o sacrifício a Deus da sua própria vida. Estes dois atributos desapareceram mais tarde.
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Santo António, séc. XX. Peça em
barro policromado. Autora: Rosa Ramalho - Museu Nacional de Etnologia |
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Santo António, prato decorativo, séc. XX. Peça em
barro, modelada e vidrada. Autora: Rosa Ramalho. São Martinho de Galegos, Barcelos. - Museu de Arte Popular |
Na iconografia de Santo António, os atributos da Cruz e do Menino Jesus, apareceram tardiamente. A imagem do Menino, perdurou e tornou-se inseparável do Santo, tendo como origem as suas aparições a Santo António. Quando o Menino é representado em cima do livro (Bíblia), evoca a característica do Santo como pregador. A Cruz - que nem sempre é representada - pode significar o espírito missionário ou o desejo de se tornar um mártir da fé.
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Andor de Santo António, séc. XX. Peça em
barro policromado. Autor: Domingos Gonçalves Lima (Mistério). Santa Maria de Galegos, Barcelos - Museu Nacional de Etnologia |
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Santo António, séc. XX. Peça em faiança moldada. Autor: Leonel de Parma Cardoso. Fábrica de Louça de Sacavém - Museu da Cerâmica |
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Santo António com o Menino, séc. XX. Peça em barro, modelada e vidrada. Autora: Rosa Barbosa Lopes. São Martinho de Galegos, Barcelos - Museu dos Biscainhos |
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Santo António, travessa, 1895. Faiança. Produção de Coimbra - Museu Nacional Machado de Castro |
Em
Portugal, Santo António tornou-se uma figura muito conhecida. A
devoção popular colocou-o entre os santos mais amados e representados do Cristianismo.
Foram-lhe atribuídos inúmeros milagres e graças até aos dias de hoje, por isso, a imagem do Santo está presente em inúmeras igrejas portuguesas.
Os registos de azulejos são muito comuns na cidade de Lisboa. Invocadores de Jesus Cristo, da Sagrada Família, da Virgem e dos Santos, no intuito de proteger as casas e os seus moradores, posicionam-se nas fachadas das habitações, sobre a porta ou entre as janelas.
Nas comemorações do 13 de Junho, dia de Santo António na cidade de Lisboa, a imagem é integrada nas procissões e festas principais da cidade.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de_Lisboa
http://conventosantoantonio.org.br/iconografia-antoniana
http://www.folclore-online.com/religiosidade/sto_antonio/page9.html#.U5qce8tF1eO
Obrigada por esta bela coleção !!!!
ResponderEliminarEu é que agradeço a simpatia e o interesse!
EliminarSaudações!!